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O SEGUNDO SÉCULO DA CIÉNCIA CRISTÃ

Renovação da Causa da Ciência Cristã

Da edição de agosto de 2010 dO Arauto da Ciência Cristã


Alguma vez você já se debateu com dúvidas sobre sua fé? Ou passou por um profundo anseio por respostas que "alimentassem sua alma"? Ou desejou sentir-se seguro de que sua jornada espiritual está no rumo certo? Eu já.

Estava com dezesseis para dezessete anos e frequentava a Escola Dominical da Ciência Cristã regularmente! Na verdade, havia frequentado a Escola Dominical durante toda minha vida. Conhecia os Dez Mandamentos, as Aventuranças; tinha minhas histórias bíblicas favoritas. Entretanto, sentia uma falta de entusiasmo e vividez nas minhas convicções.

Eu não estava nem mesmo seguro de que elas eram, de fato, minhas próprias convicções. Talvez fossem somente as de outras pessoas e eu não sabia se realmente desejava crer naquilo que elas acreditavam. Não percebia em minha vida os resultados que eu via e ouvia dessas pessoas nas reuniões de testemunhos ou na Escola Dominical. Elas vivenciavam regularmente curas por meio de suas orações. Pareciam alegres, espontâneas, confiantes. O que elas tinham e que faltava em mim? Como eu poderia conseguir os mesmos resultados que elas?

Somente seis anos depois foi que consegui enxergar o caminho e seguir por ele. Descobri o poder de Deus em minha vida de uma forma que pude compreendê-lo, meditar sobre ele, senti-lo e confiar nele. Senti o poder sanador de Deus em primeira mão, por meio de curas físicas rápidas e convincentes. Compreendi, também, que tinha um longo caminho á minha frente, às vezes desafiador, mas sempre gratificante. (Deveria acrescentar que hoje, não tenho certeza se esse caminho algum dia chegará ao seu final, mas meditar sobre a infinita natureza de Deus traz diariamente novas descobertas a respeito de Sua bondade e isso resulta em cura e harmonia.) Ciência Cristã Segundo Século

O que teria acontecido? O que teria trazido a "renovação" da minha fé? Qual é a força que está disponível a cada um de nós para trazer revelações renovadas, todos os dias?

Eis a resposta: um poder divino, não humano. Durante um período de um ou dois anos, senti a presença de Deus em uma série de circunstâncias, de uma maneira tangível e real. Deus se tornara para mim uma realidade presente, a qual eu começara a compreender como o Amor infinito, a Mente inteligente que governa tudo.

Uma reportagem intitulada "Renovação na Igreja" aponta para uma necessidade generalizada em muitas igrejas: "No movimento de renovação de hoje, a prática comum tem sido no sentido de que igrejas 'espiritualmente letárgicas' convoquem um pregador carismático para instilar vida nova na congregação". Entretanto, a reportagem chega à seguinte conclusão: "Necessitamos de renovação? Não! Nós precisamos de transformação... A transformação é o produto de nossas orações por coragem e pela graça do Espírito Santo...".

Talvez eu não tivesse usado estas palavras quando era adolescente: "orações por coragem e pela graça do Espírito Santo", mas elas certamente têm o sabor do poder e da presença do Cristo que vivenciei e que me "transformou". Desde a renovação pela qual passei, em seu sentido mais verdadeiro, adquiri a convicção consciente de que há um Deus, um poder confiável; que esse Deus ama a mim e a todos os demais, e de que esse é um poder fidedigno ao qual todos podem recorrer.

Hoje, também compreendo, mais do que nunca, que a força motriz da Causa da Ciência Cristã é o Espírito Santo em ação. É a Ciência divina, as leis da Vida, da Verdade e do Amor divinos. Essas leis constituem uma força motriz para o bem, estão na raiz de todos os motivos bons e altruístas e na ação de cada pessoa no planeta.

Talvez poucos compreendam que cada impulso para o bem é impelido pelo poder divino. Mas o fato é que todos são afetados por esse poder divino, o qual se manifesta sob uma forma organizada, como a Causa da Ciência Cristã. Entretanto, quer alguém se considere ou não um Cientista Cristão, todos são atingidos pelo mesmo poder divino.

As pessoas que dedicam sua vida à Causa da Ciência Cristã estão empenhadas no comprometimento de permitir que sua vida seja governada pelo Espírito Santo, a Ciência divina, e elas constituem o movimento da Ciência Cristã.

A participação na Causa da Ciência Cristã tem elementos sociais e organizacionais. O aspecto fundamental, contudo, permanece espiritual. Nosso envolvimento é a expressão do compromisso em desenvolver nossa salvação como seguidores de Cristo Jesus. Isso requer a disposição de sermos transformados diariamente. vivenciar uma renovação diária, por assim dizer, por meio do Espírito Santo.

Quando reconhecemos nossa compreensão daquilo que é real, elevada a uma percepção mais clara, por meio do poder do Cristo, o Salvador, é inevitável que o pensamento material seja redimido e dissolvido. O resultado é a cura física e moral. Esse é o efeito inevitável da nossa Causa. A experiência individual sob as leis de Deus renova e revigora nossa experiência coletiva de culto e isso faz com que os cultos em nossa Igreja sejam cultos de cura.

Mudar somente as formas exteriores do culto, sem um espírito interior renovado, não substitui a renovação espiritual individual de cada um de nós. Algumas igrejas se sentem motivadas a substituir hinos tradicionais por canções modernas acompanhadas pelo ritmo de palmas. Outras preferem se ater aos hinos a que estão acostumadas. Entretanto, nem a mudança em si, nem o apego à tradição proporcionarão novo vigor. As formas exteriores talvez mudem com o passar do tempo, mas o que é decisivo para a prosperidade da nossa Causa é o que está acontecendo no íntimo dos membros.

A Causa da Ciência Cristã é renovada espiritualmente, à medida que cada um de nós cultivar o anseio por vivenciar uma transformação em nossa vida diária por meio do Cristo, nosso Salvador. Ao nos volvermos ao poder do Cristo e cedermos, com profundo desejo, ao poder divino que transforma e cura, experimentamos renovação, o que revigora o modo como vivemos. Como? Abrindo a porta à compreensão espiritual da realidade e da Verdade. A mente humana, material, não é capaz de compreender a vastidão da divindade infinita. Somente Deus é capaz de definir e compreender Sua própria natureza. Essa compreensão é expressa e individualizada pelo Cristo. Nossa verdadeira natureza existe para manifestar a individualidade de Deus. À medida que a mente humana ceder ao divino, a verdadeira compreensão a respeito da nossa natureza é revelada em nossa experiência e traz cura e harmonia.

É divina a força que revela essa compreensão espiritual e ela está em ação hoje, de forma extremamente confiável, tal como na época de Jesus. Ela faz com que nos afastemos do materialismo, como também que nos encontremos com o coração "ardendo", com mais amor a Deus e ao homem, com mais respeito e apreço uns pelos outros, com mais paciência uns com os outros, e com uma conscientização e um reconhecimento muito mais amplos da natureza espiritual de cada um. Qual o efeito disso? Renovação e prosperidade.

Conheço uma pequena igreja filial que nos anos oitenta tinha aproximadamente de 10 a 15 membros. Não havia Escola Dominical, pois os membros não tinham nenhum filho com idade para frequentá-la, mas eles oraram para acalentar e expressar a renovação que faria com que as crianças se sentissem à vontade na igreja.

Em um sábado, um dos membros estava ocupado consertando algo na fachada da igreja. De repente, uma bola veio voando sobre a cerca viva que separava o prédio da igreja de seus vizinhos, e caiu em frente aos pés dele. Após alguns momentos, um menino de sete anos veio correndo para pegar sua bola. Ele pegou a bola, mas ficou um pouco intrigado com o que aquele membro da igreja fazia. "O que você está fazendo?" perguntou ele. O membro respondeu de forma muito espontânea: "Estou consertando sua igreja".

Nesse momento chegou o coleguinha de seis anos daquele garotinho, uma vez que seu amigo não havia voltado com a bola. "Nossa igreja? Essa não é nossa igreja", disseram eles. "Mas ela é", respondeu o membro e destrancou a porta. "Temos aqui uma Escola Dominical, justamente para vocês. Entrem que eu vou mostrá-la". Com essas palavras, ele os convidou a entrar na Escola Dominical, mostrou-lhes onde se sentariam no dia seguinte e explicou-lhes o que acontece na Escola Dominical.

Realmente, no dia seguinte os dois garotos apareceram. O mais novo veio mais algumas vezes, mas decidiu que não era o que ele queria. Mas o outro menino começou a vir e frequentou a Escola Dominical regularmente durante muitos anos, até mesmo quando seus pais se mudaram. Os pais permitiram que o menino frequentasse a igreja, embora eles mesmos nunca tivessem mostrado nenhum interesse pela Ciência Cristã.

Esse menino foi a renovação da Escola Dominical para essa igreja. Ele também trouxe alguns de seus colegas de escola. Houve outras crianças da vizinhança que começaram a vir. A igreja cresceu. Logo ele possuía o dobro de membros e a Escola Dominical passou a ter de oito a dez alunos.

O que fez essa igreja? Ela cultivou um desejo prático de amar as crianças. Consequentemente, uma Escola Dominical próspera foi o efeito inevitável. É isso o que temos de cultivar, o desejo de amar a Deus e ao homem. Volvermo-nos a Deus com um profundo desejo de fazer a vontade dEle alimentará nosso coração e renovará nossas igrejas.

Mary Baker Eddy rogou que os membros de A Igreja Mãe orassem diariamente para eles mesmos e, então, acrescentou: "Quando um coração faminto pede pão ao divino Pai-Mãe Deus, não lhe é dada uma pedra — porém mais graça, obediência e amor. Se esse coração, humilde e confiante, fielmente pedir ao Amor divino que o alimente com o pão celestial, com saúde e santidade, ele será feito merecedor de receber a resposta ao seu desejo; então, afluirá a ele 'a torrente de Suas delícias', o afluente do Amor divino e um grande crescimento na Ciência Cristã se seguirá — ou seja, aquela alegria que encontra o próprio bem no bem de outrem" (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos], p. 127). Existem influências em nosso íntimo que tentariam se contrapor a essa renovação, à ação do Cristo, a qual faz com que nossa Causa prospere? Sim, precisamos estar alerta. Se a renovação de nossa Causa estiver fortalecida por meio de um anseio, de um profundo desejo de sermos transformados por Deus, então temos de ficar alerta a tudo que pretenda sufocar esse anseio espiritual.

Tornamo-nos parte da Causa da Ciência Cristã, à medida que empunhamos a espada do Espírito, a Palavra de Deus. Em geral, a mentalidade material desejaria fazer com que parássemos de usar a Palavra, desejaria que abandonássemos nossa espada, que parássemos de fazer parte da Causa. Entretanto, o Cientista Cristão em nós é o estado natural do pensamento que deseja ser um com a Palavra, um com a lei de Deus, um com a Verdade que cura e salva.

Quais influências eliminariam esse anseio? Uma delas talvez seja o orgulho do conhecimento. Tal como: "Isso eu já sei"! Se uma pessoa quisesse compartilhar seu entusiasmo a respeito de suas novas descobertas sobre como tem vivenciado o Cristo de maneiras novas e revigorantes, que balde de água fria seria dizer a ela: "Isso eu já sei"!

Talvez possamos realmente já ter ouvido as ideias sobre as quais um amigo se sinta entusiasmado. Mas a alegria desse amigo é nova para ele e merece nosso respeito e interesse. Nosso desejo de aprender nos dá a humildade de ouvir as ideias que talvez possamos achar que já sejam conhecidas para nós. Ter um coração aberto para novas ideais será sempre abençoado, trará renovação, poder espiritual, renovação, e cura.

Afinal, não é a quantidade de conhecimento acumulado o que nos faz melhores seguidores de Jesus e melhores sanadores, mas a mansidão e o desejo de aprender. Em outras palavras: não curamos por meio do conhecimento estático, mas curamos com a rapidez do nosso crescimento espiritual.

As crianças são extraordinários exemplos de pessoas rápidas, tanto mental quanto fisicamente. Jesus deixou claro que necessitamos nos tornar como criancinhas a fim de entrar no reino dos céus (ver Mateus 18:3). As crianças talvez ainda não saibam tanto quanto os adultos, mas elas têm um profundo desejo de aprender, e o desejo dá asas ao pensamento.

O fato de que o importante é o nosso desejo de aprender, e não os anos de conhecimento, é muito encorajador. Qualquer um pode, a qualquer momento de sua vida, volver-se a Deus e compreender que o desejo de ser renovado pelo Cristo é parte natural do seu ser.

A renovação da nossa Causa é o efeito inevitável da atividade do Cristo, tal como manifestada em nossa prática individual próspera da Ciência Cristã. O Cristo já está em ação em cada um de nós!

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