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Nenhuma marca de queimadura

Da edição de julho de 2001 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando eu era menino, gostava de brincar de esconde-esconde. Certa vez, eu me escondi dentro de uma pilha de lenha. Ao levantar-me de um salto para sair do esconderijo, espetei a cabeça num prego que estava com a ponta para baixo e fiquei preso sem poder mover a cabeça.

Gritei pedindo socorro. Quando os adultos vieram me ajudar, extraíram um prego grande e enferrujado de minha cabeça. Eu havia aprendido a confiar em Deus em todas as situações. E foi o que fiz então. Chamaram minha mãe imediatamente. Ela telefonou para um praticista da Christian Science e pediu que ele orasse por mim.

Em casa, ela lavou minha cabeça. Ela me tranqüilizou, afirmando que eu era a imagem e semelhança de Deus. Ela leu para mim alguns trechos de Ciência e Saúde enquanto eu descansava.

Naquela noite já estava tudo bem. Não havia mais nenhum sangramento, eu não sentia mais dor nem tontura. Pensando no fato agora, eu me lembro de que não senti medo a partir do momento em que me livraram do prego. Minha confiança absoluta no cuidado de Deus por mim, e as orações de minha mãe e do praticista me protegeram dos efeitos colaterais desse acidente.

Anos depois, quando eu morava sozinho, certa vez, ao preparar pipoca, aqueci demais o óleo da fritura, que acabou pegando fogo. Enquanto eu tentava tirar a frigideira do fogão, com o óleo em chamas, derramei o óleo em minha mão, que ficou muito queimada. A dor era intensa e telefonei para um praticista. Eu sabia que o praticista me ajudaria novamente a ver com clareza minha identidade espiritual perfeita como imagem de Deus. Eu chorava enquanto falava com ele. Ele disse que oraria imediatamente por mim.

Então telefonei para uma amiga, que me levou para a casa dela. Eu telefonava para o praticista a cada 15 minutos mais ou menos, para ouvir suas afirmações de que Deus nunca me havia criado menos que perfeito, mas a dor era intensa e minhas lágrimas não diminuíam.

No Glossário de Ciência e Saúde, parte da definição de fogo é “medo”, e parte da definição de medo é “calor” (ver p. 586). Ambos sabíamos, por experiência, que quando o medo cessasse no meu pensamento, a dor abandonaria meus sentidos.

Após várias chamadas, o praticista perguntou-me por que os cavalos não abandonavam voluntariamente estábulos em chamas como faziam outros animais. Respondi que eles ficavam paralisados pelo medo. No mesmo instante em que dei essa resposta, o domínio que o fogo, o medo e a dor tinham sobre meu pensamento acabou. A dor cessou imediatamente. Quero dizer que ela simplesmente desapareceu, não diminuiu apenas ou parou para retornar com intensidade menor. Eu já não sentia mais dor. As lágrimas cessaram e a sensação de tensão e de incômodo passou.

No dia seguinte, fui trabalhar com a mão enfaixada. Pessoas bem-intencionadas, não somente desejavam ouvir-me falar sobre o acidente, como também queriam ver minha mão. Educadamente, recusei-me a relatar-lhes a experiência, dizendo que não tinha visto a mão desde que a havia enfaixado e que não desejava vê-la antes que estivesse curada. Essa minha atitude estava baseada numa recomendação de Ciência e Saúde: “Inverte o caso. Monta guarda à porta do pensamento. Admitindo somente aquelas conclusões cujos resultados desejas ver concretizados no corpo, tu te governas harmoniosamente” (p. 392).

Para montar guarda, eu tinha de refutar os prognósticos dos outros sobre o ferimento. Senti que a maneira mais fácil de fazer isso era não os encorajando. Diariamente, muitas vezes de hora em hora, eu repetia passagens da Bíblia e de Ciência e Saúde as quais havia memorizado. Uma das minhas citações favoritas era: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus” (Salmos 46:10). E de Ciência e Saúde: “Dos elementos infinitos da Mente única emanam toda forma, cor, qualidade e quantidade, e essas são mentais, tanto primária como secundariamente” (p. 512).

Muitas pessoas que duvidavam da cura que eu esperava, passaram a acreditar na sua possibilidade, quando lhes relatei minha cura instantânea da dor sem a aplicação de nenhum remédio material. Ao ouvir-me falar sobre isso em meio a um processo de cura, muitas pessoas adquiriram um novo conceito sobre o tratamento pela Christian Science, que é realizado apenas através da oração, e passaram a ter esperança nele.

A busca da cura não foi apenas um esforço para melhorar o corpo fisicamente, ou seja, transformar a mão ferida em mão sadia. Minha cura baseou-se especificamente em vencer o medo de pensar que eu fosse qualquer coisa menos do que a imagem e semelhança de Deus. O tempo, portanto, nunca teve importância na cura. Compreendi que a perfeição não necessitava de tempo para ser vista; o que se fazia necessário era a compreensão espiritual para perceber minha perfeição como um fato presente.

Depois de algum tempo, minha amiga, que vinha trocando as faixas diariamente para mim, disse que elas não mais seriam necessárias. Minha mão estava perfeita: não havia nenhuma alteração na pele e o pêlo estava crescendo naturalmente no local atingido. Considerei essa experiência como prova desta declaração: “A compreensão crística acerca do ser científico e da cura divina inclui um Princípio perfeito e uma idéia perfeita — Deus perfeito e homem perfeito — como base do pensamento e da demonstração” (Ciência e Saúde, p. 259).

Tanto no caso do prego enferrujado que entrou na minha cabeça quanto no da mão queimada, reconheci que minha identidade espiritual não podia ser tocada. Essa abordagem metafísica foi mais poderosa do que a análise material, a química física e o prognóstico médico. Assim, pude curar-me unicamente através do poder de Deus.


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