Manhā de sábado. Uma vez mais eu cruzo a pesada porta de metal da cabina à prova de som e me acomodo na cadeira giratória. Abro então o livro que vou ler nas próximas duas horas durante a gravação semanal que faço, e digo a mim mesmo: “Não se apresse.”
Eu já trabalhava havia mais ou menos um ano como voluntário, lendo livros numa associação beneficente para portadores de deficiência visual, quando aprendi a importância de nos concentrarmos no que estamos lendo. Eu dizia para mim mesmo antes de começar: “Leia devagar, assimile a mensagem. Você vai estabelecer um relacionamento. Se você se deixar levar pelo corre-corre à sua volta e simplesmente ler as palavras do livro, vai deixar escapar algo importante.”
Podia ser qualquer tipo de livro: um manual sobre a venda de um produto, uma coleçāo de contos de autoria de um escritor africano ou um clássico da literatura infantil. Eu percebi que, ao procurar aprofundar-me no texto, eu chegava à metade de cada sessão de leitura nāo só mais familiarizado com o tema do livro, mas também conhecendo melhor seu autor.
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