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Você é uma boa mãe

Da edição de maio de 2010 dO Arauto da Ciência Cristã


A criação dos filhos e a insegurança em relação à educação deles parecem caminhar juntas. Talvez seja uma preocupação com o horário de dormir do bebê ou com o uso excessivo da Internet pelo filho adolescente, mas ela aflora com frequência no momento de tomar decisões que afetam os filhos.

"Simplesmente não sei o que fazer!" Tenho ouvido essa queixa desde jovens mães no parque, a casais que investiram anos de suas vidas e conquistaram carreiras de sucesso antes de formarem suas famílias. Parece que estamos navegando em águas desconhecidas, sem um modelo visível que sirva de referência. Entretanto, nesses momentos de indecisão, descobri que a oração na Ciência Cristã se tornou meu recurso natural para obter respostas e serenidade.

Certa ocasião, há alguns anos, achava que não estava à altura da tarefa de educar meus filhos de forma segura. Eles muitas vezes não se comportavam como eu esperava (ou pelo menos da maneira que, estava segura, as outras crianças da idade deles se comportam). Sentia-me paralisada diante da minha indecisão; perplexa e simplesmente envergonhada pelo fato de não saber o que fazer. Foi então que vivenciei uma prolongada doença, que me impedia de exercer as demandas físicas e mentais que o cuidado de crianças pequenas envolve.

Por que não seria natural expressar as qualidades que a boa criação dos filhos exige?

Por muitas vezes já havia obtido curas pela oração, então liguei para uma amiga e pedi que orasse por mim, enfocando principalmente minha necessidade de cura física. Talvez ela tenha percebido meu sentimento de inadequação, porque no dia seguinte, quando nos falamos ao telefone, ela se despediu dizendo: "Você é uma boa mãe".

Antes que eu pudesse contestar, ela completou com firmeza: "Deus me disse isso".

Na verdade, dei uma risada com regozijo. Difícil ir contra um argumento desses! Compreendi o que ela queria dizer. A Bíblia explica que toda a criação é feita à própria imagem de Deus, ou seja: crianças, homens e mulheres (ver Gênesis 1). Portanto, por que não seria natural expressar as qualidades que uma boa criação dos filhos exige, tais como: inteligência, confiança, carinho e humildade?

A Bíblia está repleta de exemplos de orientação divina. Gosto principalmente deste versículo de Provérbios: "Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas" (3:5-6). A comunhão silenciosa com Deus tem trazido muitas respostas, mas a experiência pessoal também tem me mostrado que a falta de confiança ou a sensação latente de que talvez exista alguma maneira melhor, a qual desconheço, de criar nossos filhos, para que alcancem seu potencial e realmente deslanchem na vida, poderia enfraquecer minha capacidade de ouvir a Palavra de Deus.

Aprendi que minha capacidade de ser a mãe inspirada provém naturalmente de Deus

Naquele dia, contudo, quando compreendi que minha disposição para a maternidade era algo estabelecido por Deus, comecei a trilhar um caminho que mudou, de forma permanente, minha perspectiva a respeito da criação dos filhos (o que acabei valorizando muito mais do que a cura física em si, a qual resultou das nossas orações).

Nos anos que se seguiram àquele momento que foi um divisor de águas para mim, tenho refletido sobre o que significa sermos divinamente ensinados e apoiados na criçāo segura dos filhos. Um aspecto valioso acerca da natureza de Deus é que Ele vê a criação somente sob o ponto de vista da perfeição e plenitude. Aprendi que minha capacidade de ser mãe inspirada e ver meus filhos como sendo de Deus, ou seja, espirituais, altruístas, maduros, serenos e inteligentes provém naturalmente dEle e traz consigo um padrão elevado de comportamento. Essa compreensão também provê formas práticas para apoiar meus filhos em sua própria maneira de expressá-Lo.

Em minha opinião, não aceitar a falta de confiança na criação dos filhos vem da disposição de admitir nossa própria semelhança com Deus. Se reconheço que sou plenamente capaz de conduzir as atividades domésticas de forma produtiva, mesmo quando o comportamento de uma das crianças me deixa decepcionada ou desconcertada, então exijo de mim mesma ter a expectativa de perceber uma solução satisfatória e espiritual.

É preciso humildade e devoção sincera a Deus para reivindicar nossa própria capacidade como pais

Por exemplo, talvez eu me surpreenda que seja necessário tanto esforço para conseguir que alguma das crianças arrume sua cama direito ou termine a lição de casa. Entretanto, estou descobrindo que, em vez de querer saber se estou sendo rígida ou branda demais, posso economizar momentos valiosos superando as limitações e reconhecendo que todo o necessário para uma conclusão satisfatória já está disponível; não há espaço para a falta de confiança.

Dessa forma, à medida que me torno mais segura de que a capacidade terna e inteligente proveniente de Deus para educar corretamente as crianças já está presente, a inspiração tem vindo de todo tipo de fonte. Como resultado, estou mais disposta a considerar as ideias vindas de outras pessoas, sem ficar na defensiva ou com sentimento de inadequação.

É preciso humildade e devoção sincera a Deus para reivindicar nossa própria capacidade infinita como pais. "Viver de maneira a manter a consciência humana em constante relação com o divino, o espiritual e o eterno", escreveu Mary Baker Eddy, "é individualizar o poder infinito; e isso é Ciência Cristã" (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos], p. 160). Eu diria que: "individualizar o poder infinito" é cuidar dos filhos da melhor maneira possível.

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