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Matéria de capa

O verdadeiro conceito de lar

Da edição de setembro de 2007 dO Arauto da Ciência Cristã


Parecia a ocasião perfeita para termos a casa dos nossos sonhos, a única que melhor acomodaria nossa família em crescimento. Aquele era o momento oportuno, porque os custos de construção estavam baixos e o melhor empreiteiro que conhecíamos estava disponível. Eu achava que tudo o que precisávamos era de um terreno ideal no qual construí-la. Por fim, descobri que o que realmente necessitávamos era compreender mais a respeito das lições espirituais e das alegrias que nos advêm, quando obedecemos ao plano de Deus.

Saímos em busca de terrenos, semana após semana, mas nenhum deles agradava a todos da família. Meu marido não queria abrir mão de ir bicicleta para o escritório por razões de preservação ambiental. Uma mudança naquele momento interromperia o ano letivo de nossos filhos. Nossa filha mais velha se preocupava, porque achava que a mudança de escola significaria a perda de suas amizades. Parecia que o lugar certo simplesmente não existia.

Durante muito tempo havia acalentado a possibilidade de construir uma casa e acreditava que ela abençoaria não apenas nossa família, mas também o construtor, sua equipe e os fornecedores, pois proveria trabalho e contribuiria para a economia local. Porém, a questão do local nos deixou desorientados. De fato, eu estava presa a uma visão de lar como um determinado lugar, construído de uma maneira específica.

Contudo, a perspectiva espiritual da oração provou ser a ferramenta mais poderosa na construção de uma casa. A Ciência Cristã havia me ensinado, ao longo dos anos, que contar nossos problemas a Deus e esperar por um milagre, não é uma oração eficaz. Ao contrário, a oração deve abrir nossos olhos para a solução espiritual que Ele já proveu.

Quando aceitamos essa verdade, percebemos como é impossível estarmos separados do bem, da inteligência e da provisão, uma vez que todas essas qualidades são dons de Deus. Passo a passo, descobri que esse tipo de oração constrói fundamentos firmes “sobre a rocha”, onde nem o lar nem a família podem fraquejar ou desmoronar.

De repente, ficou claro que, embora eu esperasse pela ajuda de Deus, eu não havia Lhe perguntado o que fazer, ou seja, a oração não estava em primeiro lugar na minha lista de prioridades na construção da casa. Como Cientista Cristã, havia aprendido a confiar em Deus para curar, fosse doença, medo, ou dor. Portanto, me dirigi a Ele com uma oração mais diligente.

Ficou claro que eu precisava de uma compreensão mais espiritual sobre o próprio significado de lar. As idéias contidas na Bíblia e em Ciência e Saúde a respeito de casa e lar vieram em meu socorro, confortando-me e inspirandome. Escreveu o salmista: “O pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si, onde acolha os seus filhotes...” (Salmos 84:3).

Que promessa encantadora! Para mim, o salmista quis dizer que, se eu levasse meus desejos a Deus e os colocasse aos Seus pés, encontraria tudo o que fosse necessário (até mesmo se não fosse um novo lugar para nossa casa). Meu estudo e oração lembraramme de que vivemos em Deus, no Amor. Com diz o livro de Atos: “pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos...” (17:28).

Como resultado da minha oração, uma convicção que antes não tinha tomou conta de mim. Compreendi que, qualquer que fosse a forma que nossa casa tivesse, ela precisava abençoar cada membro da nossa família. Caso contrário, ela não seria a casa certa ou não seria completa. Uma conscientização de que o amor de Deus por nós era universal e ilimitado encheu meu coração.

Compreendi que havia aceitado a possibilidade de que, para que toda a família ficasse feliz, minha felicidade ou a excelência que eu achava que nossa casa deveria expressar, teria de ser sacrificada. Ou, que se construíssemos a nova casa que eu desejava, um deles seria prejudicado. Mas minha nova compreensão, a de que Deus nunca ofereceria uma solução do tipo “eu ganho, você perde”, fez-me repensar essas limitações.

Meu pensamento seguiu então esta nova linha de raciocínio: Se agora fosse o momento perfeito para uma nova casa, e se a família tinha motivos para gostar da nossa atual vizinhança, então a propriedade que satisfaria a todas as nossas necessidades estaria nos esperando naquela mesma vizinhança. Reconheci isso como uma mensagem angelical (uma orientação de Deus).

Veio-me esta sugestão ao pensamento: “Mas você já olhou todos os terrenos do entorno”? Contudo, como a nova inspiração impeliu-me a ver além das aparências materiais, não me deixei mais ser enganada. Com essa convicção, veio também o que senti como uma inundação de luz e a certeza de que encontraríamos a propriedade certa nas proximidades de onde morávamos.

Imbuída de uma agradável expectativa, apressei-me a examinar as descrições dos terrenos que nosso longânimo corretor já havia nos mostrado. Tão firme era meu sentimento de que a oração me guiava, que imediatamente fui de carro olhar de novo um determinado terreno, distante algumas quadras.

Que descoberta! O terreno não havia mudado, mas minha capacidade de vê-lo sob uma perspectiva diferente (certamente um dom de Deus) havia mudado, como resultado de minha oração sincera. Agora, percebia como ele era perfeito. Meu marido e o construtor concordaram em que as dimensões eram adequadas.

Naquele momento, enquanto estávamos ali, apareceu um vizinho. “O que vocês pensam que estão fazendo?”, perguntou ele. Quando expliquei que planejávamos construir uma casa, ele disse: “Podem planejar o que quiserem. Tenho a preferência na compra desse terreno e vou comprá-lo”. Nosso corretor mais tarde confirmou que aquele homem tinha de fato, por um período de tempo limitado depois de feita a oferta, uma preferência na compra.

Contudo, a certeza do cuidado de Deus, que viera a mim em oração, permanecia. Com tranqüilidade e certeza, fizemos uma oferta pela propriedade, confiantes de que Deus resolveria o que fosse melhor para todos. O que Deus revelasse seria para a felicidade de todos, inclusive para a daquele senhor.

Comprovamos o fato de que não existe melhor maneira para alicerçar uma casa, ou qualquer empreendimento, do que deixar que o amor de Deus o construa, passo a passo, para o benefício de todos.

Continuamos a orar. Nossa oferta finalmente foi aceita. Então, começou o período de espera, durante o qual aquele vizinho poderia exercer seu direito de preferência na compra. Contudo, ele não o fez. Mais tarde, ele se desculpou por sua hostilidade e expressou seu desejo de ser um bom vizinho. Ele até aparou nosso pequeno gramado durante o período de construção da casa.

Desde aquela época, vivemos felizes aqui e comprovamos o fato de que não existe melhor maneira para alicerçar uma casa, ou qualquer empreendimento, do que deixar que o amor de Deus o construa, passo a passo, para o benefício de todos. “Cada fase sucessiva de experiência”, escreveu Mary Baker Eddy, “desenvolve novas perspectivas de bondade e amor divinos” (Ciência e Saúde, p. 66). Essa promessa se cumpriu para nós.

Para todas as pessoas, a idéia de lar começa no pensamento. Quando o percebemos como uma dádiva do Pai para cada um de Seus filhos, fica claro que o lar nunca pode ser perdido, queimado, inundado, ou destruído. O ato de acalentar o lar como um lugar inteiramente espiritual em que se vive, traz à luz todos os passos necessários para se encontrar a habitação certa. Seja qual for a forma que a idéia de lar tome em nossa vida, o amor de Deus abre nossos olhos para perspectivas novas e maravilhosas a respeito de lar, que algumas vezes, está bem próximo de nós!

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