Enquanto vivi na Grécia, na década de 1990, casei-me com uma adorável moça ateniense. Descobri que meu compromisso com ela incluía o país, a comida, o idioma, o calendário daquele país e, especialmente, seu filho, Georgie.
Vi Georgie, uma adorável criança de cinco anos, pela primeira vez, na pensão de sua mãe. Ele brincava animadamente sozinho, atrás da caixa registradora, jogando uma moeda para o ar e, em seguida, acomodou-se calmamente cantarolando uma melancólica canção grega. Fiquei encantado. Notei também que ele não enxergava; mesmo assim, ele e eu saímos para um passeio, naquele mesmo dia.
Logo soube que os amigos de minha esposa conheciam a história dela, só que de trás para frente. Tudo o que eles viam era uma mãe separada com um filho cego e, um futuro difícil e penoso adiante. Quando apareci, esses amigos foram rápidos em lembrá-la o quão felizarda ela era por me ter encontrado, como se eu fosse um cavaleiro americano que veio para resgatá-la. Ela suportava todos os comentários em silêncio, enquanto eu ficava muito zangado com a própria “cegueira” deles. De uma só vez, Deus havia me dado dois amores, que prontamente me aceitaram e me amaram.
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