Eu costumava me sentir envaidecida quando alguém comentava que eu tinha mania de controlar tudo. Até que tive um sério problema com isso. Eu trabalho no mercado de ações em Los Angeles, Estados Unidos. A minha mania de controle funcionava bem quando o mercado estava em alta constante. Eu me sentia confiante, ganhava muito dinheiro, estava sempre muito ocupada controlando meus negócios, controlando meus funcionários e, inconscientemente, tentando controlar meu marido. As coisas iam tão bem comigo que eu tentava consertar a vida de todo o mundo, intrometendo-me em assuntos particulares de amigos e familiares, oferecendo conselhos que não eram solicitados, ofendendo as outras pessoas. Eu não percebia o que estava fazendo. De repente, o mercado de ações desabou. Eu continuava muito ocupada, mas quase não ganhava dinheiro. O telefone tocava sem parar, mas poucas operações lucrativas eram concretizadas. Tive de pedir dinheiro emprestado para cobrir despesas fixas importantes. Meus rendimentos mal davam para pagar o salário de minha secretária. E, ainda por cima, eu havia acabado de contratar um funcionário muito caro, que tinha se mudado de outra cidade para trabalhar comigo.
Comecei a acordar no meio da noite, aterrorizada. Ainda tentando controlar as coisas, eu orava um pouquinho, e logo começava a pensar nos planos que eu ficava elaborando. Qualquer sensação de paz que eu adquirisse com a oração desaparecia.
Certa noite, meu marido e eu saímos para uma viagem curta num pequeno avião particular. Meu marido pilotava o avião, e como o espaço aéreo de Los Angeles tem muito tráfego, uma de minhas atribuições era ficar observando os outros aviões que também estavam voando. A noite estava clara e calma. Eram cerca de 21 horas, e voávamos na direção oeste.
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