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ESPIRITUALIDADE E CURA

Uma vida de aprendizado e cura

Da edição de maio de 2010 dO Arauto da Ciência Cristã


, Gerente de Redação de Christian Science Sentinel, conversou com os Praticistas e Professores de Ciência Cristã: Tom Black, Christiane West Little e Rebecca Odegaard a respeito de suas considerações sobre o Curso Primário de Ciência Cristã: o que é, por que devemos fazê-lo e como ele pode nos ajudar a aprender a curar.

Ingrid Peschke: Vamos começar com a pergunta básica: "O que exatamente é o Curso Primário da Ciência Cristã?

Christiane West Little: O Curso Primário é uma oportunidade maravilhosa para se ficar mais próximo de Deus e aprender a curar como Jesus curava. É um curso de doze dias de duração, em que os alunos se aprofundam no capítulo "Recapitulação" do livro Ciência e Saúde. "Recapitulação" é uma espécie de síntese de todo o livro, e é realmente o livro-texto que a própria Mary Baker Eddy utilizava quando dava suas aulas. (O livro teve seus direitos autorais registrados em 1870). O Curso Primário é um período em que, preferencialmente, a pessoa se concentra somente nesse aprendizado, ou seja, em que dedica doze dias somente a esse curso e não se envolve em nenhuma outra atividade durante esse período.

Ingrid: Vocês poderiam dar um exemplo de algumas das questões incluídas no curso?

Tom Black: Claro! "O que é Deus?" "Não existe pecado?" "O que é o homem?". Há 24 perguntas nesse capítulo. Em minha opinião, o Curso Primário poderia ser dividido em pelo menos dois níveis. Um seria como um glorioso alvorecer do pensamento, no qual Deus é revelado por meio do ensino, por meio da atividade do professor e assim por diante. Há também outra maneira de defini-lo, na qual Deus é o Criador de tudo o que existe, e na qual toda atividade é uma atividade de Deus. Portanto, o Curso Primário é realmente Deus revelando a Si mesmo, não somente à consciência humana, mas Deus revelando-se a Si mesmo para Si mesmo, e o homem refletindo essa revelação.

Christiane: A mensagem de Deus vem individualizada a cada aluno, de tal forma que cada um pode compreendê-la e torná-la prática para si mesmo.

Rebecca Odegaard: O capítulo "Recapitulação", escrito por Mary Baker Eddy, poderia ser visto como o resultado de sua profunda pesquisa da Bíblia, tudo quanto ela amealhou de seu estudo da Bíblia sob a forma de um documento, como instrução para a cura.

Ingrid: Se alguém estiver pensando: "Está bem, eu quero fazer o curso", o que essa pessoa precisa fazer de início? Onde deve ir? Como fazer para encontrar um professor?

Rebecca: Para mim, a ideia de fazer o curso é, em realidade, Deus agindo em nós. Também acho que concretizar essa ideia se constitui em nossa receptividade para ouvir a instrução e orientação de Deus. Penso então que, quando essa ideia vem a alguém, é muito importante reconhecer que é uma ideia proveniente de Deus e, portanto, ela é completa e perfeita em todos os sentidos.

Tom: Quando Deus fala conosco, acho que a primeira coisa que alguém pode fazer é orar: "Deus, o que Você quer que eu faça"? Essa foi uma das coisas que o Apóstolo Paulo, quando ainda era Saulo, fez. Ele teve essa grande experiência e Deus o sacudiu, tirando-o do caminho errado que estava trilhando. Então, a primeira coisa que ele disse a Deus foi: "Senhor, o que queres que eu faça?" (Atos 9:6, conforme a versão bíblica King James). Quando alguém começar a pensar: "Acho que gostaria de fazer esse curso", uma das primeiras coisas que deve fazer é simplesmente dizer: "Está bem Deus, guie-me".

Rebecca: Às vezes, a pessoa pensa imediatamente sobre alguns dos passos humanos que deve dar. Então, se tivesse de fazer qualquer outro tipo de curso, ela procuraria escolher ou o curso, ou um lugar conveniente, ou um professor. Entretanto, se começarmos com a oração, conseguiremos abandonar algumas etapas, ou mesmo pular algumas delas, ouvindo a orientação de Deus durante todo o caminho até o curso e depois dele. Para mim, o primeiro passo não deveria começar pela consulta à lista de professores que consta de The Christian Science Journal e de O Arauto da Ciência Cristã, ou ainda pensar em uma localização geográfica. No meu caso, quando a ideia me veio ao pensamento, tive a certeza de que era Deus que estava me orientando. Não dei, contudo, nenhum passo concreto, apenas acalentei a ideia em meu pensamento e em minhas orações. Foi então que assisti a uma reunião e, ao participar dela e ouvir o palestrante, veio-me à mente este simples pensamento intuitivo: "Este é o caminho, andai por ele" (Isaías 30:21). Em seguida, tive apenas de consultar o programa da reunião para descobrir o nome do professor. De certo modo, tudo já veio como um pacote completo que me foi apresentado. Economizei muita pesquisa humana porque simplesmente ouvi a orientação de Deus. Acho que isso acontece também com muitas pessoas quando essa ideia provém de Deus ... ela faz sua própria apresentação.

Tom: Outro fator é o silêncio. Um dos erros que algumas pessoas cometem quando pensam que desejam fazer o Curso Primário é que elas começam a falar sobre isso, e fazem perguntas aos amigos que já fizeram esse curso. Para mim, esse não é o melhor caminho a ser tomado. O silêncio é muito bom, pois permite que apenas Deus fale conosco.

Christiane: Se a ideia vier e então parecer que nada acontece por algum tempo, podemos saber que Deus está realizando em nós Seu bom e correto propósito. É importante continuar acalentando a ideia e não permitir que a experiência dos outros influencie nossa decisão. Lembro-me de quando pensei em fazer o Curso Primário pela primeira vez. Minha irmã havia feito o curso antes de viajar para o exterior para viver com seu marido; eu também estava para deixar os Estados Unidos para viver no exterior com meu marido e pensei: "Acho que vou fazer o que minha irmã fez". Candidatei-me para fazer o curso com uma professora, mas ela não achou que eu estivesse pronta. Simplesmente tirei a ideia da mente e, somente alguns anos depois, como disse a Rebecca, ouvir alguém falar foi o que me indicou ao professor certo para mim na ocasião. Uma querida amiga disse-me recentemente que não se trata de sair em busca de um professor ou fazer pesquisas para encontrá-lo, mas sim de ouvir qual é o professor. De novo, tratase de Deus falando conosco.

Rebecca: No capítulo "O Ensino da Ciência Cristã" há uma frase à qual recorro frequentemente quando penso sobre o Curso Primário: "O Amor nos inspira o caminho, ilumina-o, no-lo designa e nele nos guia" (Ciência e Saúde, p. 454).

Tom: Existe outra questão nessa mesma linha à qual Mary Baker Eddy fez menção no Manual de A Igreja Mãe, sobre o ensino da Ciência Cristã. Ela escreveu que: "Os membros de A Igreja Mãe, que estejam autorizados pelos Estatutos dessa Igreja a ensinar a Ciência Cristã, não deverão angariar, nem fazer angariar ou permitir que outros angariem alunos para suas classes" (p. 87).

Ingrid: Acho que esse é um ponto interessante que se refere a como os professores anunciam que são professores, embora, ao mesmo tempo, tomando o cuidado de não angariar alunos.

Tom: Suponhamos que alguém ligue para um professor e talvez essa pessoa tenha encontrado o nome dele na lista de professores no Journal ou na Internet. Acho que o professor faria algumas perguntas sobre o interesse dessa pessoa pela Ciência Cristã, sobre seu estudo, sobre sua atividade nela e sobre seu amor por ela, bem como sobre seu desejo de fazer o Curso Primário, e a razão pela qual decidiu ligar. Entretanto, o professor jamais diria: "Você gostaria de se candidatar à minha classe"?, ou mesmo pensaria em termos de induzir sutilmente o aluno a se decidir por ele. Existe aqui uma necessidade muito grande da orientação de Deus e de que não exista nenhuma atração pessoal. O professor alerta está atento para que seus alunos não induzam outras pessoas a procurá-lo.

Rebecca: Há um pequeno artigo em The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, de Mary Baker Eddy, em que ela discorreu exatamente sobre esse tópico: "Os estudantes que estão prontos para dar esse passo [o Curso Primário] deveriam estar conscientes da teia astutamente tecida e ardilosamente escondida que tem a finalidade de impedir seu progresso nessa direção" (p. 241). Nenhum professor, que esteja alerta, jamais desejaria interferir na provisão que Deus tem para o aluno. Em torno dessa decisão, ou seja, da revelação de Deus, não existe nenhuma pressão ou influência, nem vontade humana.

Ingrid: Quais são alguns dos motivos para se fazer o Curso Primário?

Christiane: Talvez alguém queira ser mais bem sucedido em seus negócios, e tem o direito de ser, como resultado do curso. Certamente, contudo, só isso não seria a única mensagem que Deus estaria nos transmitindo. Desejamos seguir o exemplo de Cristo Jesus em sua obra de cura e, portanto, queremos aprender mais sobre a Ciência da cura que ele demonstrava tão perfeitamente. Existem as leis divinas de cura que nos ajudam e sobre as quais não só podemos aprender, como também praticá-las. Podemos igualmente ajudar outros que gostariam desse tipo de ajuda, pela oração.

Tom: Podemos aprender a ser sanadores no curso!

Rebecca: Acho que o ponto ainda é confiar na oração pelo professor e pelo aluno, mesmo quando o curso começa. As pessoas talvez possam pensar que estejam nesse curso por uma determinada razão, que talvez nem seja sequer pelo motivo mais puro, mas, por meio do próprio ensino, da oração do professor e da receptividade do aluno, esse motivo pode ser elevado e sublimado antes, durante e depois do curso. Lembro-me de que quando preenchi o formulário para fazer o Curso Primário, uma das perguntas era: "Se recebesse chamados, você consideraria a possibilidade de entrar para a Prática Pública da Ciência Cristã em tempo integral"? Honestamente, jamais me ocorrera entrar para a prática da Ciência Cristã naquela época! Portanto, tenho sido muito grata, a cada ano, pelo fato de o professor não ter se prendido à minha resposta, mas, ao contrário, por ter ouvido a Deus e ter me aceitado para o curso, muito embora ser uma praticista fosse a última coisa que eu tinha em mente naquela época.

Ingrid: O que dizer dos requisitos necessários para fazer o Curso Primário?

Tom: Eu estava exatamente lendo sobre isso no Manual e descobri que Mary Baker Eddy é geralmente muito específica, se é que posso usar esse termo. Ela diz: "Os Cientistas Cristãos que forem professores deverão, com cuidado, escolher para alunos unicamente pessoas que tenham bons antecedentes e pendor sincero para a Ciência Cristã" (p. 83). Entretanto, não existe nenhum lugar em todos os seus escritos onde ela defina "bons antecedentes e pendor sincero para a Ciência Cristã" com todas as letras. Portanto, fica a critério tanto do professor quanto do aluno compreenderem o princípio desses requisitos. O professor precisa olhar para o íntimo do aluno e o aluno precisa olhar para o íntimo do professor.

Ingrid: O que um aluno pode esperar com relação a como será o relacionamento com seu professor depois que terminar o Curso Primário?

Christiane: O professor sempre estará disponível para seus alunos e o aluno deve continuar a manter contato com o professor. Existe também uma Associação que é composta pelos alunos de um professor. Essa Associação realiza uma reunião anual com o professor, na qual eles se aprofundam ainda mais nos tópicos que já foram ensinados, ou seja, o professor traz exemplos de cura, os alunos se reúnem e trazem suas próprias experiências e mostram como eles têm progredido. Esse é um relacionamento muito estreito, mas que não está fundamentado na personalidade do professor. Ele está alicerçado no fato de que professor e alunos, juntos, estão continuamente ouvindo a Deus e crescendo espiritualmente.

Ingrid: O que dizer se alguém estiver pensando: "Eu posso ler e estudar a Bíblia e Ciência e Saúde e estudar o capítulo 'Recapitulação'.

Posso até falar sobre o que estou aprendendo com outras pessoas, portanto, qual a vantagem de encontrar um professor e fazer esse curso"?

Tom: Essa é uma pergunta realmente interessante porque neste momento existem cerca de 200 professores no mundo, e o número máximo de alunos que cada professor pode ensinar a cada ano é 30. Portanto, se multiplicarmos 200 por 30, a que resultado chegamos? Seis mil, ou seja, seis mil pessoas por ano podem fazer o curso; não que isso esteja realmente acontecendo, mas é o número máximo. Entretanto, não há 6.8 bilhōes de pessoas no mundo? Então, numericamente falando, é impossível que todas elas consigam fazer o Curso Primário. A Bíblia diz: "...que todos os homens... cheguem ao pleno conhecimento da verdade" (1 Timóteo 2:4), portanto, tem de haver pelo menos outro sistema para se aprender essa verdade maravilhosa. Mary Baker Eddy mencionou a experiência da autoeducaçāo, ou seja, a experiência preciosa de colocar o livro Ciência e Saúde nas mãos de alguém e permiti-lhe irradiar no coração da pessoa. O livro por si só torna-se um professor, Mary Baker Eddy nossa professora e Cristo Jesus nosso professor. Esse é um modo muito prático e eficaz de aprender essa Ciência sem fazer o Curso Primário. Então, aqueles que estudam esse livro dessa forma podem se tornar ótimos, extraordinários trabalhadores na Ciência Cristã e fazer todo tipo de grandiosas obras de cura.

Christiane: Ainda assim, existe um tipo de disciplina em se reunir em uma classe, a qual é muito útil. Há um companheirismo, também, na associação de alunos que os capacita a seguir em frente juntos, valorizando o trabalho uns dos outros. Ter feito o Curso Primário, naturalmente, é muito útil para entrar na Prática Pública da Ciência Cristã, mas nem todos precisam entrar para a prática. Essa é uma escolha individual.

Tom: Existe também uma eficácia com relação ao Curso Primário, quando comparado à autoinstruçāo. O professor tem um plano de ensino e o estudou, tendo em mente a ideia de transmitir sua profundidade metafísica ao aluno. Normalmente, pode-se fazer isso em doze dias com um professor, o que talvez possa levar um tempo maior (para concluir) no processo de autoinstruçāo.

Rebecca: O professor que segue a descrição do cargo que consta no Manual vê que sua tarefa é fundamentalmente conduzir seus alunos ao estudo, aos livros. As palavras que Mary Baker Eddy usou são que o professor "Deverá... exortá-los ao estudo habitual das Escrituras e de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, como auxílio para tanto" (p. 83), isto é, como uma ajuda ao seu progresso espiritual.

Professor e alunos, juntos, estão continuamente ouvindo a Deus e crescendo espiritualmente.

Ingrid: Vocês podem lançar alguma luz sobre o papel da cura enquanto ministram o curso?

Christiane: Antes do curso, talvez o aluno tenha tido uma cura espiritual e então surge a pergunta: "Como posso ajudar outros a serem curados também"? Portanto, teria de haver aquele desejo de realmente compreender muito claramente como sua própria cura ocorreu. Durante o curso, eles aprendem a aprender, a curar, a compreender a Deus cada vez melhor. Também compartilham experiências de cura com os colegas de classe. Não deveríamos, contudo, fazer o curso se estivermos em busca da cura específica de algum problema, caso essa dificuldade nos impeça de nos concentrarmos no que estamos fazendo. O motivo não é apenas obter uma cura. O motivo para fazer o curso primário é aprender a curar, aprender o que Deus é, aprender o que o reflexo de Deus é, aprender como Cristo Jesus curava. Entretanto, se uma pessoa tiver como motivação vencer algum mal específico, ficaria a cargo do professor e do aluno trabalharem em conjunto, para verem se esse problema talvez fosse impedir o aluno de se concentrar no aprendizado e na alegria de aprender.

Rebecca: Bem, em um certo sentido, Chris, aprendemos no Curso Primário a respeito do todo-poder de Deus, sem sermos ingênuos de que pareça haver uma pretensão de um outro poder operando em oposição a Deus. Cientes disso, equipados com o tratamento, somos capazes de lidar destemidamente com essa sugestão.

Christiane: Sim, aprendemos a ver o que essa resistência, ou seja, o que o magnetismo animal pretende ser, pois ele pretende ser um poder. O que ele intenciona fazer é paralisar a atividade do bem, por exemplo, a espiritualização do pensamento, por meio do Curso Primário. Exatamente como você disse, Rebecca, o que precisamos fazer em resposta é compreender o todo-poder de Deus.

Ingrid: O que você faz se o seu professor falecer? O que acontece com o curso e com a Associação?

Tom: Pode-se continuar o processo de compreensão e demonstração espiritual, as quais não são interrompidas pela experiência do professor, da mesma maneira que não são interrompidas para seu professor, depois que tiver falecido.

Rebecca: Fazemos o que o professor ensinou e isso significa irmos até nosso verdadeiro professor, que é a Palavra de Deus, a Verdade, que já está exatamente revelada nos escritos de Mary Baker Eddy e na Bíblia. Continuamos com essa mesma lei.

Tom: Frequentemente nasce uma afeição muito terna e duradoura entre professores e alunos. Então, quando o professor falece, pode acontecer que o aluno fique depressivo, mas o pesar não é uma via para o progresso espiritual, e o apego pessoal tampouco o é. Portanto, mais cedo ou mais tarde temos de superar isso. Acho que Mary Baker Eddy nos oferece uma forma de fazê-lo, porque ela estipulou a continuidade da própria associação. Ela diz: "As associações de alunos de professores leais deverão reunir-se anualmente" (Manual, p. 84). Ela não diz que o professor tem de estar presente. De fato, ela diz que se o professor deixar seus alunos, seja por aposentadoria ou falecimento, ou por qualquer outro motivo, ainda assim a Associação continua. Então, o que fazem os alunos? Eles apoiam a Associação, buscam maneiras para continuar seu próprio progresso espiritual e incentivam isso em seus colegas de curso.

Ingrid: Mary Baker Eddy declarou no Manual que os estudantes podem visitar as igrejas uns dos outros e, da mesma forma, ser convidados a visitar as associações uns dos outros. Vocês poderiam falar sobre isso?

Christiane: Eu diria que nosso primeiro compromisso é com nossa própria Associação, no que podemos contribuir para ela e para com o companheirismo que se desenvolveu entre os alunos por terem sido ensinados pelo mesmo professor, e assim a Associação continua crescendo espiritualmente. Não há nenhuma razão para que essa Associação não continue crescendo. É a partir dessas associações que as pessoas se tornam praticistas, leitores em suas igrejas e ficam mais envolvidas com as atividades nas igrejas filiais.

Rebecca: Acho que isso nos leva de volta àquela ideia de que Deus colocou no coração do aluno a ideia de participar fielmente do curso e da associação e isso jamais é desarraigado ou arrancado dele. Esse é seu lar espiritual, e todos nós sabemos que não há nada como uma comida caseira! É maravilhoso sair, mas nunca nenhum lugar é como a nossa casa. Quando acalentamos esse senso de que tudo realmente se passa entre nós e Deus e o que Deus está cuidadosamente provendo para nós com amor, então nos sentimos satisfeitos e também sentimos a força necessária para contribuir e, como disse a Chris, para crescer e ver a Associação, a ideia de Deus, florescer.

Ingrid: Vocês sabem que hoje fizemos citações do Manual.Poderíamos dizer que esse livro é uma declaração do desígnio que Mary Baker Eddy tinha para sua Igreja. Portanto, será que vocês poderiam comentar a respeito de como o Curso Primário de Ciência Cristã se encaiza em seu desígnio global, com o objetivo específico ou enfoque na cura?

Rebecca: Bem, de certa forma, a Associação cresce e traz para toda a Igreja da Ciência Cristã trabalhadores que foram ensinados espiritualmente, instruídos e ativos, portanto essa é uma maneira de suprir o mundo com sanadores.

Tom: Mary Baker Eddy escreveu em Ciência e Saúde que "Jesus estabeleceu sua igreja e manteve sua missão sobre o fundamento espiritual da cura-pelo-Cristo" (p. 136). A cura é o fundamento da Igreja de Cristo, Cientista. Portanto, a pergunta é: "O que sustenta a cura"? A resposta a essa pergunta é que a consciência espiritual sustenta a cura, ou seja, que quando somos capazes de olhar para a doença e ver a realidade espiritual, somos capazes de curar. Contudo, isso levanta outra questão. O que sustenta a espiritualidade? Você sabe, as pessoas vão para a escola a fim de aprenderem coisas, mas se elas não estudam, não vão aprender muito. O mesmo processo é verdadeiro na Ciência Cristã. É preciso estudo, o que exige um esforço sincero para aprender a Ciência Cristã. Mary Baker Eddy escreveu aos seus leitores: "Lede esse livro do começo ao fim. Estudai-o, ponderai-o" (Ciência e Saúde, p. 559). Ela esperava que seus estudantes realmente se empenhassem para se tornarem Cientistas Cristãos, de forma que o senso espiritual deles aumentasse, como também sua capacidade de curar. O Curso Primário faz parte desse processo. Ajuda a aprofundar, enriquecer e fortalecer a compreensão espiritual da pessoa, de tal modo que todos possam beneficiar o mundo.

Rebecca: Você não acha Tom, que a continuação das reuniões anuais da associação servem para realmente manter vivo esse propósito e para que as chamas do anseio e da disciplina para curar permaneçam, para que sejam mantidas acesas, para manter os braços uns dos outros erguidos, e para encorajar e compartilhar uns com os outros os resultados de um ano de trabalho? É uma educação contínua, no melhor sentido.

Ingrid: Deixemos nossos leitores com alguns dos principais benefícios de se fazer o Curso Primário de Ciência Cristã.

Rebecca: Um dos principais benefícios é que o curso oferece uma oportunidade para que a pessoa seja completamente reeducada nas questões espirituais, e que abandone suas noções e teorias previamente formadas. É uma espécie de renascimento.

Tom: Considero o curso como uma forma sistemática e eficiente de se chegar mais perto de Deus. Entretanto, talvez o mais importante para esse alguém realmente saber, bem no íntimo, que está mais próximo de Deus, e que esse senso não seja apenas uma esperança teórica, é ter a certeza de que positivamente, inquestionavelmente esse alguém está convencido de que tocou a orla da veste do Cristo, e que está vendo as coisas sob um ponto de vista espiritual, como elas realmente são, o que em si mesmo já é um benefício muito valioso.

Christiane: Eles levarão toda essa inspiração, essa compreensão de Deus e a compreensão do que Jesus fez por nós para seus empregos, qualquer que seja esse emprego. Caso se tornem praticistas da Ciência Cristã ou presidentes de empresa ou donas de casa, o curso fará a diferença na maneira de eles abordarem cada dia.

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