Imaginemos que você tenha acabado de comprar uma casa muito melhor. Era uma necessidade para você e sua família, mas agora você reluta em fazer os preparativos para a mudança, em deixar a antiga moradia! Você sabe que precisa fazer isso, que assim vai melhorar sua vida, que vai ter mais espaço, mas acaba deixando de um dia para outro.
Parece absurdo, não é? O mais natural é querer mudar para melhor. Contudo, algo semelhante acontece quando resistimos a ler o livro Ciência e Saúde, de Mary Baker Eddy. Talvez você o tenha recebido de presente. Ou o tenha comprado há algum tempo, para logo mais começar a leitura. Você sabe que o estudo do livro pode ajudá-lo, mas simplesmente vai deixando de um dia para outro.
Por que acontece isso? Pode ser receio de enfrentar novos conceitos, de não conseguir assimilar novas idéias. Talvez seja apego a alguns preconceitos arraigados.
Desde criança eu conhecia os ensinamentos desse livro. Eu estava acostumada ao fato de que a oração havia trazido cura e soluções para meus problemas, durante toda a minha infância e adolescência. Durante os meus anos de colégio, muitas vezes eu lia trechos do livro e até capítulos inteiros, como o da Oração, do Matrimônio e o dos Frutos. Depois de adulta li o livro de capa a capa. Muitas vezes comecei e parei. Algumas vezes eu não concordava com o que lia, ou então não entendia. Todavia, dois trechos do livro foram muito importantes e me levaram a continuar essa leitura.
Um deles está no capítulo sobre o Matrimônio: “Quando nosso Mestre foi ter com João para ser batizado, este ficou muitíssimo admirado. Lendo-lhe os pensamentos, Jesus disse: 'Deixa por enquanto, porque assim nos convém cumprir toda a justiça’ ” (p. 56). Essa expressão: “deixa por enquanto” acalmava meu pensamento, todas as vezes em que eu não entendia tudo o que lia, ou não conseguia aceitar alguma coisa. Assim, em vez de continuar argumentando mentalmente, ou de parar, eu continuava a ler e deixava de lado temporariamente o que não entendia.
As idéias contidas em Ciência e Saúde revelam a presença constante do amor que Deus tem por nós.
Outro trecho que muito me ajudou é o que diz: “Admitimos o todo, porque uma parte está provada e essa parte demonstra e prova o Princípio inteiro” (p. 461). Inúmeras vezes eu me havia beneficiado ao aceitar explicações sobre a Ciência do Cristianismo, como está exposta no livro. Por isso, poderia aceitar a idéia de que tudo o que está aí revelado é verdade, porque provém do mesmo Princípio, ainda que, em determinado momento, me parecesse difícil concordar com alguma coisa.
Uma dessas vezes em que pude provar “uma parte” foi quando eu era estudante. Certo dia, ao correr para tomar o ônibus que me levaria ao colégio, pisei em falso e torci o pé. Senti muita dor e quase não conseguia caminhar, mas como não tinha tempo a perder, fui andando e repetindo mentalmente alguns conceitos que já havia assimilado, como o de que a matéria não tem vida nem substância. Consegui pegar o ônibus e, ao chegar à escola, dei-me conta de que o pé já não doía. Fiquei admirada com a rapidez da cura.
Hoje em dia, apesar de já ter lido esse livro muitas vezes, freqüentemente me deparo com trechos que me parecem novos e aprendo algo mais. É por isso que posso dizer para aqueles que ainda não o leram: ele foi escrito para todos, por isso foi escrito para você também!
As idéias nele contidas revelam a presença constante do amor que Deus tem por todos nós, e podem ser entendidas por todos. Deus, a Mente única que inspirou Mary Baker Eddy a escrever esse livro, nunca nos deixa sozinhos nesse empenho e podemos estudá-lo ao ritmo que nos for mais natural. Esse tesouro espiritual é seu também. Tome posse dele! Não deixe passar de um dia para outro, indefinidamente, essa oportunidade de compreender melhor a Deus.
Tome posse do que é seu!
