O amor é muito paciente, muito bondoso.
O amor não é ciumento;
o amor não se exibe,
nem se envaidece,
nunca é grosseiro,
nunca é egoísta,
nunca se irrita,
nunca fica magoado;
o amor nunca se alegra com o fracasso dos outros,
o amor se alegra com a bondade,
nunca se apressa em expor os outros;
sempre anseia por acreditar no melhor,
sempre tem esperança,
sempre é paciente.
O amor nunca deixa de existir. Amor é uma boa palavra para se começar um editorial e também para se começar um dia. Um editorial apresenta um ponto de vista. Um dia está cheio de promessas. Talvez possamos combinar essas duas idéias.
Esses versículos de 1 Coríntios que falam sobre o amor têm me acompanhado desde os tempos de colégio. Precisei decorá-los para ficar sócio de uma agremiação, e depois disso eles me ajudaram a começar muitos dias.
Deus é Amor e essas palavras bíblicas são a expressão do amor. Elas orientam e promovem o desenvolvimento de nossa vida de maneiras muito úteis. Elas nos fornecem um código de conduta individual e também um caminho de grande alcance que nos leva à cura das nações.
O inimigo chamado terrorismo não pode sobreviver. Tem de modificar-se ou desaparecer. O inimigo do amor, ou seja, do Amor, que é Deus, não pode triunfar. O Amor é supremo. O Amor não se amedronta diante do veneno, do contágio ou da explosão. O Amor não se retrai ante o terror, o ódio e o medo. O fundamento eterno e inabalável da vida está firmado na realidade de Deus, que é Amor. A compreensão, ainda que pequena, desse fato, faz com que o pensamento humano comece a se voltar para objetivos e propósitos mais elevados.
Há centenas de anos a história humana registra mágoas profundas, resultantes de ataques e contra-ataques. Mas, se isso acontece, quando e onde a cura vai começar? O ódio e o terrorismo não constituem o caminho que conduz à reforma, à regeneração e à redenção. Será que podemos colocar o Amor no comando da história, da mesma forma que o Amor está no comando do presente e do futuro? O Amor é onipresente e onipotente. O Amor, a Deidade divina e universal, é o Criador, o primeiro e o último Tudo-em-tudo. Isso é o suficiente. O caminho humano para atingirmos esse "suficiente" não começa no momento em que aprendemos as lições que temos de aprender para, em seguida, o Amor começar a se tornar real e cuidar de nós. O Amor cuida primeiro. O Amor ama primeiro. E por meio desse amor podemos controlar os nossos pensamentos e conduzir os nossos atos. Esse é o caminho que conduz à segurança e à libertação do ódio.
Essa cura ou libertação dos ataques do ódio pode manifestar-se por meio da razão. Ou originar-se da intuição e da inspiração. Pode ocorrer quando menos se espera, mas acontece quando é mais necessária. O Amor é a vitório. O Amor não só apaga o ódio e seus cúmplices, o terror e o medo, mas também projeta uma luz brilhante sobre a irrelevância ou, em última análise, a não-existência deles.
Uma rápida tentativa de assalto em uma rua de Boston, nos Estados Unidos, transformou-se numa pequena vitória do amor. Começou moderadamente, passou por um momento em que houve violência e ameaça e, então, repentinamente, terminou de uma forma inofensiva, com cada um indo para o seu lado. Em um dado momento, pouco antes de terminar, esse encontro transformou-se em um diálogo honesto e inteligente e até mesmo ironicamente engraçado. Além de um pequeno corte não sofri nenhum dano. De minha parte, aprendi que o Amor está presente e que as diferenças e as tensões sociais não governam de forma absoluta nem se revezam com o carinho de Deus na supremacia do universo. O carinho de Deus está sempre presente, e é para todos. O ódio e o medo não têm nada a oferecer.
Em seu livro-texto sobre cura intitulado Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy refere-se ao Amor como "o solvente universal" (ver p. 242). O Amor dissolve o terror e o ódio e cura o terrorista, ou aquele que sente ódio. Alcançar esse ponto talvez exija paciência, tempo e lágrimas, mas esses são investimentos em prol do progresso e não obstáculos ao nosso desenvolvimento. A cura e a eliminação do ódio se encontram no poder desta palavra que é a mais importante: Amor.
