25-34 Um longo diálogo começa entre o Mestre e vários interlocutores.
Jesus repreendeu as pessoas que o seguiam somente para obter benefícios temporais e não pelos sinais que revelavam o verdadeiro caminho espiritual. Embora tivessem visto o milagre da multiplicação de pães e peixes, por exemplo, não reconheceram Jesus como o Messias.
O Mestre explica que a comida pode perecer, mas o suprimento é obra de Deus. O maná, por exemplo, não foi dado por Moisés, mas pelo Pai. Quando se refere a Deus como "meu Pai", Jesus sugere que seu papel é prover o alimento espiritual, portanto, difere do maná do deserto. Então, sutilmente Jesus se identifica como o pão dos céus.
35-51 Nesses versículos se verifica a resistência dos líderes religiosos em aceitar o Messias, assim como as exigências de lealdade e obediência mencionadas por Jesus. Para impedir que a mensagem se espalhasse, rejeitaram o mensageiro. Jesus ensinava e apresentava uma visão nova de comunhão com Deus, a qual confrontava as leis judaicas e intimava os judeus a tomarem uma atitude de aceitação ou rejeição a essa verdade.
Jesus diz que age em comunhão com o Pai: "O Cristo era o Espírito ao qual Jesus se referia nas suas próprias declarações: 'Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida'; 'Eu e o Pai somos um.' Esse Cristo, ou divindade do homem Jesus, era sua natureza divina, a santidade que o animava" (Ciência e Saúde, p. 26). O propósito de Jesus foi o de fazer a vontade de Deus e seus seguidores devem fazer o mesmo.
Deus salvará a todos os que crêem no Filho. A vida eterna é apresentada como um resultado da fé que se tem em Jesus, o Cristo.
52-59 Jesus afirmou que Ele era o pão vivo que desceu do céu e que, quem comesse da sua carne e bebesse o seu sangue, teria a vida eterna. Comer a carne e beber o sangue de Jesus significa se imbuir totalmente de sua palavra. Comer o pão vivo significa aceitar o Cristo e se unir a ele para alcançar a salvação.
Pela riqueza dos elementos sacramentais descritos, parece que Jesus institui a eucaristia nesses trechos. Participar dessa eucaristia, significava tornar clara a fé em Cristo Jesus, romper com o judaísmo e aderir aos novos seguidores de Jesus.
Mary Baker Eddy escreve sobre a importância vital da comunhão: "Nossa Eucaristia é a comunhão espiritual com o único Deus. Nosso pão, 'que desce do céu', é a Verdade. Nosso cálice é a cruz. Nosso vinho é a inspiração do Amor, o trago que nosso Mestre bebeu e recomendou a seus seguidores" (Ciência e Saúde, P. 35).
60-71 O discurso do Mestre era difícil de aceitar. Se muitos de seus discípulos murmuravam diante das palavras de Jesus, como reagiriam diante da crucificação e ascensão? O desprezo à carne (ver João 6:63) representa a mortalidade, em contraste com o Espírito de Deus.
Muitos começaram a perceber que era difícil pôr em prática os ensinamentos de Jesus e deixaram de segui-lo. Outros, como os 12 discípulos, permaneceram. Alguns, como Judas, ficaram, mas tentaram usar Jesus para satisfazer sua cobiça. O Mestre menciona Judas mostrando que sabia que seria traído por um de seus próprios discípulos.
Quando Jesus perguntou aos 12 discípulos se também eles desejavam partir, mostrou que dava a eles o livre arbítrio para aceitar ou rejeitar sua palavra.
O Espírito vivifica. Toda renovação espiritual tem suas raízes em Deus, que revela a realidade espiritual e capacita a todos a compreendê-la.
Bibliografia:
A Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal, Versão Almeida — Revista e Corrigida, 1995, Casa Publicadora das Assembléias de Deus; Bíblia de Estudo NTLH — Nova Tradução na Linguagem de Hoje, 2005, Sociedade Bíblica do Brasil; Bíblia de Estudo Plenitude, João Ferreira de Almeida, Edição Revista e Atualizada, 2005, Sociedade Bíblica do Brasil; A Bíblia Sagrada, João Ferreira de Almeida, Edição Revista e Atualizada, 2a edição, 2005, Sociedade Bíblica do Brasil; Harper's Bíble Commentary, James L. Mays, HarperCollins Publications, 1988, New York, NY, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy, 1990, The Christian Science Publishing Society, Boston, MA, USA.
