Algumas vezes, uma visão revolucionária sobre a ciência derrubou premissas anteriormente aceitas a respeito do mundo e de como ele funciona. Há exemplos históricos de como os precursores de uma nova ciência foram denunciados como hereges e tiveram suas teorias reprimidas. Contudo, em um determinado momento, comprovouse que esses precursores estavam certos e a humanidade começou a aceitar o novo modelo
Um dos principais exemplos disso aconteceu no século XVI, quando Copérnico, raciocinando a partir da premissa de que o sol era o centro do sistema solar, derrubou a antiga teoria de Ptolomeu, que defendia que o sol e os planetas giravam em torno da terra. Hoje, podemos comentar sobre o nascer e o pôr do sol, mas a maioria sabe — graças à agora aceita teoria de Copérnico — que o sol permanece imóvel enquanto a terra gira em torno de seu próprio eixo. Astrônomos modernos se apóiam nessa verdade, à medida que investigam os céus com naves espaciais, tripuladas ou não.
Em sua obra mais importante: A Estrutura de Revoluções Científicas, o filósofo Thomas Kuhn cunhou o termo mudança de paradigma para descrever o importante re-direcionamento da ciência, que ocorre como resultado de descobertas como a de Copérnico. Essa mudança, em última análise, altera a maneira pela qual nós, coletivamente, percebemos as coisas e, por conseqüência, nossa conduta. Muitas vezes, o conhecimento obtido por meio da razão e da revelação, ao invés de por meio de uma observação empírica, é o catalisador para uma mudança na percepção. Mais tarde, o novo rumo que a ciência toma, comprova a própria veracidade do novo modelo.
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