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REFLEXÃO

O poder renovador de Deus

Da edição de maio de 2009 dO Arauto da Ciência Cristã


Certas atividades de lazer incluem declives vertiginosos, tais como: deslizar por uma pista alta e escorregadia no parque ou descer, dentro de um tubo ou sobre um "snowboard", a encosta de uma montanha coberta de neve; podem ser divertidas, até mesmo excitantes, tanto para crianças como para adultos que participam dessas atividades ou apenas observam.

Contudo, a história é bem diferente quando se trata de tendências ou condições declinantes que ameaçam afetar negativamente nossa vida, tais como o rompimento de uma amizade, uma economia em declínio, deterioração na ética ou saúde debilitada. Tais circunstâncias, especialmente doenças físicas e mentais degenerativas, tendem a fazer com que as pessoas se sintam desamparadas. Entretanto, existe uma forma eficaz de reverter o declínio, tanto em sua forma mais avançada bem como na mais elementar, e todos podem aprendê-la. Ela envolve conhecer melhor a Deus.

Aprender sobre a natureza real de Deus se tornou uma necessidade para o personagem bíblico Jó, quando sua vida entrou subitamente em declínio. Homem de fé e integridade, Jó era bem sucedido na vida que havia construído como um cidadão honesto, com enorme fortuna e uma grande família. Então, aquele baque! O chão ruiu sob seus pés. Suas enormes posses materiais foram destruídas, sua família foi atingida por indizível tragédia e seu corpo ficou devastado por uma doença deplorável.

Jó volveu sua atenção completamente a Deus em oração

Seguiu-se uma tremenda luta no pensamento de Jó. Em defesa de si mesmo como um homem reto, Jó implorou que Deus lhe contasse a razão pela qual Ele havia permitido que isso acontecesse. A esposa de Jó lhe disse claramente para amaldiçoar a Deus, o que ele se recusou a fazer (ver Jó 2:9). Três amigos de Jó insistiram para que ele admitisse que não havia sido tão honesto ou aquilo não teria lhe acontecido. Entretanto, todos esses "porquês", lamúrias e condenações, apenas tornavam Jó mais infeliz.

Entretanto, um quarto amigo, Eliú, disse algumas coisas que começaram a abrir a porta do pensamento de Jó para uma compreensão nova e mais elevada a respeito de Deus e, portanto, a respeito de si mesmo. Depois de descrever graficamente um homem em uma condição física horrivelmente degenerativa, Eliú disse: "Se com ele houver um anjo intercessor, um dos milhares, para declarar ao homem o que lhe convém, então, Deus terá misericórdia dele e dirá ao anjo: Redime-o, para que não desça à cova; achei resgate. Sua carne se robustecerá com o vigor da sua infância, e ele tornará aos dias da sua juventude. Deveras orará a Deus, que lhe será propício; ele, com júbilo, verá a face de Deus, e este lhe restituirá a sua justiça" (Jó 33:23-26).

Depois da mensagem de Eliú, Jó volveu sua atenção completamente a Deus em oração e manifestou humildade pela revelação que Deus lhe fez de Sua infinita majestade, poder e bondade. Jó respondeu a Deus: "Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem" (Jó 42:5).

Podemos nos afastar do mero raciocínio humano e ouvir mentalmente o que Deus nos revela

Então Jó reverteu sua posição. Ele se arrependeu e parou de defender a si mesmo arrogantemente como a fonte de sua própria excelência e realizações. Ao invés disso, reconheceu humildemente a Deus como a Criador e governador de tudo. Então, orou por seus amigos e Deus o curou de sua doença. Além disso, a riqueza anterior de Jó lhe voltou em dobro e ele também foi abençoado com sete novos filhos e três novas filhas.

Um novo ponto de vista

O que achei encorajador a respeito da experiência de Jó é que ela ilustra um novo ponto de vista do pensamento, com o qual o declínio pode ser revertido. Podemos nos afastar do mero raciocínio humano e ouvir mentalmente o que Deus nos revela, e assim nos preparar para sermos renovados por Ele, aqui e agora, não apenas no além.

Cristo Jesus trouxe a mensagem sanadora do todo poder de Deus e da identidade espiritual do homem (de todos os homens e mulheres) à humanidade em toda a sua glória. Essa mensagem a respeito da verdadeira identidade é o Cristo, que revela hoje e todos os dias, aos que o ouvem, o poder sustentador e renovador de Deus. "O Cristo", escreveu Mary Baker Eddy, a Descobridora da Ciência divina do Cristo, "apresenta o homem indestrutível, a quem o Espírito cria, constitui e governa" (Ciência e Saúde, p. 316).

O fato eterno e passível de comprovação é que vivemos no Espírito como ideias do Espírito, que não se elevam rumo à perfeição, nem dela decaem

O que o Espírito cria é indestrutível porque é inteiramente espiritual. O modelo de homem apresentado pelos sentidos físicos, concebido materialmente, nascido da matéria, dependente da matéria para seu crescimento e maturação, e sujeito à eventual decadência e morte na matéria, não é de maneira nenhuma o que somos em realidade. O fato eterno e passível de comprovação é que vivemos no Espírito como ideias do Espírito, que não se elevam rumo à perfeição, nem dela decaem, mas somos sãos e perfeitos, agora e para sempre, sustentados pelo Espírito. Aceitar mentalmente esse modelo-Cristo de homem como nosso padrão de raciocínio, deixa-nos receptivos ao poder sempre presente, reformador e renovador de Deus.

Uma nova ação

Fico estimulada a agir quando aprendo, pelo estudo da Bíblia e de Ciência e Saúde, que o Espírito, não a matéria, cria e sustenta tanto a mim como a todos. Ao invés de me sentir desamparada em face de condições materiais ameaçadoras, descubro-me alinhando meus pensamentos com a compreensão espiritual de Deus e do homem, de forma ativa e confiante. Afinal, a Verdade divina tem total autoridade sobre a falsidade de nossas crenças materiais, da mesma maneira que a luz tem autoridade sobre as trevas. A Verdade expulsa a falsidade.

Quando conhecemos o que é verdadeiro, reconhecemos prontamente como é inverídica qualquer declaração que negue essa verdade. Reconhecemos a declaração como falsa e nosso impulso imediato é corrigi-la.

Da mesma maneira, quando conhecemos o que é verdadeiro sobre Deus e Sua criação, não seremos enganados a ponto de acreditar naquilo que é falso. Então, podemos agir com autoridade para fazer a correção necessária. Na prática da cura pela Ciência Cristã, é esse tipo de ação corretiva que permite que a evidência da falsa crença na experiência humana ceda ao poder reformador de Deus. Descobri que é muito útil seguir este conselho, exposto em Ciência e Saúde: "Se corrigires a crença material pela compreensão espiritual, o Espírito formar-te-á de novo" (p. 425). Eis aqui um exemplo recente.

"Se corrigires a crença material pela compreensão espiritual, o Espírito formar-te-á de novo" (Ciência e Saúde, p. 425).

Na última primavera, preparava uma palestra sobre a Ciência Cristã, a respeito do tema do valor intrínseco do homem e seu potencial ilimitado como ideia espiritual de Deus. Nesse processo, fiquei profundamente comovida pela compreensão do grande amor de Deus por todos os Seus preciosos filhos e filhas. Estava ansiosa para que todos que assistissem a essa palestra pudessem sentir a presença de seu Pai celestial, que é o próprio Amor divino, abraçando-os e despertando-os para que reconhecessem o verdadeiro valor que possuem diante dos olhos de Deus.

Como consequência, senti-me impelida a começar essa palestra olhando amorosamente para o público e dizendo: "Olhem para cada um de vocês, como tesouros preciosos, de valor incalculável". Reconheci a necessidade também de sustentar essas palavras mantendo aquele amor intensamente vivo no pensamento e no coração, não somente durante a palestra, mas também com relação a todas as pessoas, à medida que me ocupava de meus afazeres diários. Ao pôr em prática essa resolução, tornou-se cada vez mais natural para mim reconhecer evidências de discórdia e doença como crenças falsas sobre os outros e corrigi-las com as ideias espirituais concernentes à natureza real do homem.

Consegui corrigir e descartar todas as sugestões de degeneração que tentavam atrair minha atenção

Então, certo dia, enquanto me maquiava, examinei de novo, diante do espelho, uma ferida muito feia que tinha na testa e que havia piorado ao longo de alguns anos. Naquele dia, vi a ferida sob uma luz inteiramente nova. Uma parenta que a havia visto (minha franja cobria a ferida a maior parte do tempo) comentara que a superexposição ao sol em alguma fase da minha vida provavelmente havia causado esse dano à minha pele. Até agora, achava que minhas orações haviam mantido a situação de alguma maneira sob controle. Entretanto, o problema havia continuado a piorar. Havia uma sugestão persistente em meu pensamento, até aquele dia, de que o tempo e a idade tornavam o problema irreversível.

Contudo, naquele momento, meus novos esforços para acalentar os filhos de Deus como Suas preciosas ideias espirituais me despertavam para valorizar cada elemento do universo (inclusive o sol), como também cada elemento do meu próprio ser, como espiritual, como uma ideia de Deus perpetuamente nova e criativa. Portanto, sempre que pensava sobre o problema ou tinha de olhar para minha testa, reconhecia amorosamente que, exatamente onde a doença parecia estar, as ideias espirituais estavam obedientemente tratando de sua atividade renovadora sob o governo de Deus. Dizia com alegria: "Olhe para você. Tesouro precioso. De valor incalculável". Com essa verdade, consegui corrigir e descartar todas as sugestões de degeneração que tentavam atrair minha atenção.

Um novo "eu"

Um resultado importante dessa atividade corretiva, em espírito de oração, foi que não ficava mais hipnoticamente atraída a examinar a ferida ou a apalpá-la. Estava dando o tipo de atenção que ela realmente necessitava ao deixá-la conscientemente sob os cuidados de Deus. Um pouco como Jó, estava me renovando mentalmente. Também, não fiquei surpresa quando, dentro de algumas semanas, uma nova pele apareceu, e permaneceu assim, sem o menor traço da ferida. A promessa “o Espírito formar-te-á de novo” foi cumprida.

As ideias espirituais não podem morrer. Elas só podem trazer renovação.

Uma cura como essa (e tenho visto muitas outras) é a prova inegável de que, quando alinhamos nosso pensamento com as ideias espirituais, as possibilidades de regeneração física e mental são ilimitadas. As ideias espirituais não podem morrer. Elas só podem trazer renovação. Pode ter certeza de que quando você “corrige as crenças materiais pela compreensão espiritual, o Espírito formar-lhe-á [ênfase acrescentada] de novo”, também. Afinal, você é o tesouro espiritual precioso e indestrutível de Deus!

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