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ESPIRITUALIDADE E CURA

Uma conversa ampla e abrangente sobre Associações de Alunos de Ciência Cristã sem professores—Parte II

Da edição de fevereiro de 2011 dO Arauto da Ciência Cristã


Atualmente há mais de 180 associações de alunos de Cursos Primários de Ciência Cristã com professores ativos e um número ainda maior de associações (cerca de 220) que continuam a se reunir anualmente, embora seus professores já tenham falecido. O que é necessário para uma associação ser ativa, vital, quando o professor não está mais presente para ensinar e guiar os alunos? Como pode uma associação sem seu professor continuar a promover o crescimento espiritual dos alunos? Podem as associações mudar os aspectos de suas reuniões anuais? Na edição de outubro de 2009 de The Christian Science Journal, os membros de O Conselho de Educação, juntamente com Allison "Skip" Phinney, conversaram sobre as associações de alunos da Ciência Cristã: Por que Mary Baker Eddy as estabeleceu e qual é a missão educacional e sanadora delas no segundo século do movimento da Ciência Cristã?

J. Thomas Black está no cargo de vice-presidente de O Conselho de Educação e é membro de O Conselho de Diretores da Ciência Cristã. Christiane West Little ministrou o mais recente Curso Normal (uma classe ensinada a cada três anos, e que prepara novos professores de Ciência Cristã) e Skip Phinney, que serviu como Presidente de A Igreja Mãe durante o período de 2009-2010, tem feito pesquisas para o Conselho de Educação. Eles conversaram recentemente com o Gerente de Redação do Journal, Warren Bolon. O Arauto publicou a primeira parte dessa conversa na edição de janeiro deste ano. Leia em seguida a segunda parte da entrevista.

Warren: Existe uma terceira razão, à qual nos referimos anteriormente: que os membros de uma associação podem ser mentores uns dos outros, oferecendo suas experiências de cura, suas percepções espirituais e apoio mútuo?

Tom: Certamente. Um Praticista da Ciência Cristã me ligou, há uns dois anos (seu professor havia falecido), e me perguntou se eu podia ser seu mentor. Portanto, tivemos várias conversas sobre a prática. Então, recebi este e-mail dele: "Fui convidado a dar uma palestra para uma associação e, como você sabe, há anos não tenho participado da minha própria associação. Não estou muito seguro se estou pronto para essa experiência. Felizmente, esse é um convite para 2016, e creio que terei tempo para me preparar". Essa informação me forneceu uma visão nova, pois eu o havia convidado para participar da minha associação, quando ele tinha a sua própria associação. Esse acontecimento me deixou em alerta e me fez compreender que, nesse caso particular, eu estava fazendo algo errado. Além disso, ele talvez tivesse de curar algo em seu próprio pensamento a respeito de seu relacionamento com sua associação. Você não pode fazer duas coisas ao mesmo tempo. Você não pode dizer: "Desejo ser um palestrante convidado, mas no caso de minha associação, se houver um palestrante convidado, não quero participar dela".

Warren: Portanto, existe uma ética mais elevada em ação dentro do relacionamento entre um aluno e sua associação, uma ética que precisa ser considerada com frequência, a fim de que se possa manter um senso claro de propósito necessário para se participar de uma associação?

Tom: Claro, e mesmo que seu mentor ache que ter você como visitante na associação dele seja parte do processo de tutela, trata-se de algo a que se deve dar uma atenção criteriosa. Isso não significa que você nunca deva visitar outra associação. De fato, uma consideração cautelosa sobre as circunstâncias individuais de cada caso talvez possa levar a uma visita.

Chris: Compreendo como as falsidades mentalmente projetadas sobre uma associação, sugerindo que esteja decadente, em declínio ou enfraquecida, pode levar alguém a não frequentar sua própria associação. Entretanto, aprendi também que rejeitar essas mentiras por meio de oração inaudível produz resultados. Recebi dois e-mails de convidados que participaram da reunião da minha associação durante vários anos, por achar que sua associação ficava muito distante ou que não tinham recursos para pagar a viagem...

Tom: Eles se dispuseram a voltar para sua própria associação, não é?

Chris: Sim, eles ficaram gratos por terem participado da minha, mas certamente sentiram que deveriam participar de sua própria associação. Essa é a ação do Cristo atraindo-os para a ética correta de uma associação.

Skip: Esse é um despertar que acontece a todos nós.

Tom: Ora, toda vez que aparece uma influência mental negativa que provoca divisão, você pode estar certo de que não é o pensamento dos membros da associação. É uma crença imposta. À medida que os Cientistas Cristãos se conscientizam disso, eles também se conscientizam mais da autoridade absoluta, da vitória e do poder do Espírito Santo, ou Cristo, sobre todas as forças das trevas e do mal. Uma solução espiritual é uma conscientização espiritual do poder e da autoridade de Deus, aquilo com o que os Cientistas Cristãos devem derrotar toda essa crença chamada magnetismo animal malicioso. Se formos fiéis, prevaleceremos. A Ciência divina prevalecerá.

Skip: Isso que você falou, Tom, para mim parece fazer parte desse processo de maturação, desse processo de aprofundamento, no segundo século da Ciência Cristã. É interessante observar que Mary Baker Eddy estimulava as pessoas a se empenharem espiritualmente, da maneira como você está falando, não porque ela estivesse alarmada, mas porque sabia como essa postura é eficaz e poderosa. Lembro-me de que ela certa vez disse em uma carta que a Causa da Ciência Cristã deve ser conduzida mentalmente, da mesma maneira que a conduziríamos em pessoa.

Chris: A organização da associação, portanto, é uma compreensão estruturada do poder da Verdade, uma percepção do poder da Verdade que se aprofunda constantemente.

Skip: E isso é bom, não apenas para os Cientistas Cristãos, mas para toda a humanidade. Uma associação promove elevação de todos os povos. Portanto, ela não é beligerante, mas opera em benefício da humanidade.

Tom: Convém repetir: Não se pode derrotar o mal organizado com o bem esporádico. Os Cientistas Cristãos necessitam ser tão organizados, ou mais, do que as pretensas forças do mal. As associações sem professores desempenham um papel absolutamente insubstituível e vital. Não estamos apenas resistindo; estamos nos organizando para derrotar, para eliminar o erro.

Chris: Para provar a totalidade do poder do Cristo.

Tom: Não estamos em uma condição defensiva. Estamos na condição de ataque ao erro.

Chris: Mary Baker Eddy perguntou: "Que fareis a esse respeito? Mantereis a mesma dedicação em prol da verdade?" (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883—1896, p. 177).

Tom: Trabalhar "com fervor pela verdade" é algo que os Cientistas Cristãos podem fazer. À medida que os membros das associações sem professores se apoiarem mutuamente, estiverem conscientizados de sua oportunidade de amar uns aos outros e de apoiar suas igrejas filiais, descobriremos que, quer um professor esteja presente ou não, o ensinamento está ali. O ensinamento é o Espírito Santo. É o Cristo, a mensagem da Ciência divina. É a revelação final da cura espiritual absoluta, divina. Não existe nenhum propósito maior do que esse. À medida que as associações sem professores permanecem vitais, cuidando de seus próprios interesses, elas se tornam parte do fermento ativo na consciência humana, que opera de forma invisível mesmo que não reconhecida.

Skip: Elas mudam o equilíbrio do pensamento humano.

Tom: Você colocou isso de modo magnífico. Mary Baker Eddy diz: "O 'cicio tranquilo e suave' do pensamento científico se estende sobre continentes e oceanos, até às extremidades mais remotas do globo" (Ciência e Saúde, p.559). As associações sem professores se constituem em uma parte vital desse processo de estender-se de forma silenciosa, amorosa e eficaz "sobre continentes e oceanos, até às extremidades mais remotas do globo". Portanto, quando as associações sem professores estão em vigor, em atividade e reconhecendo sua missão como parte essencial do fermento, elas tendem a perceber que são mais que uma atividade social. Elas representam o trabalho mais importante do mundo.

Chris: Ciência e Saúde também diz: "Um Cientista Cristão ocupa na atualidade o lugar [talvez possamos dizer que uma associação de alunos de Ciência Cristã também ocupe esse lugar] de que Jesus falava a seus discípulos, quando disse: 'Vós sois o sal da terra'. 'Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte'" (p. 367). É isso que acende a chama que o Skip trouxe à baila no começo. Alguém ontem falou sobre a reunião de sua associação como sentindo que seus pés foram colocados sobre o fogo.

Tom: Não apenas para aquecê-los!

Chris: Não, para mantê-los em movimento!

Warren: Tal como no "movimento da Ciência Cristã"? Esse movimento contínuo de pensamento e progresso espiritual, da associação individual e coletiva?

Chris: Sim, porque: "o progresso é a lei de Deus" (Ciência e Saúde, p.233).

Skip: Algumas vezes, costumamos pensar em termos da organização da Ciência Cristã, mas, quando recuamos mentalmente para ver melhor, percebemos um sistema educacional, conforme a Chris mencionou anteriormente. Porque a intenção de Mary Baker Eddy era que cada passo da organização tivesse um propósito educacional. A razão para tudo isso é muito clara: Existe uma necessidade de substituir um senso material de educação pela luz espiritual genuína, a compreensão, pela educação que veio com a descoberta da Ciência Cristã. Entretanto, Mary Baker Eddy não parou aí. Ela disse que essa educação deveria continuar, realmente em uma base diária, a fim de se elevar acima de um estruturado senso material do ser que assalta a todos nós, quer sejamos Cientistas Cristãos ou não.

Tom: O sistema educacional da Ciência Cristã quase que pode ser considerado como uma oposição à pressão educacional da má prática mental do mundo, não? As pretensas forças do mal estão determinadas a dominar a consciência humana, a fim de que sua teoria da superioridade da matéria possa dominá-la. Entretanto, Jesus veio "para que tenham vida e a tenham em abundância" (João 10:10). Temos a solução completa e correta e essa solução se manifesta por meio de um processo educacional.

Chris: Mary Baker Eddy descobriu a Ciência e aprofundou-a, disse ela, por meio da revelação, da razão e da demonstração (ver Ciência e Saúde, p.109) e, então, vem a necessidade de viver o que estamos aprendendo. Essa Ciência não se trata de uma bela teoria; ela é uma maneira de viver cada vez mais próximo de Deus, das leis divinas da Vida, da Verdade e do Amor.

Tom: Se uma associação se dissolveu, recentemente ou no passado, estariam seus membros em liberdade para se reunirem e reconstituírem essa associação? Para nós do Conselho de Educação parece que os membros estão livres para fazer isso, porque uma associação é uma ideia perpétua, uma ideia da Mente divina. Ela não é apenas uma simples organização humana. Portanto, os membros podem se reconstituir em uma associação e reunir os alunos daquele professor, dispostos a fazêlo, para reivindicar essa associação como parte vital da Igreja de Cristo, Cientista, funcionando para apoiar uns aos outros, mediante essa forma única que as associações sem professores têm o privilégio de atuar.

Chris: E com o propósito de crescimento espiritual e cura, não apenas com um propósito social.

Tom: O que dizer sobre as finanças? Digamos que uma associação sem professor chegue ao ponto em que eles não tenham mais nenhum recurso financeiro. A fim de prepararem uma reunião, eles precisam alugar um local, não?

Skip: Talvez não. Deve haver inúmeras soluções. Não existe nenhum problema sem solução. Poderia bem ser que algo menos tradicional servisse, até mesmo a sala de estar da casa de alguém.

Tom: Ou a Escola Dominical de uma igreja. O que ocorre se não houver dinheiro para pagar um palestrante convidado ou suas despesas de viagem?

Skip: Talvez possam encontrar um ótimo palestrante dentro da associação, alguém que não tenha de viajar ou mesmo alguém que não dependa muito de honorários. Em alguns países, isso é especialmente importante. Uma associação mais antiga talvez não acredite que tenha os fundos necessários para financiar alguém que venha de longe.

Warren: Ese um professor tiver deixado instruções, oralmente ou por escrito, acera de como uma associação deva ser conduzida?

Skip: É muito difícil fazer valer sua vontade ou estabelecê-la para o futuro, porque o mundo muda continuamente. Poderá haver necessidades que não foram prontamente previstas na ocasião. Portanto, faz parte da associação se manter à altura dos tempos.

Chris: Existe a necessidade de manter nossa inspiração sempre renovada, viçosa, exatamente como não repetimos a mesma oração a cada dia em nossos tratamentos. A mente humana tem uma tendência de cair na rotina: "Faremos a reunião de negócios pela manhã e, em seguida, teremos o intervalo para o almoço em tal horário". Percebi que minha própria carta de convocação para a associação tem sido muito semelhante ao longo dos anos. Precisamos reconhecer que as misericórdias de Deus são novas a cada dia, repletas de nova inspiração. Gosto do pensamento de Jesus transformando a água em vinho, ou seja, convertendo a atividade rotineira na inspiração do desenvolvimento e do crescimento espiritual.

Skip: Algumas vezes, desenvolvemos pequenos rituais que fazem com que as pessoas se sintam cômodas e achem que estão sendo corretas. Entretanto, podemos descobrir coisas novas que nos fazem sair dessas zonas de conforto e encontrar novas maneiras de fazer as coisas, as quais são exatamente tão corretas e, às vezes, mais inspiradas.

Warren: Qual é o próximo passo após a reunião com os secretários e membros da diretoria das associações da área de Boston?

Skip: Vamos conduzir teleconferências com todas as associações sem professores, de língua inglesa.

Tom: Existem cerca de 220 associações sem professores, portanto, esse é um grande projeto, com um grande propósito: ajudar a revitalizar e a enfocar novamente as associações sem professores, para que possam cumprir com seu propósito de dinamismo. O Conselho de Educação apoia as associações sem professores mediante esse processo, que começa exatamente agora. Esperamos receber suas ideias, como também suas perguntas.

Skip: Esperamos que assim surjam novas ideias que possam ser compartilhadas com as várias associações.

Tom: Quando as associações devem se dissolver? Ao alcançarem um determinado tamanho numérico? Em que ponto seria prudente se dissolver?

Skip: Não acho que possamos nos guiar pelos números. Em alguns casos, há apenas poucas pessoas em uma associação e alguns talvez pensem: "ora, somos tão poucos que temos de nos dissolver". Mas, em um determinado caso, os membros de uma associação descobriram que foram inspirados a continuar por mais dez anos. Portanto, não creio que apenas os números possam nos dizer quando dar esse passo.

Tom: Talvez a questão seja a de que eles devem se dissolver, quando o profundo propósito da associação possa ser melhor alcançado por outros meios, ou seja, que a espiritualidade dos membros possa ser alcançada e preservada por intermédio de alguma outra atividade legítima da igreja.

Chris: É realmente semelhante à pergunta: "Por quanto tempo devo ser ativo na igreja"? Podemos decidir a nunca parar de crescer espiritualmente. Como você mencionou, Tom, a ideia espiritual da associação está sempre aqui. Uma pessoa é sempre membro de uma associação, mesmo que essa pessoa não a tenha frequentado durante muitos anos. Um membro de uma associação trouxe à baila ontem que eles ligam para aqueles que não comparecem à reunião anual da associação só para se certificarem de que estão bem. Não para perguntar: "Por que você não veio"? Mas para dizer: "Sentimos sua falta ontem".

Tom: "O que podemos fazer para ajudar?"

Chris: É um chamado amoroso, do tipo "amamos você". *

Para entrar em contato com o Conselho de Educação, escreva para o e-mail: BoardOfEducation@csps.com ou ligue para +1617-450-3662 (eminglês). O endereço postal do Conselho de Educação é: 210 Massachusetts Avenue, P07-10, Boston, Massachusetts, 02115, EUA.

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