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Esse trabalho me faz progredir

Da edição de maio de 2009 dO Arauto da Ciência Cristã

El Heraldo


Em comemoração ao Centenário de Enfermagem da Ciência Cristã, El Heraldo de la Ciencia Cristiana entrevistou Cristina Minola, da Pensilvânia, Estados Unidos, Enfermeira da Ciência Cristã, que atende pessoas que estão recebendo tratamento por meio da oração. Há mais de 20 anos seu nome está registrado no Journal e no Heraldo, e mais recentemente, no Arauto.

HERALDO: O que é a enfermagem segundo a Ciência Cristã?

CRISTINA MINOLA: O trabalho do enfermeiro da Ciência Cristã está bem delineado no Manual da Igreja Mãe, no qual Mary Baker Eddy escreveu: "Um membro de A Igreja Mãe, que se apresentar como enfermeiro ou enfermeira da Ciência Cristã, precisa possuir conhecimento demonstrável da prática da Ciência Cristã, e sabedoria necessária para agir de modo prático num quarto de doente, e saber cuidar bem dos doentes” (p. 49).

H: O que quer dizer: “sabedoria necessária para agir de modo prático em um quarto de doente”?

CM: A “sabedoria necessária para agir de modo prático” é o conhecimento correto de Deus, e que me habilita a fazer o que é mais apropriado em cada situação.

H: Como você se prepara para realizar seu trabalho?

CM: Eu diria que a pedra fundamental é a preparação espiritual que a pessoa tem de desenvolver. Para isso, estudo diariamente a Bíblia, Ciência e Saúde e outros escritos de Mary Baker Eddy. Esse preparo me ajuda a ter um conceito mais claro sobre minha relação com Deus.

H: O seu trabalho requer um treinamento prático, não é mesmo?

CM: Exato. Porque não é a mesma coisa dar banho em uma pessoa que pode ficar em pé e dar banho em alguém na cama. Ou seja, há diferenças bastante importantes. Se esse treinamento é levado à prática corretamente, a pessoa pode desenvolver essas atividades de uma forma muito simples.

H: Que outras atividades incluem o cuidado com o paciente?

CM: Por exemplo, colocar ataduras, alimentar o paciente e preparar a comida de acordo com as necessidades da pessoa. Não é o mesmo preparar a comida para alguém que usa dentadura e para alguém que realmente não tem alguns dentes. Ou seja, deve haver um constante discernimento para fazer o que é mais adequado para uma situação específica.

H: Certamente há casos mais desafiadores do que outros.

CM: É verdade. Algumas vezes a cena é desafiadora e é quando se requer um estudo espiritual constante e profundo. O Enfermeiro ou Enfermeira da Ciência Cristã, que tem grande firmeza espiritual, pode enfrentar esses quadros e confiar em que a cura será rápida. É fundamental a qualidade de pensamento que o enfermeiro traz a um domicílio, porque mesmo que não esteja orando especificamente para essa pessoa, tem a obrigação de ter seu pensamento receptivo à Verdade sobre o homem criado à semelhança do Amor divino.

H: Essa enfermagem inclui algum tipo de medicina?

CM: Bom, no sentido convencional, não. Não administramos nenhum medicamento. Mas a verdadeira medicina é a Mente divina que está sempre em ação, de modo que o enfermeiro põe seu pensamento sob essa ação e a pratica.

H: Correto. A Verdade é o Deus perfeito que nos criou e nos mantém perfeitos, e ao reconhecermos essa medicina espiritual que todos nós praticamos, ela se manifesta humanamente e a cura é realizada. Você tem sido testemunha de muitas curas?

CM: Tenho presenciado inúmeras curas, que me trazem grande inspiração. Por exemplo, tenho visto curas de pessoas de mais de 70 e 80 anos que ninguém pensava que poderiam se curar e se recuperaram perfeitamente bem. Também fui testemunha da cura de uma pessoa que quebrou uma perna de forma que a aparência era bastante alarmante e lhe disseram que talvez não pudesse nunca mais andar. Porém, teve uma cura excelente em um tempo recorde.

H: Há alguma cura em particular que você gostaria de comentar com mais detalhes?

CM: Faz algum tempo, recebi um chamado de uma pessoa muito dedicada ao estudo da Ciência Cristã, e ela me perguntou se eu poderia ajudá-la. Já fazia algumas semanas que ela estava orando diariamente com um Praticista da Ciência Cristã, pois havia aparecido uma ferida em seu pescoço, em um local que não podia alcançar facilmente para cuidar da ferida sozinha. Lembro-me de que, quando dirigia meu carro em direção à casa dela, veio-me muito claro ao pensamento que Deus é perfeito e que Seus filhos também o são, porque cada um de nós é o filho ou a filha de Deus. Ele nos ama profunda e individualmente a cada um.

H: É uma forma de oração.

CM: Exato. O que eu percebi naquele momento foi a minha preparação espiritual. Quando cheguei lá, tirei as ataduras e notei que essa senhora realmente necessitava de ajuda para cuidar desse problema. Então, concordamos em que eu a visitaria diariamente, durante alguns dias, e nesse ínterim ela continuaria orando com um praticista.

H: Que tipo de cuidados você oferecia?

CM: Eu trocava o curativo, assegurava-me de que tudo estivesse muito limpo e cobria bem o local. Assim, essa pessoa podia pôr um suéter sem nenhum problema e eu me certificava de que, durante a noite, seu travesseiro estivesse bem forrado. Quatro ou cinco dias mais tarde, estava a caminho para vê-la e pensei que essa era uma ótima oportunidade para eu ser testemunha de uma cura, pois essa senhora orava de modo sincero e se sentia muito tranquila e agradecida. Isso é algo que tenho observado durante muitos anos, isto é, a importância que tem a gratidão na cura; a gratidão pelo que temos e por todas as possibilidades que se nos apresentam diariamente.

Então, mais uma vez me veio bem claro ao pensamento que não há ninguém no universo de Deus que não seja perfeito e completo, mas temos todo o necessário, em perfeita ordem, em linha com o Princípio divino que aplicamos diariamente. Esse pensamento foi muito insistente e fiquei acalentando essas ideias. Cheguei à casa dessa senhora, preparei tudo para cuidar dela e quando tirei a atadura não havia absolutamente nada. Não havia ficado nenhum sinal da lesão, tanto que não poderia dizer em que parte do pescoço estava localizada.

Nós duas ficamos cheias de regozijo e ela sentiu muita gratidão. Mas, a atitude dessa senhora foi totalmente normal, pois ela sabia no fundo do seu coração que a cura era o único resultado possível.

Sei que a resposta a toda situação que tenho de enfrentar não é física, mas está radicada na compreensão de que Deus governa minha vida e a vida de todos os demais.

H: Até agora falamos sobre o que fazem os enfermeiros da Ciência Cristã. Pode dizer-nos brevemente o que eles não fazem?

CM: Há várias coisas, mas talvez uma das mais importantes é que não diagnosticamos. Não damos nenhum tipo de medicamento. Nossa missão é manter nosso pensamento firmemente na certeza de que Deus governa cada situação. O enfermeiro tampouco se intromete nas decisões do paciente ou da família.

H: Faz muitos anos que você realiza esse trabalho. Você sente que tem crescido espiritualmente, que tem se fortalecido?

CM: Essa atividade é muito especial para mim, porque me obriga a manter sempre presente a estreita relação que tenho com Deus, e esse reconhecimento tem progredido continuamente. Esse trabalho sempre traz progresso espiritual e cura. Mantém-me ativa e sei que a resposta a toda situação que tenho de enfrentar não é física, mas está radicada na compreensão de que Deus governa minha vida e a vida de todos os demais.

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