A Lição Bíblica da Ciência Cristã para a semana de 2 a 8 de agosto de 2010, intitulada "Espírito", começa com o sopro de Deus dando início à criação. Desde "o sopro do Todo-poderoso me dá vida" (Jó 33:4, Texto Áureo), até nossa responsabilidade individual para que "Todo ser que respira louve ao Senhor" (Salmos 150:6, citação 20), constatamos a dinâmica animadora do espírito de Deus em ação.
O que é esse "sopro"? Em hebraico, a palavra é ruakh, que significa o espírito de Deus. Os mensageiros de Deus eram considerados como repletos do sopro de Deus. Quando um profeta dizia: "Assim diz o Senhor" (Isaías 44:2, Leitura Alternada), seus ouvintes sabiam que o espírito de Deus estava soprando por meio dele e transmitindo a ele a mensagem.
O relato bíblico nesta Lição mostra como o "Espírito infinito, onipresente" (Ciência e Saúde, p. 223, citação 1) cria, cura, transforma e liberta.
O Espírito é a força criativa que Jesus explicou a Nicodemos quando disse: "...se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus" (João 3:3, citação 8). A palavra "de novo" em grego é anothen, que tem um duplo significado: "nascido de cima" ou "de novo". Estaria Jesus dizendo a Nicodemos que, a fim de vivenciar o reino do céu, ele deveria abandonar a crença em um nascimento físico, carnal, para reconhecer que ele era nascido de cima? O Espírito era seu Criador.
O Apóstolo Paulo reiterou essa mensagem quando se dirigiu à elite intelectual de Atenas. Ele estava desolado porque a Grécia era uma nação dedicada à idolatria. Paulo apresentou a esses filósofos gregos o Deus único, após encontrar um altar com a inscrição: "Ao Deus desconhecido". Ele lhes disse que Deus não habita "em santuários feitos por mãos humanas" (Atos 17:24, citação 11). Paulo estava mostrando que Deus, como Criador, não está separado de Sua criação, como os epicuristas acreditavam, mas que era maior do que essa criação. Os estóicos teriam concordado que Deus não podia ser contido em templos. Paulo concluiu descrevendo a Deus como a fonte da vida. Deus é completo; nada pode Lhe ser acrescentado. Ciência e Saúde explica que, quando O adoramos espiritualmente, Deus se torna mais conhecido por nós "como o Tudo-em-tudo, para sempre próximo" (Ciência e Saúde, p. 596, citação 20).
O poder transformador e libertador do Espírito é percebido na cura de doenças, como também de injustiças sociais. Jesus encontrou uma senhora que andava encurvada por mais de 18 anos. Imagine as dificuldades terríveis que ela deve ter enfrentado. Alguns comentários se referem à sua condição como um "espírito de enfermidade". Jesus restaurou a condição física e a dignidade dessa senhora, libertando-a de qualquer histórico de servidão. A Bíblia diz a respeito de Jesus, simplesmente: "...impondo-lhe as mãos, ela imediatamente se endireitou e dava glória a Deus" (ver Lucas 13:13, citação 6). O ato de Jesus tocá-la era uma maneira costumeira de dar uma bênção.
Mary Baker Eddy usou o poder libertador do Espírito na cura de um caso de tuberculose, libertando a paciente da crença de que os ventos de leste interferiam na sua capacidade de respirar. Em apenas uma visita, ela restaurou permanentemente a saúde da senhora (ver Ciência e Saúde, p. 184, citação 10).
Dois outros exemplos de libertação encontram-se no relato bíblico de uma jovem escrava possessa de um espírito adivinhador. Seus proprietários lucravam com sua capacidade de adivinhação. Quando ela reconheceu que Paulo e Silas eram homens de Deus, ela passou a segui-los anunciando: "Estes homens são servos do Deus Altíssimo e vos anunciam o caminho da salvação" (Atos 16:17, citação 13). Paulo, falando com autoridade, expeliu o demônio.
O poder transformador e libertador do Espírito é percebido na cura de doenças, como também de injustiças sociais.
Entretanto, os ambiciosos proprietários da jovem perceberam imediatamente que haviam perdido sua fonte de lucro financeiro. Então, disseram às autoridades que Paulo e Silas eram grandes perturbadores da ordem pública. Portanto, eles foram açoitados com varas e lançados no cárcere de segurança máxima, com seus pés presos ao tronco. Paulo e Silas porém não permitiram que aquela circunstância difícil destruísse sua confiança em Deus. Eles fervorosa e jubilosamente oravam e cantavam hinos a Deus. Então, um terremoto libertou não só a eles, mas também a todos os demais prisioneiros. (Embora a conclusão desta história não esteja nesta Lição, os temas da transformação e da libertação continuam, quando o carcereiro e sua família se tornam cristãos; a jovem escrava foi solta e transformada, e Paulo e Silas foram libertados, também pelo poder do Espírito.)
À medida que você estudar esta Lição, deleite-se procurando por exemplos adicionais das maneiras pelas quais a Bíblia ensina a libertação e a "transformação do corpo pela renovação no Espírito" (ver Ciência e Saúde, p. 241, citação 12).
    