Vejo a maternidade como algo maravilhoso, uma bênção. Estudando a Christian Science entendi que a maternidade é um reflexo de Deus, visto que Deus é Pai e Mãe. Infelizmente, muitos associam a gravidez a desconforto ou sofrimento, mas penso que realmente pode ser vista de uma forma muito mais bela, muito mais gratificante, tanto para a mulher, como para a própria criança que está a vir.
Quando fiquei grávida pela primeira vez, pensei muito no bebé como uma ideia completa e perfeita de Deus que sempre existiu na Mente divina. E essa ideia inclui em si tudo o que necessita para que cresça e se desenvolva, ou seja, força, saúde, felicidade, alegria, inteligência, prudência, etc.
Outro aspecto importante foi compreender que o feto não dependia única e exclusivamente de meu corpo. Eu deveria colocar Deus como sua verdadeira mãe e reconhecer que Ela é responsável pela formação e desenvolvimento de Suas ideias. Isso livrou-me de sentir um peso por excesso de responsabilidade e de preocupação com alimentos, dando-me a oportunidade de desfrutar com alegria desse período tão especial que é a gravidez, sem ansiedade ou medos.
Alguns dias após o nascimento da minha primeira filha, comecei a ter sintomas de depressão pós-parto. Embora eu estivesse muito feliz pela menina, um sentimento de angústia tomava conta de mim. A situação piorava cada vez mais. Era como se o mundo estivesse de cabeça para baixo.
Alguns dias após o nascimento da minha primeira filha, comecei a ter sintomas de depressão pós-parto. Embora eu estivesse muito feliz pela menina, um sentimento de angústia tomava conta de mim.
Lembro-me de que telefonei a uma praticista e professora da Christian Science, e pedi que me ajudasse por meio de oração. Ela citou estas frases de Ciência e Saúde: “Para assistir convenientemente o nascimento da nova criatura, ou a idéia divina, é preciso separar o pensamento mortal de suas concepções materiais, de tal maneira que o nascimento se faça com naturalidade e segurança. ... A nova idéia, concebida pela Verdade e o Amor e deles nascida, está envolta em roupas brancas. Seu começo será humilde, seu crescimento vigoroso, e sua maturidade imperecível. Quando ocorre esse novo nascimento, a criança que nasce na Ciência Cristã, nasce do Espírito, nasce de Deus, e não pode mais causar sofrimento à mãe” (p. 463). Durante o telefonema que estávamos a ter, a praticista enfatizou muito bem esse conceito de “não causar sofrimento à mãe”. Disse-me que era impossível que eu sofresse, pois aquela criança havia realmente nascido de Deus para mim. Eu não deveria aceitar nenhum sentimento ou pensamento pesaroso. Algum tempo após o telefonema, a depressão desapareceu totalmente e não retornou.
Durante a segunda gravidez, pesquisei e estudei tanto a Bíblia como o livro Ciência e Saúde, de Mary Baker Eddy, para aprofundar meu conceito sobre maternidade, criança e nascimento. Comecei a encarar tudo isso de uma forma nova, o que me ajudou bastante no parto. Cheguei à conclusão de que é necessário envolver minhas filhas — e as pessoas que se relacionam ou venham a se relacionar com elas — em pensamentos bons, pensamentos de pureza, amor, alegria, saúde e abundância, pois só dessa forma posso contribuir para que usufruam da herança maravilhosa a que têm direito como filhas de Deus.
Eu continuo, a cada dia, aprendendo mais sobre o significado espiritual de maternidade e procuro expressar cada vez melhor as qualidades maternais que derivam de nosso Pai-Mãe Deus.
Foto tirada em novembro de 2002, quando Inês estava grávida de sua segunda filha.
