Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Perfeição divina, excelência humana

Da edição de setembro de 2010 dO Arauto da Ciência Cristã


Meu voo de Nova Iorque chegara ligeiramente atrasado, mas fiz minha conexão para Chicago com tranquilidade. Na realidade, quando cheguei ao portão de embarque para o voo de conexão, os passageiros já haviam começado a embarcar. Consequentemente, caminhei direto para o avião. Perfeito.

Durante um longo tempo, minha esposa estivera procurando por uma determinada roseira para o nosso jardim. Certo dia, fomos informados de que o viveiro de plantas local a havia recebido e que a muda dessa roseira até mesmo entrara em promoção. Perfeito.

Perfeito?

Existe um anseio natural da mente humana de se certificar de que as coisas funcionem perfeitamente. Entretanto, o desejo de alcançar a perfeição pode levar ao emprego da voluntariosidade, rigidez e formalismo humanos. Caso isso aconteça, o resultado é pressão, estresse e frustração. A livre inspiração e o desdobramento natural são reprimidos. Chamamos esse tipo de comportamento perfeccionismo, visto que busca alcançar a perfeição por meio de esforços humanos. Entretanto, a perfeição não pode ser obtida por meio da vontade humana.

Mary Baker Eddy escreveu que é em vão que procuramos pela perfeição nas organizações humanas ou nas igrejas (ver Não e Sim, p. 41). Simplesmente não é possível alcançar a perfeição na experiência humana e nunca o será. Por que? Porque a experiência humana tem a própria imperfeição embutida em sua premissa.

Seria tal declaração desanimadora? Não deveria, visto que ela nos aponta para uma perspectiva mais elevada a respeito do que é verdadeiramente perfeito. Mary Baker Eddy escreveu: "A norma da perfeição foi originariamente Deus e o homem" (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, P. 470). Em outras palavras: O Espírito e a expressão do Espírito, o homem espiritual. Deus é Espírito, eterno, perfeito. A manifestação de Sua natureza precisa ser expressa em Sua criação, o homem espiritual e o universo espiritual. Portanto, o homem espiritual, à imagem e semelhança de Deus, precisa ser perfeito. Faz sentido que o único Espírito eterno, Deus, e sua expressão eterna possam ser perfeitos. Eles não contêm um único elemento imperfeito, destrutível ou destrutivo, senão, eles não poderiam ser eternos.

No entanto, o mundo que conseguimos discernir com nossos sentidos físicos está longe de ser perfeito. O esforço por objetivos mais elevados é importante e é responsável pelo progresso da humanidade. Mas qual deve ser a força motriz por trás desses esforços, a fim de levar a resultados satisfatórios? Um reconhecimento espiritual de que a perfeição é uma qualidade divina e que se aplica somente a Deus, o Espírito.

A natureza da perfeição de Deus modelará e harmonizará naturalmente nossa experiência, à medida que a mente humana ceder à Mente divina. Isso nos guiará a que? À perfeição humana? Não. À excelência humana.

Aqui está uma publicação interessante da Internet para ilustrar esse ponto. Em 4 de fevereiro de 2010, Scot Herrick escreveu no site www.CubeRules.com um artigo intitulado: "Por que você deveria se esforçar por excelência no trabalho, e não por perfeição".

Ele diz: "Imagine se em um jogo de beisebol, o batedor conseguisse bater uma média de 300 bolas, algo extraordinário comparado à média dos adversários. Entretanto, um perfeccionista se consideraria um completo fracasso se conseguisse bater apenas 7 bolas de 10". Ele salienta que, em termos de rendimento do tempo e melhoria no desempenho, o esforço por excelência é preferível à perfeição.

Será que isso significa que devemos aceitar a mediocridade? Muito pelo contrário. Se fizermos da perfeição não um objetivo humano, mas, em vez disso, um fato espiritualmente estabelecido, encontraremos soluções significativas e "excelentes" com mais facilidade. O reconhecimento da perfeição espiritual na Ciência divina abre nosso pensamento para aceitar o fato de que as soluções humanas são sempre possíveis e disponíveis. A vontade humana, com seu esforço para ser um criador benevolente, cede ao Cristo como a expressão de inteligência, harmonia e saúde divinas.

Sob uma perspectiva metafísica, podemos fazer as seguintes declarações:

• O perfeccionismo é um esforço humano para criar a perfeição como um evento futuro.

• A perfeição é a condição natural da nossa realidade espiritual já existente.

• O reconhecimento da perfeição espiritual resulta em excelência humana. Ao invés de sermos perfeccionistas, descobrimos que podemos ser "excelentistas".

Mary Baker Eddy descreveu em Ciência e Saúde como Jesus fazia valer a perfeição divina sobre a imperfeição humana: "Jesus via na Ciência o homem perfeito, que lhe aparecia ali mesmo onde o homem mortal e pecador aparece aos mortais. Nesse homem perfeito o Salvador via a própria semelhança de Deus, e esse modo correto de ver o homem curava os doentes" (pp. 476-477).

Que fundamento perfeito para resultados excelentes!

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / setembro de 2010

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.