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Reflexão

Eu não sou pescador

Da edição de julho de 2001 dO Arauto da Ciência Cristã


O primeiro capítulo da Bíblia diz que Deus nos deu “domínio sobre os peixes do mar” (Gênesis 1:26). Isso é ótimo mas, se eu não sou pescador, o que tem a ver comigo?

Durante muitos anos li esse versículo sem pensar muito a respeito. Finalmente, pedi que Deus me ajudasse a compreender a importância dessa passagem. E descobri muita coisa.

As iscas podem se apresentar de inúmeras formas, geralmente disfarçadas, como se fossem nossos próprios pensamentos.

Encontrei no dicionário esta definição coloquial de peixe: “diz-se de pessoa facilmente seduzida por iscas, a quem falta inteligência e emoção etc.” Isso me fez pensar na apatia, que faz com que as pessoas aceitem tudo o que lhes aparece pela frente, inclusive pensamentos de fracasso. Decidi pensar que ter “domínio sobre os peixes do mar” equivale a ter domínio ou controle sobre a apatia, e resolvi evitar morder qualquer isca que me levasse a pensar que eu fosse menos do que uma filha de Deus”.

As iscas podem se apresentar de inúmeras formas, geralmente disfarçadas, como se fossem nossos próprios pensamentos. Por exemplo, podemos pensar: “Estou cansado” ou “Estou ficando velho”. Se mordermos essa isca, estaremos arranjando problemas. O que precisamos é nadar na direção oposta, rumo ao fato de que Deus, que é Espírito, nos fez espirituais e perfeitos. Isso impede que sejamos fisgados e passemos a nos identificar como seres mortais, em vez de como a semelhança de Deus. Não seremos peixes ingênuos, se seguirmos esta recomendação de Ciência e Saúde: “Monta guarda à porta do pensamento. Admitindo somente aquelas conclusões cujos resultados desejas ver concretizados no corpo, tu te governas harmoniosamente” (p. 392).

O trecho bíblico seguinte diz que temos domínio “sobre as aves do céu”. Bem, eu também não costumo caçar mas, continuando meu raciocínio, lembrei-me de que os pássaros fogem assustados, quando deles nos aproximamos. Ponderando sobre isso, pensei: “Deus nos dá domínio sobre o medo e a timidez.”

Da mesma forma, continuei a ler o versículo do Gênesis. Concluí que ter “domínio sobre os animais domésticos” poderia significar livrar-se do conformismo ou do “pensamento coletivo”. Pensando na definição mortal do homem criado do “pó da terra”, ponderei que ter “domínio sobre toda a terra” poderia significar ter controle sobre meu corpo, bem como domínio sobre os cinco sentidos físicos.

E, por fim, a Bíblia nos diz que temos domínio “sobre todos os répteis que rastejam pela terra”. Segundo o dicionário, rastejar significa “mover-se lentamente, secretamente, timidamente ou furtivamente”. Não conheço nada que avance mais furtivamente sobre as pessoas do que as várias mudanças associadas à idade. Contudo, a verdade é que estamos sempre da forma como Deus nos fez: perfeitos. Esse estado do ser não sofre influência alguma da rotação da terra em torno do sol. Apegar-nos a essa perspectiva espiritual nos ajuda a evitar que os conceitos a respeito do envelhecimento avancem furtivamente sobre nós.

Mary Baker Eddy, a autora de Ciência e Saúde, diz que “o inverso do erro é verdade” (ver p. 442). A frase completa diz o seguinte: “Nem o magnetismo animal, nem o hipnotismo entram na prática da Ciência Cristã, na qual a verdade não pode ser invertida, mas o inverso do erro é verdade.” Isso me ajuda a compreender o domínio que Deus me deu. O inverso da apatia é o estado consciente ou alerta. O inverso do medo é a coragem, do conformismo é a individualidade, dos sentidos físicos é o sentido espiritual e do envelhecimento é a eternidade. Agora, quando leio os versículos bíblicos que falam sobre domínio, reflito sobre minha nova interpretação que pode ser aplicada sempre, a respeito de todas as coisas sobre as quais Deus me deu domínio.

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