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Anotações relativas às Lições Bíblicas deste mês

Da edição de julho de 2001 dO Arauto da Ciência Cristã


“O conhecimento dos textos originais e a disposição de abandonar as crenças humanas (estabelecidas por hierarquias e instigadas às vezes pelas piores paixões dos homens), abrem o caminho para que a Ciência Cristã seja compreendida, e fazem da Bíblia o mapa náutico da vida, no qual estão assinaladas as bóias e as correntes curativas da Verdade” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 24).

No espírito dessas palavras de Mary Baker Eddy, oferecemos as seguintes anotações relativas às Lições Bíblicas deste mês, publicadas no Livrete Trimestral da Christian Science.

25 de junho – 1º de julho

CHRISTIAN SCIENCE

Toda a visão já se vos tornou como as palavras dum livro selado, que se dá ao que sabe ler, dizendo: Lê isto, peço-te; eele responde: Não posso, porque está selado... (Isaías 29:11)

A palavra “visão” é utilizada como “revelação de algo divino”. Naqueles tempos, os livros eram rolos de pergaminho ou papiro que podiam ser lacrados com argila ou cera. A Bíblia chama de selado aquilo que é fechado, escondido ou secreto. Mensagens proféticas estavam “seladas” enquanto não fossem entendidas. A respeito desse versículo, um comentarista diz que o fato de o livro ser “selado” é um pretexto para não se esforçar em ler e compreender a mensagem. O “que sabe ler” poderia abrir o lacre mas, temendo as coisas difíceis de serem entendidas, prefere nem ler.

Vi outro anjo forte descendo do céu, envolto em nuvem, com o arco-íris por cima de sua

Volume 51 Número 7 cabeça; o rosto era como o sol, e as pernas, como colunas de fogo... (Apoc. 10:1)

A palavra grega “apokálypsis” significa “revelação”. Tratava-se de um gênero literário muito comum entre os judeus, no período de 200 AC até 200 DC, aproximadamente. A simbologia usada nesse tipo de literatura era bem conhecida naquela época e baseava-se no Antigo Testamento. A nuvem e a coluna de fogo fazem referência à travessia do deserto, guiada justamente por uma nuvem durante o dia e uma coluna de fogo durante a noite, e simbolizavam a presença divina. O arco-íris lembra a aliança de Deus com o povo, prometida em Gênesis 9:12-16. O sol era o exemplo da luz que vence a escuridão.

2 – 6 de julho

O SACRAMENTO

Pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente. (1 Pedro 1:23)

A “semente corruptível” refere-se ao processo material de geração, no qual a semente apodrece, corrompe-se, antes de germinar e dar origem à planta. A geração incorruptível é a espiritual, em que não há elemento material, pois provém da palavra de Deus.

O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente. (Salmos 24:4)

Nesse versículo, a palavra hebraica traduzida como “jurar” significava “prometer solenemente, perante Deus, fazer ou deixar de fazer determinada coisa”. Eqüivalia a um contrato. “Jurar dolosamente” seria então, prometer já com a intenção de não cumprir.

9 – 15 de julho

DEUS

Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei... (Gênesis 12:1)

A jornada de Abraão é apresentada na Bíblia seja como história seja no sentido simbólico. No Novo Testamento, a Epístola aos Hebreus usa o exemplo de Abraão como símbolo da jornada espiritual (ver Hebreus 11:8-10 e 12:1-13). A obediência de Abraão inclui deixar para trás aquilo que é conhecido materialmente e colocar a confiança no espiritual, ou seja, em Deus.

Não obstante, vós, cada um de per si também ame a própria esposa como a si mesmo, e a esposa respeite ao marido. (Efésios 5:33)

Nota um comentarista que, nesse versículo, vê-se um conceito mais espiritual de casamento, em que a submissão é mútua, em que ambos têm deveres recíprocos, pressupondo a dignidade dos dois e deixando de fora a competição egocêntrica pelo exercício do poder.

16 – 22 de julho

VIDA

Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração se encontram os caminhos aplanados... (Salmos 84:5)

O original hebraico não contém o adjetivo “aplanados”. Na primeira tradução do Antigo Testamento para o grego, a Septuaginta (tradução realizada antes de Cristo), a palavra “caminhos” tem a acepção de “caminhos que levam ao templo”. Por isso, as diversas traduções posteriores acrescentaram alguma qualificação ao termo “caminhos”. Na Nova Tradução na Linguagem de Hoje, o versículo diz: “Felizes são aqueles que de ti recebem forças e que desejam andar pelas estradas que levam ao monte Sião!”. Outras versões dizem apenas “teus caminhos”.

Vão indo de força em força; cada um deles aparece diante de Deus em Sião. (Salmos 84:7)

A primeira parte desse versículo aparece assim, na Nova Tradução na Linguagem de Hoje: “Enquanto vão indo, a força deles vai aumentando.” Na segunda parte, o original hebraico pode ser traduzido da seguinte forma: “Deus mostra-se a eles em Sião.” Um comentarista diz que isso significa, virtualmente: “A presença de Deus será sentida em Sião.”

23 – 29 de julho

VERDADE

Envia a tua luz e a tua verdade, para que me guiem e me levem ao teu santo monte e aos teus tabernáculos. (Salmos 43:3)

O “santo monte” era o monte Sião, onde estava o Templo sagrado e simbolizava a presença do Senhor. “Tabernáculos” eram as tendas onde moravam os hebreus, portanto, nesse versículo, são mencionados para significar a morada de Deus. Poderíamos, então, entender assim essa passagem: “Envia a tua luz e a tua verdade, para que me guiem à Tua presença e à Tua morada.”

Mas o Senhor me assistiu e me revestiu de forças, para que, por meu intermédio, a pregação fosse plenamente cumprida, e todos os gentios a ouvissem; e fui libertado da boca do leão. (2 Timóteo 4:17)

A “boca do leão” é usada aqui de forma figurada, pois Paulo havia enfrentado realmente o julgamento na corte romana que, muitas vezes, condenava os cristãos a serem mortos pelos leões. Ele havia escapado dessa condenação. Alguns comentaristas acham que a “boca do leão” pode também simbolizar o mal em geral.

Bibliografia

Estudo Perspicaz das Escrituras, Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados

Commentary on the Old and New Testaments, Jamieson, Fausset, and Brown

Strong's Exhaustive Concordance of the Bible

Nova Tradução na Linguagem de Hoje, Sociedade Bíblica do Brasil

The End of the Search, Marchette Chute

John Gill's Expositor

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