Éramos vizinhos há muitos anos. Ele tinha lá suas manias e não era muito sociável, mas ocasionalmente fazíamos uma refeição juntos, trabalhávamos em projetos conjuntos, cumprimentávamo-nos ao pegar a correspondência na caixa do correio e conversávamos na rua, defronte às nossas casas. Ele até mesmo recorreu a mim quando enfrentou alguns problemas familiares graves.
De repente, tudo mudou. Eu estivera trabalhando em um problema no tubo de drenagem em frente à minha casa, o qual ameaçava romper, com a pressão da água, a encosta e o leito da rua. O caminhão abandonado do meu vizinho estava estacionado sobre a boca-de-lobo, o que impedia meu acesso para fazer os reparos, mas ele ignorou meus inúmeros pedidos para que o retirasse.
Finalmente, vários dias depois, já com minha paciência esgotada, pedi a um policial que fazia a ronda na rua, se ele poderia me ajudar a resolver o problema. O policial colocou um aviso de advertência no veículo, o qual exigia que meu vizinho movesse o caminhão dentro de 72 horas, ou o veículo seria rebocado.
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