Podemos apenas imaginar o que aquele homem estaria pensando e sentindo há 350.000 anos. Na Itália, cientistas fizeram especulações sobre as pegadas descobertas de um homem da Idade da Pedra, sugerindo que ele estava tentando escapar da erupção de um vulcão. Mas não há nada certo. Tudo o que se encontrou foram pegadas pouco profundas na superfície do solo, preservadas por uma grossa camada de cinza vulcânica.
Ao fazer uma pequena escavação, por minha própria conta, em uma história bem mais recente, em uma pesquisa sobre meus ancestrais, descobri como é ter apenas pequenos fragmentos para acompanhar a trajetória de vida de uma pessoa. Meus descendentes vieram da Suíça para os Estados Unidos, passaram vários anos no estado do Wisconsin e, finalmente, se estabeleceram no estado de Minnesota. Eram todos fazendeiros, exceto meu bisavó Albert, que rompeu relações com o resto da família. Ele abandonou a fazenda onde morava com a família, mudou-se para o outro lado do estado, gerenciou um hotel, tocou na banda da cidade, comprou uma lavanderia e ocupou alguns cargos na prefeitura. Por que teria ele trocado o arado pelos negócios e pela política? Posso apenas imaginar, mas o resto da história da vida do meu bisavô não foi contado.
Durante uma mesa redonda, realizada n'A Biblioteca Mary Baker Eddy para o Progresso da Humanidade, Nell Irvin Painter, Professora de História Americana na Universidade de Princeton, explicou que a razão pela qual muitas histórias de vida não são contadas é por que as pessoas não se dão o devido valor. Elas não imaginam que sua vida “sem acontecimentos fora do comum” seja digna de que dela tomem conhecimento, ou que tenha algo a ensinar.
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