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Matéria de capa

Ele queria me violentar

Da edição de julho de 2001 dO Arauto da Ciência Cristã


Eu vivia com meus dois filhos pequenos. Estava me empenhando para sentir tranqüilidade, apesar dos problemas financeiros que enfrentava, e me esforçava muito para compreender a Deus.

Eu havia lido um artigo intitulado "A Lei Divina do Ajustamento", escrito por Adam Dickey. Nele lemos que, não importa quão terrível pareça ser a circunstância na qual nos encontramos, há uma lei divina que, quando a ela recorremos em oração, resolve a situação e nos salva da dificuldade.

Eu orava, tentando compreender o conceito de que a lei de Deus está sempre em ação. Acreditava que podemos deixar Deus agir para mudar as circunstâncias, em vez de confiar em nós mesmos para resolver os problemas. Também estava percebendo que precisava distinguir entre ouvir a voz de Deus e tomar decisões baseando-me somente no meu próprio planejamento.

Esse era meu estado mental quando, certa noite, estávamos em casa, só eu e as crianças. Deitei-me por volta de onze horas e elas já estavam dormindo.

Mais ou menos uma hora depois, quando já dormia profundamente, acordei sentindo alguém tocar em mim.

Quando fiquei mais desperta percebi que algo não fazia sentido. Eu estava deitada de bruços e olhei sobre os ombros, ainda meio sonolenta. Então, vi o vulto de um homem. Ele estava de joelhos na cama, inclinado sobre mim. Eu não conseguia ver seu rosto nem como ele era. Só percebia o vulto de um homem.

O primeiro pensamento que me ocorreu foi que aquilo estava acontecendo de verdade, na minha casa, no meu quarto, não era um sonho. E eu não sabia quem era aquele homem. Uma terrível sensação de medo se apoderou de mim quando me dei conta do que estava acontecendo.

"Se fizer um barulhinho, eu te mato", disse ele. Seu tom de voz parecia confirmar suas palavras.

Deitei novamente a cabeça no travesseiro, procurando entender a situação.

Ele me tocava e dizia coisas eróticas. Ele queria me violentar.

Então, eu me lembrei que minha filhinha estava ao meu lado. Muitas vezes, à noite, ela vinha para minha cama. Uma nova sensação de medo tomou conta de mim, quando percebi que ela também corria perigo. Comecei a orar para saber o que fazer por ela. Era uma oração de mãe.

O pensamento que tive foi para eu ficar quieta, para protegê-la.

Logo depois, um novo pensamento fez com que eu sentisse mais medo. Eu pensei: "Se esse homem pretende me matar, não há nada que eu possa fazer para impedi-lo."

Até aquela momento, eu havia tentado imaginar o que fazer e como agir naquela situação. Quando percebi que não havia nada que eu pudesse fazer, sinceramente coloquei a situação nas mãos de Deus. Compreendi, do fundo do meu coração, que Deus é Amor. Foi dessa forma que entreguei o problema aos cuidados de Deus.

Ao fazer isso, senti como se um escudo de proteção tivesse sido colocado sobre mim, começando pela cabeça, indo até meus pés. Era uma sensação suave, que envolvia todo o meu ser e que ia substituindo a sensação de medo.

O intruso, que havia trazido com ele a atmosfera de ódio, saiu de minha cama, inclinou-se, deu-me um beijo no rosto e foi embora. Ele não me violentou. Simplesmente foi embora.

Fiquei deitada por mais uns trinta segundos (que me pareceram uma eternidade), até ter a certeza de que ele havia ido embora. Então, levantei-me e fui até o telefone, mas estava mudo. O homem havia cortado os fios.

Minha filhinha não estava dormindo, só havia fingido que estava. Então, corri até a casa de uma vizinha, e de lá chamei a polícia. Eu e as crianças passamos a noite na casa de uma amiga.

Houve seqüelas. Eu não queira ficar em casa sozinha na noite seguinte. Uma amiga ficou comigo, mas eu sabia que precisava ficar na casa e agir normalmente. Consegui vencer o medo, orando com a ajuda de uma praticista da Christian Science (uma pessoa que ajuda outras a superarem dificuldades através da oração). A praticista e eu conversamos sobre o Salmo 91, que está na Bíblia, e que nos assegura que estamos sob a proteção do Altíssimo. Em três dias eu já estava fazendo caminhadas e cuidando normalmente da minha família, sem qualquer problema.

Para mim, esse foi um marco na jornada para conhecer melhor a mim mesma, meu relacionamento com Deus, a proteção divina, a proximidade e a totalidade de Deus.

Eu compreendi que podia sempre contar com o amor divino, que estava sempre me proporcionando tudo o que eu precisava no momento necessário, quer fosse dinheiro, roupas para as crianças ou mesmo o conserto do carro. Também me conscientizei de que, qualquer que seja nossa necessidade, ela já está satisfeita pelo amor de Deus.

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