Logo que minha esposa e eu nos casamos, compramos o apartamento de uns amigos. Lembro-me de que, quando concluímos a compra, eles nos desejaram que fôssemos tão felizes naquele imóvel quanto eles o haviam sido. Realmente, nós nos sentíamos muito abençoados ali, mas com o passar do tempo, veio o desejo de ampliar a família, e, como o espaço era pequeno, decidimos colocar o imóvel à venda para comprar um maior.
Desde a época da compra daquele apartamento, comecei a refletir muito sobre esta definição: "O lar é o lugar mais querido da terra, e deveria ser o centro, mas não o limite, dos afetos" (Ciência e Saúde, p.58). Essa passagem é particularmente interessante para mim, porque, como Cientista Cristão, vejo a moradia como um lar, não simplesmente como um imóvel, mas como o desdobramento do bem que Deus dá para cada um de nós, para suprir as necessidades de habitação.
Antes de colocarmos o apartamento à venda, decidimos procurar outro do tamanho que precisávamos. No início, achávamos que quanto maior o número de apartamentos que conseguíssemos visitar, mais chances teríamos de encontrar um de que gostássemos. Entretanto, essa abordagem provou ser perda de tempo, pois chegamos a visitar muitos imóveis, novos e usados, mas nenhum deles se encaixava nas especificações que precisávamos ou que pudéssemos pagar. Tínhamos a sensação de que faltava algo em todos os apartamentos que visitávamos.
Decidimos, então, volver nossos pensamentos a Deus em busca de orientação. Foi quando nos lembramos de um casal de amigos que tinha um apartamento que se encaixava dentro do que queríamos com relação a valor, espaço e localização. Eles haviam decidido alugar o apartamento, após a falta de êxito na tentativa de vendê-lo. Procuramos nosso amigo e ficamos sabendo que, naquele momento, o contrato de locação estava prestes a terminar. Fizemos uma oferta para comprar o imóvel, e, visto que o inquilino não tinha a intenção de adquiri-lo, pudemos fechar o negócio naquela mesma semana. O valor que tínhamos disponível para o sinal era exatamente o montante necessário para que nosso amigo quitasse o imóvel. Seria preciso esperar três meses para o inquilino desocupar o imóvel, tempo necessário para vendermos nosso apartamento e obter o restante do valor para concluir a transação.
Novamente, voltamos nosso pensamento a Deus em busca de orientação, pois já havíamos comprovado que a oração guia ao caminho certo e faz com que tudo se desdobre de maneira natural.
Oramos com este trecho bíblico: "Eis que eu envio um Anjo adiante de ti, para que te guarde pelo caminho e te leve ao lugar que tenho preparado" (Êxodo 23:20).
Realmente, sentimos que Deus tinha preparado aquele lugar para nós. A Ciência Cristã explica que "anjos" são pensamentos de Deus que vêm ao homem sob a forma de inspiração e nos orientam rumo ao bem a que temos direito. Foi exatamente o que ocorreu conosco: os anjos nos conduziram ao local certo, ao imóvel que supria nossas necessidades.
Outro versículo bíblico que nos inspirou bastante se encontra na carta aos Romanos: "Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (8:28). O propósito de Deus é sempre o de nos abençoar e suprir nossas necessidades.
Queríamos vender nosso apartamento e pagar o restante do valor para fecharmos o negócio, mas também desejávamos que a pessoa que comprasse nosso apartamento fosse tão feliz ali como nós o havíamos sido. Esse é um motivo correto e puro.
Mantivemo-nos em oração até que, alguns dias depois, reencontramos o casal de quem havíamos comprado nosso apartamento. Eles perguntaram se poderíamos mostrá-lo a um primo que estava prestes a se casar. Naquele mesmo dia, esse primo conheceu nosso apartamento e fez uma proposta de compra. Ficamos muito felizes com a oferta e, em seguida, com a venda, pois aquele casal iria iniciar a vida matrimonial naquele apartamento, exatamente como ocorrera comigo e minha esposa, na época em que o compramos. Eles também ficaram alegres com o negócio.
A Ciência Cristã explica que "anjos" são pensamentos de Deus que vêm ao homem sob a forma de inspiração e nos orientam rumo ao bem a que temos direito. Foi exatamente o que ocorreu conosco: os anjos nos conduziram ao local certo, ao imóvel que supria nossas necessidades.
Toda negociação fluiu bem. Percebi claramente que o que abençoa um realmente abençoa todos (ver Ciência e Saúde, p.206), visto que todas as pessoas envolvidas no negócio foram abençoadas: o antigo proprietário do apartamento, seu primo, minha esposa e eu.
Para mim, essa negociação foi uma demonstração de que o bem divino é ilimitado e está sempre disponível a todos. *
 
    
