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Matéria de capa

A maternidade mudou minha vida

Da edição de maio de 2007 dO Arauto da Ciência Cristã


Muitas mães não encaram a maternidade como uma oportunidade de crescimento, mas como problema ou privação, principalmente quando a gravidez surge de forma inesperada, como ocorreu comigo.

Eu havia tido complicações anteriores nas trompas, por isso os médicos me disseram que eu não poderia ter filhos. O drama foi ainda maior porque, quando descobri que estava grávida, vivia com uma pessoa com quem não era legalmente casada.

Tudo isso me deixou cheia de dúvidas: “Vou sofrer no parto? Serei uma boa mãe? Saberei conciliar a maternidade com a vida profissional? Como vou educar a criança?”

Essa situação me fez aprofundar o estudo da Ciência Cristã, pois sentia que poderia encontrar respostas para as questões que me preocupavam. Além disso, queria me tornar uma pessoa melhor para criar minha filha. Agarrei-me a Deus com muito amor e confiança.

Comecei a refletir sobre o conceito de maternidade. Lembrei-me de alguns trechos de Ciência e Saúde, em que a autora, de maneira muito inspirada, apresenta Deus como Pai e Mãe. Pensar em Deus como Princípio criador, conduziu-me por caminhos que antes não havia vislumbrado. A compreensão de que Ele é a fonte de toda boa açāo materna, trouxe-me segurança. Reconhecer que “o Amor, o Princípio divino, é o Pai e a Mãe do universo, inclusive o homem” (Ciência e Saúde, p. 256), anulou o conceito de que a maternidade depende do conhecimento sobre a vida, o homem, o universo, e deu-me liberdade. Sublimar o conceito de mãe ao entender que Deus é a Mãe que gerou e concebeu a todos perfeita e harmoniosamente, iluminou meu pensamento e moldou minhas ações.

Pelo estudo do capítulo Ciência do Ser, aprendi que procedemos do Espírito divino e que somos Seus filhos eternos e amados. Filhos representam a idéia espiritual, pura e perfeita, concebida pelo Princípio divino, Pai-Mãe Deus. Saber a origem do ser, possibilitou-me compreender quem somos na realidade e expandir o conceito de que aquele ser que eu gerava era apenas resultado do desenvolvimento de um óvulo ou que era frágil e dependente de circunstâncias para vivenciar o fatídico ciclo vital: nascimento, crescimento, maturidade e decomposição. Isso não é a verdade concernente ao nosso ser espiritual. Portanto, não precisamos aceitar essa limitação. É nosso eterno direito viver sob as leis divinas que nos garantem a plenitude de sermos chamados filhos de Deus. “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato somos filhos de Deus...” (1 João 3:1). Essa declaração confirma nossa verdadeira origem e identidade.

Em minhas buscas, percebi a grandiosidade do significado espiritual de mãe e filho, porém, nesse processo, deparei-me com o medo do parto. O obstetra que me acompanhava sempre conversava comigo a respeito de um parto normal. Volvi-me a Deus para me acalmar e expressar sabedoria em minha escolha. Percebi claramente que precisava continuar o estudo que até então me ajudara e fortalecera. Lembro-me de que estudei a história de Moisés na Bíblia e em Ciência e Saúde. O que me chamou a atenção nessa história foi a fato de sua mãe o ter colocado em um cesto de junco no rio para que ele fosse salvo da ordem do Faraó para matar todos os meninos recém-nascidos. Questionei-me sobre o motivo que teria levado a mãe de Moisés a agir assim. Então, veio-me nitidamente ao pensamento: ela o fez, pois confiou que a criança seria guiada e protegida por Deus. Essa é a lei do Amor divino. Fiquei segura de que, mesmo que eu não soubesse qual caminho seguir com relação ao parto, Deus também me conduziria e protegeria em um momento tão sublime.

Entender que um ser divino não poderia me causar sofrimento, pois, nada, a não ser a ilusão dos conceitos errados sobre o ser criado por Deus, pode causar sofrimento, permitiu-me perceber a inquestionável onipresença e onipotência do Espírito.

Chegou o momento tão esperado por mim, o parto, que foi normal e harmonioso. Vivenciei a experiência mais plena e sublime, o amor maternal.

O caminho percorrido em oração elevou meus pensamentos a uma perspectiva mais espiritual sobre a maternidade e a Vida, o que me habilitou a vencer desafios de saúde durante e depois do período de gestação. Era como se eu mesma estivesse nascendo de novo.

O renascer é o despontar da Verdade e do Amor divino na consciência, o qual nos guia à compreensão espiritual, transforma a vida e permite que manifestemos qualidades como abnegação, paciência, altruísmo, amor genuíno, disposição e alegria.

Eu havia mudado de forma muito natural. Meus conceitos sobre relacionamento e casamento também não eram mais os mesmos. Já não conseguia aceitar a situação conjugal em que me encontrava por sentir que impedia meu progresso espiritual. Comecei a almejar um casamento estabilizado e legal. Logo depois, o relacionamento com o pai de minha filha acabou. Três anos mais tarde, conheci uma pessoa que estava muito interessada no estudo da Ciência Cristã. Começamos a ler as Lições Bíblicas (trechos da Bíblia e de Ciência e Saúde, indicados no Livrete Trimestral), bem como a participar juntos de atividades na igreja da Ciência Cristã que eu frequentava. Cerca de dois anos mais tarde, no final de 2003, decidimos nos casar. Fiquei muito feliz porque minha filha, então com cinco anos, fez parte do casamento e participou dele ativamente e com alegria.

Por tantas maravilhas que a maternidade me trouxe, é impossível encará-la como um sofrimento ou motivo de privação, mas sim como uma oportunidade de crescimento.

No ano passado, tornei-me Praticista da Ciência Cristã. Para mim, isso foi o desdobramento natural do meu desejo de ser uma pessoa melhor, pois preciso estar com a consciência pura para ajudar as pessoas pela oração.

Uma certeza inabalável do valor de confiar em Deus é latente em meu coração, pois bênçãos infinitas advêm dessa confiança que me conduz na gloriosa missão de expressar as qualidades maternais de Deus.

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