"Acho que estou passando pela crise da meia-idade"! Ouvi-me dizer isso, entre soluços. Tenho de admitir, parecia que estava vivenciando um longo período de confusão, frustração e tristeza. Minhas emoções oscilavam entre lamentar escolhas passadas (ou pelo menos questioná-las repetidamente), e achar que o futuro não me reservava nenhuma esperança.
Essa atitude era totalmente o oposto de mim. Ela certamente não combinava com a visão generalizada que tinha da vida nem com meu trabalho de sanadora espiritual. Reconhecer essa dicotomia me levou a autocondenaçāo e a um sentimento de hipocrisia. Imaginava como poderia ajudar outros a se libertarem de sentimentos semelhantes, nos quais eu mesma estava tão imersa, que era incapaz de me livrar deles.
Uma frase familiar da Bíblia: "Médico, cura-te a ti mesmo" (Lucas 4:23), ressoou em meus ouvidos. Sentindo muito o peso daquela acusação, que Jesus antecipara viria de seus críticos, a de que embora ele pudesse pregar, ensinar e curar outros, seria ele também capaz de curar a si mesmo? Claro que sim, pensei. A graça de Deus nunca lhe falhou. Compreendi que a graça de Deus estivera também todos os dias comigo, o que me proporcionou um senso de clareza através da névoa e me ajudou a atender aos pedidos de ajuda de amigos. Trouxe-me também um sentimento de paz e gratidão. Entretanto, encontrar a libertação das garras da "crise" continuava difícil.
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