Conhecemos muito bem a história. Não admira que tenha sido contada e recontada em sermão e canção, bem como no cinema com todos os efeitos especiais que Hollywood tem a oferecer. Seu incrível impacto nos enternece de muitas maneiras. Ouvir o "Messias", de Händel, durante a Páscoa, é um poderoso lembrete da jubilosa história do nascimento virginal de Jesus, e de um evento correspondente, a ressurreição. Dois marcos da mortalidade, o nascimento e a morte, são anulados pela vida de Jesus de Nazaré.
Lembro-me, como estudante de música, de que me deleitava com a genialidade de Bach em "Paixão de São Mateus", mas sentia-me espiritualmente ludibriada porque sua releitura dos acontecimentos acabava na cruz. Desejava ouvir a música ainda mais gloriosa, que eu tinha certeza de que ele teria escrito, se tivesse concluído a história com a vitória sobre o túmulo, a pedra sendo rolada, o assombro no coração de Maria quando sussurrou: "...Rabôni! (que quer dizer Mestre)" (João 20:16) e, em seguida, Pedro se lançando ao mar para ser o primeiro a chegar para a refeição matinal com seu Mestre ressuscitado. Mas claro que isso tornaria o concerto muito extenso.
Ao longo dos anos, também fiquei imaginando se a Paixão não teria terminado da forma como Bach a compôs porque a crucificação de Jesus é mais crível para a mente humana do que sua ressurreição. A maioria acreditava que a crucificação era o fim. Não foi senão até que o Espírito Santo despertasse os discípulos e aqueles à sua volta para o que realmente havia acontecido: que o poder do Cristo começou a operar na consciência humana (ver Atos, capítulo 2). A partir daí, as pessoas começaram a ouvir e a acreditar em seu jubiloso testemunho: "Cristo ressuscitou!", e a aceitar suas implicações surpreendentes para o mundo inteiro.
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