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Uma conversa com o Tesoureiro sobre as finanças da Igreja

Da edição de fevereiro de 2011 dO Arauto da Ciência Cristã


Em uma recente conversa com o Tesoureiro da Igreja, Ned Odegaard, o Redator do Journal, Warren Bolon, observou que os membros veem um panorama financeiro que é consistente com os recentes anos anteriores. A conversa começou com a pergunta: Qual é o panorama financeiro da Igreja?

Ned Odegaard: A situação financeira atual da Igreja é de estabilidade e robustez e isso é algo pelo qual somos muito gratos. Acho que as questões subjacentes aqui são: Qual é o nível apropriado de fundos para a Igreja? Está o nível atual além do que é apropriado?

De acordo com minha perspectiva, o nível apropriado de fundos tem a ver com o modelo financeiro básico para a Igreja, e que provavelmente seja similar ao que a maioria de nós enfrenta como pessoa física. Primeiro, necessitamos de receita para satisfazer nosso nível de gastos. Segundo, é óbvio que, se uma quantia maior ou menor está entrando do que está saindo, então nosso nível de poupança está aumentando ou diminuindo.

Esses fatores, receita, despesas e o nível de poupança, representam as três pernas que sustentam uma banqueta. Tentamos nos organizar para que a Igreja possa saldar suas obrigações financeiras correntes, de uma maneira muito ordenada. Entretanto, estamos também tentando olhar para a frente com sabedoria e identificar da melhor forma as possíveis mudanças na receita que entra para a Igreja, bem como as possíveis mudanças nas despesas. Essas mudanças nos gastos podem ser aquelas pelas quais o Conselho de Diretores da Ciência Cristã vai optar ou podem ser mudanças que, até certo ponto, são ocasionadas por fatores externos. Um dos princípios básicos na gestão financeira é tentar evitar surpresas que forcem um rearranjo significativo ou, algumas vezes, radical, das nossas atividades atuais, em uma situação de crise imprevisível.

Receita e o número de membros

Poderíamos dar uma olhada na atual despesa anual, que está um pouco acima de $100 milhões de dólares, e dizer que um total de fundos equivalente a cinco vezes os gastos correntes, quase $500 milhões de dólares, provavelmente seja adequado, talvez um pouco mais do que adequado. Precisamos, contudo, levar em conta que, em primeiro lugar, dois terços dos ativos de A Igreja Mãe estão em fundos restritos que somente podem ser usados para propósitos definidos. Em segundo lugar, se olharmos para possíveis quedas na receita, em parte causadas por condições incertas nos mercados e em parte pelo declínio no número de membros, então, dentro de poucos anos, caso permanecêssemos com os gastos atuais, esse nível de fundos talvez possa não ser suficiente. Tentamos equilibrar tanto aquilo que é um gasto apropriado, sob o ponto de vista da receita, quanto aquilo que constitui um nível de fundos apropriado.

Do ponto de vista da gestão de negócios, não seria sábio esperar que os mercados financeiros, ao longo das próximas décadas, permaneçam tão favoráveis como o foram ao longo das últimas décadas. Houve períodos no passado em que ajustes rápidos e significativos foram necessários para reduzir as despesas, devido a mudanças nos mercados e ao baixo nível dos fundos da Igreja. Aprendemos que, quando esses eventos ocorrem, eles nos fazem desviar do foco que precisamos manter na missão sanadora da Igreja.

Uma das lições a serem extraídas é que o dinheiro precisa permanecer em seu papel de servo, não de senhor. Quando as finanças da Igreja se tornam o tópico número um, isso, em geral, não é construtivo. O Artigo 24 no Manual da Igreja tem muito a dizer sobre a função do Tesoureiro, portanto, é um dos artigos ao qual tenho dedicado muito tempo. Continuo a me surpreender diante da extensão e do detalhamento das várias exigências de Mary Baker Eddy, constantes desse Artigo. Ela não confia só na consciência humana. Ela claramente acredita que a conduta humana necessita de assistência, de marcos orientadores, por assim dizer.

Como os membros podem orar

A Igreja que Mary Baker Eddy fundou é indestrutível. Ela tem um propósito sagrado que será cumprido, ou seja, ela desempenha um papel chave na espiritualização completa de todo o pensamento humano. Os membros podem nos dar seu apoio, orando para que os dignitários, como também os próprios membros, sejam todos guiados por uma única Mente divina, que tudo sabe, tudo vê, que é oniativa, todo-amorosa, todo-sábia. Além disso, negar especificamente o argumento falso do magnetismo animal de que exista um poder ou força que se opõe a essa revelação de Igreja e que Deus outorgou a Mary Baker Eddy. Os desafios que surgem nas igrejas filiais e aqui em A Igreja Mãe, na superfície, parecem ou problemas financeiros ou do quadro de membros. Entretanto, eles são, na verdade, tentativas para desacreditar, frustrar, minar ou negar a revelação de Mary Baker Eddy. Todos eles são pretensões de que a Igreja que ela fundou não pode ter êxito, ou seja, de que é uma bela ideia, mas que seus seguidores não serão bem sucedidos. Nós todos precisamos estar diariamente ativos em nossas orações, negando vigorosamente qualquer poder a esse conjunto de pretensões.

Há mais ou menos seis anos, o Conselho sentiu que precisava, na ocasião, reduzir urgentemente os gastos e, em um período de um ano, cortou os gastos pela metade, para cerca de $100 milhões de dólares. O Conselho continua a controlar o nível apropriado de gastos para o futuro.

As atividades imobiliárias e a Sociedade Editora gastam atualmente muito mais do que arrecadam, e esse valor é muito significativo. O Conselho tem trabalhado com uma equipe para cada uma dessas áreas e o trabalho da equipe da Sociedade Editora, começa com o Conselho de Fideicomissários. O objetivo dessas equipes tem sido o de trazer o gasto, o mais próximo possível, em linha com a receita. Com relação à Sociedade Editora, existem elementos em sua Escritura de Fideicomisso que sugerem que os gastos devem estar em linha com a receita, não apenas como uma necessidade financeira, mas como um elemento subjacente à sua missão, e que prova sua eficácia. Existem atualmente planos apropriados de longo prazo, os quais têm o objetivo de eliminar o déficit de gastos nessas duas áreas. Um terceiro componente nos gastos gerais da Igreja se refere a atividades que não são de caráter imobiliário e de publicação. O Conselho está também controlando o nível correto de gastos nessas atividades.

Dois caminhos novos e melhores

Um foi a mudança da edição diária do The Christian Science Monitor para semanal. Fica muito claro agora que as novas versões do Monitor—a edição semanal impressa, o produto diário online, e assim por diante—são altamente respeitados. A outra novidade que me vem à mente é a mudança de todos os funcionários do edifício da Administração, do edifício Colonnade, e de alguns que já estavam na Casa Editora, para escritórios reformados na própria Casa Editora.

Embora seja o Conselho de Diretores, e não o Tesoureiro, que conduz os negócios da Igreja, sinto que o fato de o Conselho estar reconsiderando o caminho que estamos trilhando não é apenas uma linha de pensamento financeiro. Nem é tampouco uma linha de pensamento de "encolhimento". O domínio não significa encolher-se. Além disso, o crescimento não envolve necessariamente gastar grandes somas. A Ciência Cristã, como a revelação final, não está incompleta, portanto, somos capazes de evitar grandes gastos. Talvez pareça que necessitamos apenas mudar a natureza de nossa disposição de fazer isso.

Apoio à igreja única

Nós realmente temos interesse em cumprir com os papéis que o Manual exige de nós e nos sentimos à vontade para compartilhar perspectivas que achamos de utilidade. Esta é uma dessas perspectivas: A Igreja Mãe é única, mesmo entre outras organizações do Manual, que significam as igrejas filiais (ver Artigo 23, 3°, "A Igreja Mãe é única", p.71). Nós realmente nos sentimos à vontade para realçar a própria visão que Mary Baker Eddy tinha de que sua Igreja não é apenas uma entre várias organizações de utilidade. Ela é absolutamente única e é central para a salvação da humanidade. Ela somente terá nosso apoio apropriado se tiver nosso amor total.

O Manual provê orientação e apoio para nossas orações. Entretanto, realmente temos de fazê-lo de forma individual. O assunto acerca do domínio financeiro é um que interessava muito a Mary Baker Eddy. A Igreja é uma demonstração coletiva. Ela não é apenas a demonstração do Conselho de Diretores. Ela é constituída por todos nós e é, até certo ponto, a soma de todas as nossas demonstrações individuais.

Outra maneira de ver a exigência da "per capita" é que Mary Baker Eddy estipula que os membros abordem conscientemente a questão do apoio financeiro para A Igreja Mãe, pelo menos uma vez por ano. Ela nos impede de nos desconectarmos financeiramente. Com uma provisão similar do Manual, acho que ela impede os membros de se desengajarem ou se desconectarem com relação a fazer assinaturas para os periódicos da Ciência Cristã (ver Artigo 8°, 14, "Periódicos da Igreja", p.44).

Os membros e dignitários do Conselho, e todos os nossos colegas aqui, são extremamente gratos pelas contribuições dos membros para a Igreja. Essa generosidade e consistência de apoio precisam continuar. Necessitamos estar alerta para a sugestão de que: "A Igreja Mãe tem muito dinheiro, portanto, posso diminuir meu apoio à Igreja...". O amor que cada membro tem por esta Igreja é evidente. Nós o sentimos aqui. Nós o vemos e o sentimos financeiramente, também.

Leia o texto completo acessando nosso site na Internet: www.arautocienciacrista.com

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