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Deus, nossa terna Mãe

Da edição de maio de 2007 dO Arauto da Ciência Cristã


Uma senhora, usando um vestido longo listrado, lava carinhosamente o pé da criança envolta em uma toalha no quadro de Mary Cassatt “La Toilette” (O Banho da Criança, 1893). Como a maioria das obrasprimas dessa pintora americana, essa capta a essência das qualidades maternais, ou seja, paciência, solicitude, cuidado, amor incondicional. Que contraste entre essa cena cheia de ternura e a imagem chocante exibida na televisão, de uma presidiária com uniforme cor de laranja, de quem fora tirada a oportunidade de criar seu filho, devido ao vício das drogas que a levou à indiferença à violência doméstica. A maioria de nós se encaixa entre os extremos representados pela idílica mãe do quadro de Cassat e a mãe atrás das grades. Contudo, mesmo aquelas pessoas que acham que falharam como mãe ideal, têm a oportunidade de descobrir e expressar a verdadeira essência das qualidades maternais.

Após ter perdido minha mãe quando eu tinha 20 anos, ansiava por uma presença materna em minha vida. Ainda tinha muito a me desenvolver, a aprender, e achava que seria mais fácil se tivesse alguém para me orientar. Minha mãe me ensinara a amar a Deus e a ser uma boa cidadã. Ela era o elo que mantinha nossa família unida. Eu era grata por seu cuidado firme e carinhoso, bem como pelo incentivo que me dava. Minha irmã e eu fomos criadas a aceitar que poderíamos fazer tudo o que almejássemos. Entretanto, em uma época que parecia ser cedo demais para perdê-la, estava enfrentando muitos questionamentos: Por que ela? Por que eu? Como vai ficar minha vida sem seu apoio e orientação?

Durante esse período difícil, encontrei grande consolo na Ciência Cristã. Diferente de outras religiões tradicionais que focam estritamente a paternidade de Deus, a Ciência Cristã destaca o perfeito equilíbrio entre a paternidade e a maternidade de Deus. Em Ciência e Saúde, Mary Baker Eddy nos dá o sentido espiritual da Oração do Senhor, em que ela interpreta a primeira linha dessa oração: “Pai Nosso que estás nos céus”, assim: “Nosso Pai-Mãe Deus, todo harmonioso” (p. 16).

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