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Cura de ressentimento

Da edição de junho de 2002 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando meu marido me abandonou, tive de me encarregar sozinha de todas as despesas com alimentação, vestuário e educação de quatro filhos, sendo que o mais velho tinha oito anos e o menor seis meses.

Em vez de enfrentar o problema com sabedoria, deixei-me dominar por sentimentos de frustração,

amargura, decepção, dor e solidão. Eu não queria entreter esses sentimentos, pois sabia que não eram bons. Mas eu não conseguia eliminá-los e eles se intensificavam cada vez mais. Eu não sabia o que fazer, mas agradecia a Deus porque meus filhos tinham comida, roupas e o que necessitavam. Eu pensava que quando eles crescessem, se tivessem estudado, estariam mais bem preparados para enfrentar problemas. Eu os amava, e lhes falava de seu pai com amor, dizendo que ele tinha sido um bom pai e bom marido, mas não sabia explicar-lhes o porquê de ele ter ido embora.

Os anos passaram. Um dia, quando morava em Madri, fui a Bogotá com uma das minhas filhas. Sentimos sede, compramos uma graviola e a repartimos. Ao comê-la, eu me lembrei que meu marido também gostava muito daquela fruta e esse pensamento inquietou-me. Ao contrário do que costumo fazer, terminei de comer bem rápido. Logo depois, comecei a sentir muito calor e a transpirar. Eu sentia o rosto afogueado e outros sintomas desagradáveis. Minha filha e eu começamos a orar. Conhecíamos a Christian Science havia algum tempo e recorríamos sempre a Deus em oração para solucionar problemas de qualquer tipo.

Andamos mais depressa e nos dirigimos a uma igreja da Christian Science perto dali. Apeguei-me à idéia de que Deus é Vida e eu, Sua filha, criada à Sua imagem e semelhança, só poderia expressar a Vida. Por essa razão, eu não podia ter nenhum tipo de doença. Eu sabia que todas as minhas funções e sensações eram governadas pela Mente única, Deus, e, por essa razão, eram perfeitas. Reconheci que eu respirava a atmosfera do Amor divino, que está mais próxima do que o ar que nos rodeia, porque em "Deus vivemos, nos movemos e existimos" (Atos 17:28). Concluí que, como Deus é Espírito, eu, por ser a Sua idéia espiritual, não poderia sofrer, ficar doente nem morrer.

Quando chegamos à igreja, pedi que minha filha tomasse emprestado na Sala de Leitura o livro Ciência e Saúde, pois me lembrava das idéias da página 468, as quais sempre me haviam servido de apoio. Como o mal-estar impedia que eu me lembrasse exatamente da mensagem, queria ler o livro ou que minha filha o lesse para mim. Eu não conseguia mais resistir aos pensamentos de morte, que eram muito fortes. A menina leu em voz alta a "exposição científica do ser", que começa com as seguintes palavras: "Não há vida, verdade, inteligência, nem substância na matéria. Tudo é Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo".

Enquanto ela lia, eu dava graças a Deus por toda a Sua criação, porque "tudo quanto [Ele] fizera era muito bom" (Gênesis 1:31). Essa criação incluía todas as frutas. Também agradeci por todos os homens que Ele havia criado e reconheci que meu marido estava entre eles. Desejava de todo o coração vê-lo como Deus o havia criado, bom, e não abrigar em relação a ele nenhum sentimento que fosse ruim. Pedi a Deus que me livrasse da tentação de sentir rancor pelo meu marido e também que meus filhos se livrassem do ressentimento e do sentimento de vingança que nutriam contra o pai.

Estava na igreja uma praticista que era minha amiga. Ela logo percebeu que eu não estava bem e começou a orar. Senti vontade de ir ao banheiro. Quando voltei, sentei-me e adormeci por uns minutos. Ao acordar, sentia-me bem melhor. Minha amiga insistiu em acompanhar-nos até em casa. No dia seguinte eu estava completamente bem.

A partir daí, comecei a vigiar meu pensamento com disciplina e constância, orando a Deus como diz o hino 329 do Hinário da Ciência Cristã: "Meu pensamento livra do ócio ou vil ação, ó Redentor, me guarda de toda transgressão." Aprendi que a obediência a Deus, sem angústia ou temor, só nos traz bênçãos, felicidade e bons frutos e compreendi que, na criação de Deus, todos os homens são úteis. Esforço-me para obedecer à Regra Áurea, como nos ensinou Cristo Jesus: "Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles" (Lucas 6:31).

Sinto-me livre e creio que todos em minha família progredimos muito. Nosso progresso espiritual se reflete em estabilidade econômica e em todas as nossas atividades diárias.

Agradeço imensamente à Sra. Eddy por esta mensagem do livro The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany: "Os bons pensamentos são uma armadura impenetrável; assim revestidos, estais completamente resguardados contra os ataques do erro de qualquer espécie. E não só vós estais protegidos, mas também todos aqueles sobre os quais repousam vossos pensamentos, são dessa forma beneficiados" (p. 210). Nessa mensagem encontro proteção para mim e para meus filhos e, através do meu pensamento, envolvo toda a humanidade em um sentimento de amor.


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