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Novos começos, com Deus

Da edição de janeiro de 2011 dO Arauto da Ciência Cristã


Com muita frequência e sem notarmos, a vida parece se desenrolar em capítulos e cada um deles traz um novo começo. Esses capítulos talvez reflitam a passagem do ensino médio para a faculdade e da faculdade para o primeiro emprego. Talvez seja o capítulo do casamento, seguido pelos capítulos da maternidade ou paternidade, e o de se tornar avô ou avó. Algumas vezes, mesmo depois de uma longa história, ainda pode surgir o capítulo de uma nova carreira!

Novos começos podem ser necessários quando mudamos para um novo local ou para um novo emprego; com a perda de um ente querido, ou quando os filhos deixam o ninho. Em circunstâncias extremas, um novo começo é exigido devido a catástrofes, tais como: enchentes, furacões ou terremotos. Muitas vezes, resistimos a esses novos capítulos e desejamos retroceder para o que já conhecemos e que nos é familiar, ou permanecer exatamente onde estamos.

A Bíblia contém relatos de muitas dessas transições. Por exemplo, José teve uma abundância de capítulos em sua vida, e muitos novos começos. Teve de começar de novo quando foi vendido ao Egito pelos seus irmãos; novamente, quando foi injustamente posto na prisão; e quando lhe foi dado o cargo de governar o país para salvar o povo da fome. Finalmente, ele vivenciou um novo capítulo de vida quando reuniu sua família que veio viver com ele no Egito.

Tal desdobramento de experiências de vida está contido no livro-texto da Ciência Cristã, no qual sua autora, Mary Baker Eddy, escreveu: "Cada fase sucessiva de experiência desenvolve novas perspectivas de bondade e amor divinos". Ela tambêm disse: "Cada ano que passa desenvolve sabedoria, beleza e santidade" (Ciência e Saúde, pp. 66 e 246).

Em realidade, só existe o agora, pois o passado se foi e o futuro é intangível

Portanto, cada novo passo deveria desenvolver mais sabedoria, mais beleza e mais santidade em nossa vida. Por que, então, nem sempre parece ser esse o caso? Porque a "mente carnal" (ver Romanos 8:7), ou seja, a sugestão de que temos mente e vontade próprias, sempre tenta nos fazer viver ou no passado ou no futuro. Qual a solução para isso? Viver no AGORA!

Uma boa maneira de se começar é reconhecendo que a misericórdia e a compaixão de Deus jamais falham e "renovam-se cada manhã" (ver Lamentações 3:23). A cada momento, Deus está derramando luz, alegria, paz e harmonia de Seu próprio ser e essas qualidades são refletidas em cada um de nós.

Em realidade só existe o agora pois o passado se foi e o futuro é intangível. Tudo o que se exige de nós é que oremos: "Pai, o que tendes para eu fazer agora"? É orar por imersão naquilo que a Bíblia denomina "o Espírito Santo", que é a presença do Espírito, Deus, tangível e vibrante. Sentir essa presença nos proporciona "novos motivos, novos propósitos, novos afetos, todos apontando para cima", escreveu Mary Baker Eddy em Miscellaneous Writings 1883-1896, p. 204. Nosso amado Pai-Mãe Deus, que nos proporciona essas novas oportunidades a cada momento, abrirá o caminho para que elas se cumpram. Ele coloca diante de Seus amados filhos portas abertas, não fechadas.

A natureza provê algumas analogias úteis. Por exemplo, cada estágio no desenvolvimento de uma rosa é belo, desde a simetria do pequenino botão, até a glória de seu total desabrochar. Algumas vezes, quando o botão está completamente fechando, não sabemos nem vemos a forma e a cor da flor que está para se abrir, mas nem por um momento duvidamos da inevitabilidade de seu desabrochar e de sua perfeição. Em essência, confiamos na lei que está governando seu desenvolvimento.

Tive de me adaptar a um novo modo de vida

Da mesma maneira, se estivermos dirigindo um carro à noite, os faróis talvez iluminem apenas alguns poucos metros à frente, mas nós não paramos de seguir em frente porque não conseguimos ver além do alcance dos faróis. Continuamos dirigindo e, à medida que avançamos, os faróis vão iluminando o próximo trecho da estrada. Tal como Moisés, podemos ouvir a palavra de Deus dizendo: "Dize aos filhos de Israel que marchem" (Êxodo 14:15). O último verso de um hino de que gosto muito, encoraja-nos ainda mais:

"Pressinto verdes prados,
Que inda não pisei;
Céu limpo antevejo,
Das trevas me livrei.
Me anima a esperança,
Já livre viverei;
Deus guarda meu tesouro,
Com Deus caminharei"
(Hinário da Ciência Cristã, 148).

Esses conceitos foram particularmente proveitosos para mim quando meu marido faleceu e tive de começar um novo capítulo em várias linhas de frente. Além de vender minha casa e ter de me mudar, tive de me adaptar a um novo modo de vida. Precisei estabelecer um novo círculo de amigos, e aprender a lidar com negócios e assuntos financeiros, coisas que nunca havia feito antes. Tambêm tive de me confrontar com a enorme diminuição, tanto no tamanho da minha nova casa, como nas minhas condições de vida, além de me sentir oprimida pela necessidade de deixar um lar tão querido e de ter de dispor de muitas posses.

Certa manhã, cheia de desespero, abri minha Bíblia e meus olhos se depararam com este versículo, que eu nunca havia lido antes: "Não vos preocupeis com coisa alguma dos vossos haveres, porque o melhor de toda a terra do Egito será vosso" (Gênesis 45:20). Instantaneamente, compreendi o fato eterno de que nada em realidade me pertencia; tudo pertence a Deus. Consequentemente, onde quer que eu vivesse, a abundância de Deus sempre estaria me aguardando lá. Podia compartilhar alegremente com os outros tudo o que eu possuía porque não era realmente meu, mas de Deus, e Ele provê a todos os Seus filhos com aquilo que eles necessitam, em todos os momentos.

Com grande alegria encontrei um novo lar para tudo, e a mudança abençoou muitas pessoas. Fiz novas e interessantes amizades, que me trouxeram muita satisfação e provaram ser gratificantes. O resultado de "novas perspectivas de bondade e amor divinos" trouxe grande paz e um senso claro da continuidade do bem. De fato, passei a chamar meu lar de "Novas Perspectivas".

Tudo em nossa vida pode ser visto como uma pedra de tropeço ou como um ponto de partida

É claro que sempre existe uma âncora em nossa vida que jamais muda, nosso vínculo indissolúvel com nosso Pai-Mãe Deus, bem como nossa imutável e permanente identidade como Seus filhos. Os raios de uma roda estão sempre conectados ao eixo e, dessa forma, estão sempre harmoniosamente unidos de forma precisa a todos os outros raios nessa roda. Da mesma forma, estamos ligados a Deus e, portanto, estamos alegres e eternamente conectados com todos os outros filhos de Deus.

O plano de Deus para cada uma de suas amadas ideias já está estabelecido. Inicialmente, alguém talvez possa não discerni-lo plenamente, ou demore um pouco a fazê-lo. Mas o dedo de Deus já escreveu Seu plano perfeito para toda a Sua criação e esse plano é sempre bom. Ele é revelado pelo afeto e ternura do Amor divino. Por conseguinte, à medida que o compreendemos, podemos de modo corajoso e confiante seguir em frente com cada novo passo.

Tudo em nossa vida pode ser visto ou como uma pedra de tropeço, um obstáculo, ou como um ponto de partida; como uma vação ou uma prova da solicitude de Deus. Vamos dar as boas-vindas a cada novo capítulo em nossa vida, como um ponto de partida para um bem maior, em vez de considerá-lo como uma pedra de tropeço, um obstáculo, que achamos que não podemos enfrentar. Vejamos tudo como uma comprovação real do cuidado de Deus por nós, ao invés de um obstáculo intransponível que não podemos enfrentar. Tal como José na Bíblia, confiemos no terno cuidado de Deus por todos os Seus amados filhos, utilizando cada nova circunstância para nos impulsionar ainda mais à frente.

O plano de Deus para cada uma de suas amadas ideias já está estabelecido. Inicialmente, alguém talvez possa não discerni-lo plenamente, ou demore um pouco a fazê-lo. Mas o dedo de Deus já escreveu Seu plano perfeito para toda a Sua criação e esse plano é sempre bom.

Não consigo imaginar um conselho e uma bênção mais adequados para quando iniciamos novos capítulos em nossa vida, do que esta passagem de Ciência e Saúde: "O pensamento calmo e elevado, ou percepção espiritual, está em paz. Assim continua o despontar das idéias, formando cada fase sucessiva de progresso" (p. 506).

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