É dezembro. Nos shopping centers ouvem-se músicas de Natal. As famílias, com crianças de todas as idades, percorrem as lojas em busca de presentes, preparando-se para as festas que estão chegando. Mais alguns dias e todos se reúnem, ouvindo músicas natalinas e saboreando os pratos típicos dessa ocasião.
É Natal novamente. Muitas pessoas, porém, dizem que o Natal se tornou um negócio comercial. Outros também afirmam que ele desperta a ganância e o materialismo, ao fomentar um interesse excessivo em dar e receber presentes.
Contudo, esse aspecto comercial, não consegue ofuscar a mensagem do Natal, nem privar-nos de suas bênçãos. Apesar do materialismo, da tensão e do estresse que envolvem os preparativos para a festa natalina, o espírito do Natal está aqui para trazer-nos inspiração. Ele se constitui numa manifestação genuína de amor e atenção pelos outros e, acima de tudo, na comemoração de um amor que tem sua origem em Deus.
Existem estrelas no céu, brilhando sobre nós, e anjos que nos fazem lembrar que há uma paz da qual não podemos ser privados.
O Natal fala das bênçãos de Deus sobre Sua criação. Fala do poder da luz sobre as trevas, do amor sobre o ódio, do cuidado que nosso Pai e Mãe tem conosco, atendendo a todas as nossas necessidades.
A primeira noite de Natal foi escura, mas havia estrelas que cobriam o céu de beleza e de luz. Os anjos cantavam. As ovelhas estavam sendo bem cuidadas. O temor dos pastores havia desaparecido. Havia uma mensagem de paz na terra, que era uma mensagem universal de paz para todos os filhos de Deus. Havia um bebê numa manjedoura. Todas as suas necessidades eram atendidas, não porque as circunstâncias fossem favoráveis, mas porque Deus, seu Pai e Mãe, lhe proporcionava tudo o que ele necessitava.
O relato bíblico sobre o nascimento de Jesus nos fala do eterno Natal, que traz luz a cada aspecto de nossa própria vida hoje. Também existem estrelas no céu, brilhando sobre nós, e anjos que nos fazem lembrar que há uma paz da qual não podemos ser privados. Deus fala conosco e cuida de cada um de nós de uma forma evidente. Nós percebemos Seu cuidado quando pensamos na santa quietude que envolveu os pastores. Essa quietude não diz respeito apenas ao silêncio da meia-noite. É a paz que encontramos em nosso coração quando entendemos que o Deus de toda a bondade é o Espírito infinito, que está sempre presente para nos guiar e proteger.
Assim como os pastores foram guiados para reconhecer a mensagem de paz, os reis magos encontraram o caminho para a manjedoura, José e Maria acharam abrigo e refúgio para seu filho recém-nascido, assim também a idéia-Cristo guia cada um de nós à compreensão de nossa união com Deus. Essa compreensão traz segurança e cura. Eleva-nos acima de uma percepção material e limitada da vida, e nos faz perceber que a vida é puramente espiritual, sempre governada pela lei divina, e está fora do alcance do mortal e imperfeito.
Qualquer que seja a circunstância em que nos encontremos, o Cristo eterno está em ação, mostrando-nos o caminho para a liberdade, para a cura e para a santidade. O Cristo é a mensagem de Deus que assegura a cada um de nós que somos puros e completos. Nada pode jamais separar-nos da mensagem curativa do Cristo.
Em um sermão de Natal proferido em 1888 no Chickering Hall, em Boston, Mary Baker Eddy, falou sobre a influência do Cristo. Ela disse: ''Essa idéia, essa essência divina, estava, e está, cuidando sempre dos negócios do Pai; proclamando o Princípio da saúde, da santidade e da imortalidade“ (Miscellaneous Writings, p. 163).
A cada dia, quando deixamos o Cristo mostrar-nos a vontade de Deus, percebemos que somos herdeiros de toda a bondade do Pai divino, herdeiros de uma vida abundante, que não conhece declínio. Essa percepção é o eterno Natal, que traz cura, renovação e uma paz que não pode desaparecer.
