Certa noite, acordei com dores tão fortes no abdômen que mal conseguia respirar.
Levantei e fui para o outro quarto, para não incomodar meu marido, e comecei a orar. Mas a dor não passava, e estava difícil para eu me concentrar.
Então eu me lembrei que a Oração do Senhor é conhecida como a "oração que atende a todas as necessidades humanas" (ver Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de Mary Baker Eddy, p. 16). Comecei a orar: "Pai nosso que estás no céu". Mas não consegui seguir adiante, porque perdi novamente a concentração devido à dor. Voltei ao começo e consegui ir um pouco além. Embora no início não estivesse conseguindo avançar muito na oração, e o que repetia não fizesse muito sentido para mim, eu sabia que estava na direção certa porque comecei a sentir um certo alívio.
Continuei até conseguir repetir a oração toda. Depois continuei até que a Oração do Senhor fizesse sentido para mim. Foi maravilhoso entender que eu tinha o direito de estar em harmonia, porque Deus é o meu Pai-Mãe. Compreendi também que Ele estava comigo naquele instante, e que Ele, não a dor, tinha todo o poder. Assim que consegui reconhecer isso, a dor começou a ceder até desaparecer por completo.
A esta altura já havia amanhecido e eu peguei no sono. Quando acordei, fiquei com receio de que a dor voltasse. Eu nunca havia sentido uma dor tão forte. Comecei a ler a lição bíblica daquela semana, que se encontra no Livrete Trimestral da Christian Science, e a leitura me acalmou. Encontrei muitas referências confortadoras sobre o nosso estado perfeito como filhos de Deus e sobre o afeto e proteção que Deus dedica a cada um de nós. Enquanto eu lia, o medo de uma recaída desapareceu. E a dor nunca mais voltou.
Uma outra cura que considero muito especial aconteceu quando eu estava no primeiro ano do ensino médio, no dia de encerramento das aulas. Alguns colegas tinham bebido antes do início da aula e estavam completamente embriagados quando entramos na classe. O professor tentava controlar os alunos, mas vários deles começaram a atirar moedas para o alto.
Uma das moedas me acertou diretamente no olho, ferindo-me bastante. Imediatamente comecei a orar. Meus amigos ficavam me perguntando se eu estava bem, mas não respondi até me sentir tranqüila e a dor ter passado. Entretanto, quando abri o olho, eu não conseguia enxergar com ele. Orei mais um pouco e fui falar com o professor.
O professor examinou meu olho e me mandou para a enfermaria. A enfermeira telefonou para os meus pais e minha mãe veio me buscar, enquanto meu pai telefonava para um praticista da Christian Science pedindo-lhe que orasse para mim.
O praticista pediu que lêssemos a resposta à pergunta "O que é o homem?" que se encontra em Ciência e Saúde, e que começa assim: "O homem não é matéria; não é constituído de cérebro, sangue, ossos e de outros elementos materiais" (p. 475). Minha mãe leu a resposta completa para mim e conversamos sobre o seu significado. Aquela definição de homem afirmava que eu era invulnerável a ferimentos porque sou espiritual. Eu não sentia raiva dos colegas e nem dor, mas ainda não conseguia enxergar, e meu olho estava um pouco sensível à luz.
Depois de orar por algum tempo, disse à minha mãe que eu estava chateada por não poder estar na escola me divertindo com os colegas. Eu também estava preocupada porque talvez não pudesse fazer um passeio com meus amigos naquele fim de semana. Os meus pais me levaram de volta à escola e eu me diverti bastante na festa de encerramento das aulas.
Fiquei muito grata por ter podido fazer tudo o que eu havia planejado. Na noite seguinte eu já conseguia enxergar normalmente com o olho que tinha sido atingido, e toda a sensibilidade à luz já havia desaparecido.
Hanson, Massachusetts, E.U.A.
Lembro-me bem do dia em que minha esposa trouxe a Gillian para casa. A princípio, fiquei muito preocupado com a aparência dela. Seu olho azul tinha uma mancha preta que o cobria inteiramente, e ela não conseguia enxergar com o olho machucado.
Também me lembro de que, naquele momento, ouvi em pensamento uma ordem muito firme: "Você não pode se enfurecer por causa disso." Encarei essa minha reação como o resultado da oração do praticista, porque eu normalmente ficaria muito irritado naquela circunstância. Também senti que deveria me esforçar para reconhecer que o ferimento já estava curado aos olhos de Deus. O fato de eu poder reconhecer que o acidente não havia acontecido aos olhos de Deus me ajudou a reprimir qualquer pensamento de crítica em relação ao garoto que havia atirado a moeda e aos pais dele.
Mais tarde, naquele mesmo dia, Gillian disse que já conseguia perceber com o olho atingido, que sua mãe estava usando um vestido azul. Quase chorei de gratidão nesse momento.
Na noite seguinte Gillian já podia ver claramente, e a mancha no olho já havia desaparecido quase que totalmente. Dois dias depois, quando viajamos em férias, não havia mais sinal algum de mancha no olho.
Greenwood, Maine, E.U.A.
