: Melissa, como foi sua infância?
Melissa Bradley: Quando eu tinha dois meses, meu pai faleceu de repente. Minha mãe já tinha 40 anos, possuía um diploma mas, por ser negra, nunca conseguia empregos à altura de sua capacidade. Sem dúvida, vivíamos abaixo da linha de pobreza. Nos fins de semana, minha mãe fazia a limpeza em casas de famílias e eu a acompanhava. Era quando eu conseguia estar com ela e conversar. Não demorei a perceber a disparidade entre as casas que minha mãe limpava, onde todos eram brancos e o lugar onde nós e nossos vizinhos morávamos, onde todos eram negros. Lembro-me que uma vez eu perguntei à minha mãe: “Por que os negros são pobres e os brancos são ricos?” Ela respondeu: “Não é uma questão de cor, não. O problema é mais complicado.” “Quando eu crescer”, retruquei, “quero fazer alguma coisa para que os negros não sejam pobres.”
LL: Então, o que você pensava fazer?
Faça o login para visualizar esta página
Para ter acesso total aos Arautos, ative uma conta usando sua assinatura do Arauto impresso, ou faça uma assinatura para o JSH-Online ainda hoje!