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ESPIRITUALIDADE E CURA

Faça as pessoas pensar

Da edição de janeiro de 2007 dO Arauto da Ciência Cristã


“Diga a verdade às pessoas”, diz Martin Sirota, Praticista e Professor de Ciência Cristã, residente em Nova Iorque. Ele não se importa se as pessoas concordam com ele. Ele apenas deseja fazê-las pensar, porque, como ele diz, as oportunidades são muitas: “Nossa saúde e segurança dependem de pensarmos corretamente”. Em uma tarde chuvosa, Martin Sirota e eu nos encontramos em seu escritório, no centro de Manhattan.

Através das duas janelas daquele pequeno espaço, pode-se entrever um diminuto cenário da cidade movimentada. Se olhamos para cima, vemos o arranha-céu da Chrysler perfurando as nuvens. Se olhamos para baixo, vemos as pessoas e o tráfego, indo e vindo, em frente à Grand Central Station (Grande Estação Central). Tal como um quadro de Edward Hopper, as janelas harmonizam o cenário interior com o exterior. O barulho e o movimento de fora se fundem com a serenidade e o silêncio de dentro. Puxo uma cadeira em frente à mesa de trabalho do Sr. Sirota para conversarmos. Então, começo...

: Fiquei impressionado com o que você me disse em nosso último telefonema: “Acho importante desafiar as pessoas metafisicamente, isto é, desafiar o pensamento delas. Apenas dizer coisas gentis, não funciona”. Fale-me mais sobre isso.

Martin Sirota: Penso que devemos dizer às pessoas aquilo que achamos que elas não irão acreditar. Se alguém chega ao meu escritório, mesmo alguém bem novo na Ciência Cristã, tenho de lhe dizer a verdade. Mary Baker Eddy diz: “Dize a verdade a toda forma de erro” (Ciência e Saúde, p. 418). Uso isto literalmente: “Dize a verdade”. Qual é a verdade? A verdade é que o homem é espiritual e perfeito, atemporal, imortal, saudável, livre, completo, alegre, satisfeito, realizado. Alguém pode entrar aqui chorando e, muito freqüentemente, as pessoas o fazem (por isso, tenho aqui no escritório lenços de papel), mas preciso dizer-lhes a verdade sobre elas, sobre sua inteireza espiritual. Talvez não aceitem isso de forma imediata, mas se vieram a mim, um Praticista da Ciência Cristã, um sanador, para pedir ajuda, irão pensar sobre o que eu lhes disser.

Sempre faço com que elas se volvam ao Ciência e Saúde e digolhes: “Leia esse livro, quer você o compreenda ou não. Você veio aqui para pedir ajuda. Esta é sua receita: leia o livro. Pondere o que ele diz. Ele terá um efeito sanador em sua vida. Desde que você tenha um pensamento honesto, receptivo e complacente, certamente sentirá o efeito sanador dessa verdade”. O capítulo “Frutos” confirma isso (pp. 600-700).

Portanto, digo a verdade ás pessoas. Talvez elas parem e digam: “Como você sabe isso?”, Por exemplo: “Como você sabe que nunca irá morrer?”. Contudo, elas irão ponderar esse conceito de que a vida é imorredoura. Quando pensamos na verdade, ela é salutar e isso é garantido. É essa a razão pela qual desafio as pessoas. Faço-as pensar a respeito de coisas sobre as quais talvez jamais pensassem ou com as quais jamais concordassem. Afinal, essa é uma verdade radical. “A exposição cientifica do ser”: “Não há vida, verdade, inteligência, nem substância na matéria...” (Ibidem, p. 468), é uma declaração radical.

JH: Então, nos concentremos nesse conceito de radical. Ciência e Saúde diz “A Ciência da Mente tem de acorrer, para efetuar uma cura radical” (p. 398).

MS: Exato. Radical significa ir à raiz do problema. É isso o que essa verdade faz: vai à raiz do problema. A Sra. Eddy diz: “A moléstia é uma imagem exteriorizada do pensamento” (Ibidem, p. 411). Logo, a raiz de um problema é o pensamento. É o pensamento que precisa ser curado. O problema que enfrentamos não tem nada a ver com o corpo; não tem nada a ver com nossos relacionamentos; não tem nada a ver se somos ricos ou pobres. O que existe é apenas um pensamento que tem de ser corrigido.

Cristo Jesus tinha o que os músicos chamam de tom perfeito, referente à sua capacidade de detectar o pensamento específico que precisava ser curado. A Sra. Eddy fala da capacidade “de discernir o pensamento dos doentes e dos pecadores com o propósito de curá-los” (Ibidem, p. 95). Era isso que Jesus fazia e é isso que temos de fazer. Nunca lidamos com um problema físico. Todos os problemas físicos são de natureza mental.

Portanto, em essência, quando dizemos a verdade às pessoas, estamos trabalhando a partir de uma interpretação espiritual sobre o homem. Parte dessa explanação diz: “O homem é idéia, a imagem, do Amor; não é físico” (Ibidem, p. 475). Sendo a imagem do Amor, a imagem de Deus, somos amados e acalentados. Não somos físicos, somos espirituais. Somos compostos de qualidades espirituais e não de sangue, carne e ossos. Essa é a verdade sobre todos e é, em realidade, a nossa biografia. Essa verdade pode produzir uma cura radical.

JH: Você tem um exemplo?

MS: Bem, quando alguém me telefona e diz que está com hemorragia, isso é bastante assustador, e, dentro de dois minutos, o quadro se reverte, para mim isso é muito impressionante. Isso já aconteceu mais de uma vez em minha prática. Quando enfrentamos um caso assim, não podemos demorar. Nosso tratamento tem de ser imediato. Nos atemos à verdade de que tanto o praticista quanto o paciente estão a salvo, nas mãos de Deus. Temos de ser também muito, mas muito firmes mesmo, em nossa consciência: “Acalma-te, emudece” (Marcos 4: 39); a lei da perfeita ação do Amor divino é tudo o que está acontecendo. Declarar essas verdades ao paciente, com convicção, diminui seu medo do problema. À medida que o medo diminui, o problema também diminui. O medo é a âncora que precisa ser solta. Foi o que fiz nesses casos.

JH: E funcionou?

MS: Imediatamente. Isso talvez não tenha mudado a vida inteira da pessoa, mas reverteu a situação, naquela ocasião em particular.

O problema que enfrentamos não tem nada a ver com o corpo; não tem nada a ver com nossos relacionamentos; não tem nada a ver se somos ricos ou pobres. Existe apenas um pensamento que tem de ser corrigido.

JH. Você já curou alguém de uma doença que a classe médica considera incurável?

MS: Uma pessoa me procurou com um caso de diabetes, que foi curado. Parece-me que a sugestão mental sobre essa doença é a de que a pessoa é capaz de manifestar doçura, mas não de recebê-la. Para mim, é como se alguém pudesse dar amor, mas não recebê-lo. Parece uma coisa meio abstrata, mas para mim foi útil.

Disse que precisávamos descobrir o pensamento que necessita de cura, mas nem sempre é assim. Sei apenas que a Verdade, Deus, porá a descoberto o erro e o destruirá, tanto no pensamento do paciente como no meu, mesmo que eu não saiba qual é esse erro específico.

A doença é uma imagem do pensamento, mas não necessariamente o da pessoa em tratamento. Pode ser do pensamento do mundo, que predomina sobre muitas coisas e tem influência direta sobre pessoas suscetíveis. Portanto, é isso que tem de ser curado. Contudo, é a Verdade que faz o trabalho.

JH: Isso nos leva ao terrorismo, que está na linha de frente do pensamento. Eis minha pergunta que lerei do e-mail que lhe enviei: “Pode a Ciência da Mente ajudar a realizar uma cura radical do terrorismo? Como? O que será necessário? Como você está orando com relação à ameaça do terrorismo? Você pode abordar os dois lados da equação? Primeiro, a segurança contra o terrorismo, contra um outro ataque igual ou pior ao do dia 11 de setembro, que é, obviamente, uma grande preocupação para muita gente aqui na cidade de Nova Iorque e em outras áreas urbanas. Segundo, a eliminação do terrorismo. Estou tentando diferenciar essas duas coisas. Elas são obviamente inseparáveis, mas são questões diferentes: orar por segurança, que é preventivo e orar para a eliminação do terrorismo, que é terapêutico. Qual é a oração que mantém alguém a salvo do terrorismo? Qual a oração que contribui para uma neutralização ou erradicação final do terrorismo?” Problemas difíceis, mas agora é com você.

MS: Está bem, então me diga, qual a oração que mantém alguém a salvo de câncer? Um câncer é muito assustador para as pessoas, pode crer. Minha irmã, que não era uma Cientista Cristã praticante, faleceu recentemente de câncer. Ela estava internada em um hospital para tratamento do câncer aqui em Manhattan. Fui visitá-la várias vezes e enquanto caminhava pelos corredores do hospital, o medo era muito palpável. Não sei se mais alguém pode sentir isso se não estiver atento, mas eu tive uma sensação desagradável de medo por parte dos pacientes do hospital. Então, qual é a oração para o câncer? “Não há vida, verdade, inteligência, nem substância na matéria”, ou seja, “A exposição científica do ser” é que é a cura para o câncer. Isso nos mantém a salvo. Mas, temos de nos ater a essa verdade sobre a realidade e confiar nela. Confiar que somos perpetuamente a expressão benigna do Amor divino, destituída de qualquer elemento destrutivo.

O terrorismo é assustador. Contudo, o que é terrorismo? Não é nada mais do que uma outra forma de mal, do mal tentando desafiar o bem. Esse “mal-que-tenta-desafiar-o-bem” tem estado por aqui desde o Gênesis. É uma coisa antiga, não é nova. Temos de tratálo como um mal velho e obsoleto. Essa é a maneira de lidar com o terrorismo. Não orar apenas com a idéia de que: “Eu estarei a salvo e os integrantes deste ou daquele povo têm uma única Mente, um único Deus”. Podemos fazer isso, mas para mim é muito superficial. Podemos levar essa questão para um nível individual e saber que estamos aqui para amar. Foi dessa maneira que a humanidade de Jesus foi expressa e temos de expressar essa mesma humanidade. Nós certamente trabalhamos a partir da perspectiva de que o mal não é real, mas também é importante que amemos de forma prática.

Escrevi algo que talvez você ache interessante. É apenas um pequeno parágrafo que escrevi em uma palestra que dei há algum tempo: “Quer compreendamos isto ou não, a humanidade honesta anseia por idéias espirituais. Ela anseia por um senso da verdadeira identidade espiritual de cada um. Muçulmanos, cristãos e judeus talvez tenham perspectivas diferentes, mas todos eles querem conhecer melhor a Deus e, o mais importante, querem sentir a presença de Deus. Eles querem paz, harmonia e alegria. Querem sentir a bondade de Deus. Em Gênesis lemos: 'Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom' (Gênesis 1:31). A criação de Deus é naturalmente boa. O filho criado por Deus é amoroso, amado, digno de ser amado, e amável”.

JH: É assim que temos de amar?

MS: Exatamente. Temos de saber isso a respeito de todos. Além disso, essa é a verdade real e espiritual sobre Osama Bin Laden. Ele é inteiramente amoroso e completamente amado. Ele é inteiramente compreensivo e completamente compreendido. Não há nenhum mal-entendido. O mesmo vale para todos os judeus, todos os cristãos e todos os demais. Há uma Mente só. Temos de amar todas as pessoas embasados nisso. Lembra como a Sra. Eddy explicou a maneira como Jesus curava? Ela escreveu: “Jesus via na Ciência o homem perfeito ...” (Ibidem, pp.476-477). Não consigo ver Osama Bin Laden como mau e repreensível, merecedor da morte. Como um sanador, tenho de vê-lo como o homem criado por Deus. Deixemos que essa verdade sobre ele ponha a descoberto o que precisa ser revelado e destruído.

JH: Sadam Hussein também?

MS: Sadam Hussein também. Todos.

JH: A Sra. Eddy falou sobre mortais maus: “Um mortal mau não é a idéia de Deus. Ele é pouco mais do que a expressão do erro” (Ibidem, p. 289).

MS: Certo. Eles são mortais maus. No entanto, temos de vê-los corretamente, a fim de estarmos a salvo. Não estaremos a salvo se os virmos de outra forma. Isso não é vencer o mal pelo bem, isso é vencer o mal pelo mal e, portanto, nós o estamos alimentando. Caso eu veja alguém como mau e perigoso, bem, então é melhor eu ficar alerta.

JH: Martin, você diz que a couraça de proteção que cada pessoa está capacitada a usar diariamente, a armadura de proteção eficaz, provém da espada de dois gumes, de combater mentalmente o mal, de o negar e anular sua presença, e, em contra-partida, afirmar a realidade do amor e da verdade a respeito da identidade de cada pessoa.

MS: Exato. Afirmação e negação. Temos de negar o erro como não fazendo parte do homem de Deus e afirmar aquilo que faz parte do homem de Deus. Isso é muito importante.

JH: A ação do pensamento nos mantém a salvo.

MS: Com certeza. Por isso, temos de manter o pensamento “no esconderijo do Altíssimo” (Salmo 91:1).

JH: Saber que a segurança não está fora do nosso controle é encorajador.

MS: Isso mesmo! Lembre-se, estamos lidando apenas com pensamento. Ademais, nosso mundo é o que estamos contemplando. O nosso mundo interior. Vamos nos preocupar menos com o que está acontecendo com o mundo lá fora e mais com o que está acontecendo em nosso pensamento e então estaremos a salvo. Temos de vigiar o que pensamos. Isso é uma coisa importante. Nós projetamos nossa experiência. O Salmo 91 diz que podem cair mil ao teu lado, e dez mil, à tua direita; mas o mal não se aproximará de ti nem de tua casa, porque estamos “no esconderijo do Altíssimo”. Porque vigiamos o que pensamos. Vemos o mal pelo que ele é, uma nulidade impotente que não faz parte do homem de Deus. Conseqüentemente, todos aqueles que caem estão acreditando exatamente no contrário. Mas, na verdade, eles não caem em nenhum lugar, não é? Ninguém morre. “Nada do que vive jamais morre...” diz Ciência e Saúde (p. 374). Nada. A vida é eterna. A “existência mortal” é um paradoxo. Não existe tal coisa. A existência espiritual é que é a verdadeira. Não existe nenhuma outra existência. Temos de partir dessa premissa, sempre.

Você mencionou os mortais maus. A Sra. Eddy aprendeu, por experiência própria, sobre os mortais maus e ela explicou detalhadamente o que fazer a respeito deles em seu artigo “A Cruce Salus” (Salvação mediante a cruz): “Oh mão amiga! Não dês tuas dádivas às víboras e aos macacos, aos lobos vestidos de cordeiro e a todas as feras devoradoras. Ama esses espécimes da mortalidade apenas o suficiente para reformá-los e transformá-los — se for possível — e então, fica em guarda contra seus aguilhões, suas mandíbulas e garras; mas agradece a Deus e ganha coragem — por desejares ajudar mesmo tipos como esses” (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883-1896, p. 294). Vença o mal com o bem, mas seja prudente. Não seja tolo. De fato, ela foi uma mulher muito prática, para escrever algo assim.

JH: Temos de fazer duas coisas que parecem contraditórias: temos de manter um ponto de vista absolutamente metafísico sobre a nulidade do mal e a totalidade do bem, e, ao mesmo tempo, temos de ficar alerta para que o mal não nos surpreenda.

MS: Certo. Temos de ser sábios. A crença da natureza humana poderia ser o próprio fundo do poço, as coisas mais deploráveis, quando lemos nos jornais o que as pessoas fazem para prosperar, para se vingar ou para satisfazer sua cobiça. Contudo, é exatamente nesse ponto que precisamos ajustar nossa visão sobre a humanidade. Temos de nos elevar às características quase semelhantes às do Cristo, que Mary Baker Eddy define como as qualidades do segundo grau da mente mortal: honestidade, afeto, compaixão, esperança, fé, mansidão (ver Ciência e Saúde, p. 115). Esse é o nível humano. Gosto de pensar nele como humanitário. Esse é o elemento-Cristo.

Mas, expressar essas belas qualidades não é o suficiente para curar, porque mesmo quando alguém está no sentido mais elevado do nível humano, ainda acredita em nascimento, maturidade, decadência e morte. Temos de ir para o terceiro grau, o da compreensão espiritual” (Ibidem, p. 116). De novo, “A exposição científica do ser” explica esse estado de existência. Temos de estar acima do humano. O humanitário não é suficiente. Essa é a razão pela qual a mente humana não cura. É a Mente divina e a compreensão espiritual sobre quem somos, o que somos e onde estamos, que cura. Contudo, não podemos fazer isso sem o segundo grau, sem aquele amor, aquela ternura, aquela compaixão. Não podemos fazer um sem o outro. A cura está nessa associação. Precisamos ter a compreensão espiritual juntamente com essa associação.

Temos de estar acima do humano. O humanitário não é suficiente. Essa é a razão pela qual a mente humana não cura. É a Mente divina e a compreensão espiritual sobre quem somos, o que somos e onde estamos, que cura.

Isso é muito importante. A Sra. Eddy fala sobre isso no capítulo A Prática da Ciência Cristã, em Ciência e Saúde. Ela explica: “...a paciência compassiva para com seus temores e o afastamento destes, valem mais do que hecatombes de borbotantes teorias, de discursos estereotipados e plagiados, e de argumentos que não passam de outras tantas paródias à Ciência Cristã legítima, abrasada de Amor divino” (p. 367). Portanto, esse é o segundo grau e é muito importante. Mas, precisamos ter o terceiro grau, o nível mais elevado da percepção espiritual, e compreender que o mal não é real, que a matéria é o nada e que o homem é espiritual e perfeito. É essa a compreensão que cura, que faz o trabalho de cura. Não há nenhuma dúvida sobre isso.

A Sra. Eddy fez um sincero apelo a todo Cientista Cristão, quando disse: “Uma coisa tenho desejado com fervor e, de novo, a peço sinceramente, a saber, que os Cientistas Cristãos, aqui e em toda parte, orem diariamente em favor de si mesmos; não verbalmente, nem de joelhos, mas mental, humilde e importunadamente. Quando um coração faminto pede pão ao divino Pai-Mãe Deus, não lhe é dada uma pedra — porém mais graça, obediência e amor. Se esse coração, humilde e confiante, fielmente pedir ao Amor divino que o alimente com o pão celestial, com saúde e santidade, ele será feito merecedor de receber a resposta ao seu desejo; então, afluirá a ele 'a torrente de Suas delícias', o afluente do Amor divino e um grande crescimento na Ciência Cristã se seguirá...” (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos], p. 127). Acho que esse é o mais importante pedido que ela fez aos seus alunos.

Além disso, acho que uma das maiores causas do declínio no número de membros de nossas igrejas em algumas partes do mundo é que nem todos os Cientistas Cristãos estão cumprindo esse pedido. Se orarmos por nós mesmos e tivermos o pensamento correto, não falharemos. Iremos discernir o pensamento que necessita de cura. Oro para mim mesmo, constantemente e antes de apoiar, em oração, alguém que pede ajuda. O que eu sou, eles são. Eles não podem ser aquilo que eu não sou. Contudo, primeiro preciso saber quem eu sou. Às vezes, essa é a parte mais difícil. Ore para si mesmo e você irá ajudar seus pacientes e curar o mundo. A Sra. Eddy escreveu isto em uma carta inédita: "... trabalha para a tua própria santificação, espiritualidade, saúde e santidade. Eu vejo que, na proporção em que faço isso para mim mesma, o mundo inteiro sente o efeito" (LO9957, Mary Baker Eddy para Sarah Pike Conger, 19 de junho de 1899, The Mary Baker Eddy Collection, A Biblioteca Mary Baker Eddy para o Progresso da Humanidade). Ela orava para si mesma, e sabia que o mundo iria sentir aquilo que ela sabia ser verdadeiro sobre ela mesma. Orem para si mesmos diariamente. O mundo irá senti-lo. Porque não podemos orar para nós mesmos sem reconhecer todos os demais. Não podemos, não é possível. O que é verdadeiro para mim tem de ser verdadeiro para você.

Quando um coração faminto pede pão ao divino Pai-Mãe Deus, não lhe é dada uma pedra — porém mais graça, obediência e amor.

JH: E para o nosso próximo...

MS: Para o próximo, para todos. A oração precisa ser verdadeira. As pessoas talvez não a aceitem, talvez não a queiram, mas ainda assim é a verdade. Portanto, sempre dou aquele trecho da página 127 de Miscellaneous Writings para os meus alunos. Isso é o que eles precisam fazer, orar para si mesmos diariamente, se quiserem ser sanadores eficientes. Porque muitas pessoas não fazem isso. Não oram para si mesmas. Oram para os outros, oram para o mundo. Contudo, não podemos realmente orar com eficácia para o mundo, a menos que saibamos quem somos. E quem somos nós? Somos a expressão de Deus, a própria imagem do Amor infinito.

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