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Civilidade nas arquibancadas

Da edição de junho de 2010 dO Arauto da Ciência Cristã


Quase não podia acreditar nas palavras que vinham de sua boca. Eu estava sentada ao lado de minha amiga Barb, enquanto assistíamos ao jogo de futebol de nossas filhas pelo time da escola. Suas críticas furiosas, dirigidas aos berros para o campo, iam muito além da linha da civilidade. Devo admitir que eu também tinha minha dose de culpa nesse comportamento impróprio.

Quando minha filha começou a jogar futebol, ainda na pré-ado-lescência, era tudo diversão. Ela se divertia e eu também. Na maior parte do tempo, os únicos gritos vindos das arquibancadas eram de incentivo.

Mais tarde, à medida que os esportes escolares se tornaram mais competitivos, as coisas começaram a descambar. Vagas para as equipes juniores da escola e para as equipes da faculdade passaram a ser mercadoria rara. O apoio positivo da torcida começou a se transformar em uma atmosfera agressiva de competição, principalmente quando o futebol se tornou mais popular.

Os pais gritavam e reclamavam, mas e daí?

Junto com essa mudança, veio também a mudança de perspectiva dos espectadores. Os pais começaram a criticar os treinadores, os árbitros e, até mesmo, as jogadoras. No início eram apenas queixas e observações em voz baixa. Por fim, evoluiu para gritos explosivos. Na verdade, a filha da minha amiga Barb havia pedido ao treinador para não colocá-la no lado do campo próximo à arquibancada, porque ela não queria ouvir sua mãe gritando.

Esse comportamento agressivo dos pais passou a ser usual. Eles gritavam e reclamavam, mas e daí? Finalmente, acabei sendo também atraída por aquela atmosfera de agressividade e crítica, o que tornou meus próprios comentários desagradáveis.

Entretanto, quando uma amiga me confidenciou que seu marido havia deixado de assistir aos jogos porque não aguentava assistir ao péssimo desempenho das meninas, isso me fez parar e pensar. Olhando as pessoas na arquibancada ao meu redor, percebi o quão infelizes pareciam os pais que ali estavam, inclusive eu.

Aquelas garotas estavam jogando com o coração. Será que elas não mereciam um apoio melhor de seus pais?

Ponderei um pouco mais sobre a verdadeira fraternidade; todos trabalhando juntos por um bem comum.

Todos trabalhando juntos por um bem comum

Decidi solucionar esse problema pela oração. Lembro-me de ter ficado comovida pela frase: "...a verdadeira fraternidade do homem será estabelecida", algo que lera na página 467 de Ciência e Saúde. "A verdadeira fraternidade" era uma ideia tão maravilhosa! Todos nós, pais e jogadoras, realmente pertencíamos a uma mesma família, com um único Pai divino e amoroso.

Ponderei um pouco mais sobre a verdadeira fraternidade; todos trabalhando juntos por um bem comum. Comecei a ver os pais e as jogadoras, não como um bando de mentes competitivas com habilidades e oportunidades limitadas, mas como uma equipe, unida em um objetivo compartilhado.

O trecho completo de Ciência e Saúde diz: "Deve-se compreender bem que todos os homens têm uma e a mesma Mente, um e o mesmo Deus e Pai, uma e a mesma Vida e Verdade e um e o mesmo Amor. O gênero humano tornar-se-á perfeito à proporção que esse fato ficar evidente; as guerras cessarão e a verdadeira fraternidade do homem será estabelecida" (p. 467). Com minha nova perspectiva espiritual a respeito da fraternidade, pude realmente valorizar todas as jogadoras, os pais, os treinadores e os árbitros.

Nem mesmo me lembro quem ganhou o jogo

Isso acabou com a raiva e a atitude crítica que vinha exibindo publicamente. Em seu lugar, senti uma serenidade que tem permanecido comigo.

O que dizer da minha desbocada amiga Barb? Bem, nesse espírito de verdadeira fraternidade, virei-me para ela e disse com muita delicadeza: "Barb, se você não parar de falar desser jeito, vou ter de mudar de lugar". Ela se virou para mim com um olhar de surpresa, cheio de preocupação e respondeu: "Você tem razão. Preciso parar".

Assistimos alegremente ao resto do jogo, compartilhamos comentários favoráveis sobre a partida das meninas e sobre as decisões dos treinadores. Sabe, eu nem sequer me lembro quem ganhou o jogo. Entretanto, a partir daí, minhas orações nas arquibancadas passaram a ganhar todos os jogos!

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