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Esperança fundamentada no poder de Deus

Da edição de abril de 2011 dO Arauto da Ciência Cristã


O mundo contemporâneo está assolado por tantas dificuladades que, às vezes, as circunstâncias parecem desesperadoras. Entre elas, destacam-se a implacável guerra no Afeganistão, as ameaças nucleares do Irã, a incerteza a respeito da retomada do crescimento econômico dos Estados Unidos e outros países em crise, os desastres da natureza, tais como as enchentes no Paquistão, Brasil, Austrália e o tsunami no Japão. Também as questões pessoais talvez pareçam sem esperança: doenças, cura demorada, medo do envelhecimento e do declínio mental, perda da casa própria ou da renda.

As instituições humanas frequentemente são úteis em promover uma perspectiva melhor, mas algo mais profundo é necessário, se desejarmos alcançar uma esperança permanente, sólida como uma rocha. Mary Baker Eddy captou esse anseio quando escreveu estas maravilhosas palavras: "O Amor divino é nossa esperança, força e escudo. Não temos nada a temer quando o Amor está ao leme do pensamento, ao contrário, temos tudo para nos regozijar na terra e no céu" (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883-1896, p. 113).

Esse não é meramente um comentário filosófico confortador, conforme comprovam e trazem à luz os inúmeros exemplos na Bíblia de que o Amor divino, Deus, está em ação.

Quando consideramos as poderosas muralhas de Jericó estritamente a partir do ponto de vista da lógica humana, não há nenhuma razão para alguém esperar que elas ruíssem completamente apenas por terem sido rodeadas 13 vezes e pelo subsequente toque de trombetas. A Bíblia não nos diz se os israelitas, que protagonizaram essa experiência, queixaram-se por ter de desempenhar essa tarefa ou duvidaram da sua eficácia, como costumavam fazer. Mas eles realmente obedeceram à inspiração que veio ao seu líder Josué. Consequentemente, por meio da obediência deles a essa orientação divina, as muralhas vieram abaixo (Josué 6:1-20).

Nesse relato, existe uma mensagem de esperança para nossos tempos. As muralhas de hoje, seja qual for a forma que elas assumam, realmente ruem. Como o Salmista o coloca: "Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu" (Salmos 42:11). Nem sempre é fácil confiar na inspiração que provém da esperança, mas ela é verdadeiramente a distância mais curta entre o medo e a confiança renovada, a dor e a cura.

Esperança envolve recusa em aceitar as condições como elas possam parecer, ou seja, imutáveis, arrasadoras. É a convicção de que exatamente onde as muralhas parecem altas demais e a escuridão profunda está a presença demonstrável de Deus, o Princípio divino, o Amor. A descoberta da Ciência Cristã por Mary Baker Eddy, a qual ela algumas vezes chamava de "metafísica divina", apresenta a lei divina que pode ser aprendida, praticada e na qual podemos confiar diante de qualquer problema. É a lei da esperança demonstrável e da fruição espiritual. Ela remove o medo, nos dá forças e cura os corações.

Sob essa lei, as muralhas vêm abaixo, removendo a crença na materialidade como real e decisiva, quer estejamos enfrentando desemprego, saúde declinante, medo por um ente querido ou desastre econômico. A esperança em Deus volve o pensamento rumo à natureza espiritual que Ele outorgou a cada um de nós e insiste em que esta é uma realidade demonstrável. A crescente convicção de que Deus realmente atende à oração, mesmo que de maneiras que não esperamos, abrirá o caminho para as soluções. A necessidade é seguir em frente com a compreensão de que, sob os cuidados de Deus, não existem muralhas que impeçam o progresso e o crescimento.

Existem ocasiões, talvezem face de doenças terminais ou outras dificuldades extremas, em que a esperança parece impossível. Mary Baker Eddy reagiu a essas ocasiões em sua obra de cura. Com base em sua própria confiança na Verdade, ela escreveu: "A materia medica diz: 'Não posso fazer mais nada. Fiz tudo que podia ser feito... Não existe mais qualquer razão para esperança.' Então a metafísica entra em cena, armada com o poder do Espírito, não da matéria, assume o caso cheia de esperança e constrói sobre a pedra que os construtores rejeitaram, e tem êxito" (Miscellaneous Writings 1883—1896, p.5).

A vida de Jesus oferece o maior exemplo, que sustenta realizações despretenciosas e um progresso maior na cura. As autoridades religiosas e políticas com certeza acharam que seu trabalho fora completado quando conseguiram colocá-lo em um túmulo, tendo antes o lado de seu corpo sido transpassado por uma lança (ver João 19:34). Uma enorme pedra e guardas armados contribuíram para a sua sensação de vitória.

Quem poderia esperar que, sob tais condições, Jesus pudesse se levantar de novo e, até mesmo, abrir a tumba? Entretanto, por intermédio de sua compreensão espiritual e obediência a Deus, Cristo Jesus realmente ressuscitou; e as mulheres que foram ao túmulo para ungir seu corpo encontraram, em vez disso, o Cristo vivo (ver Mateus 28:9).

As muralhas da idade, da dúvida, da solidão e de outras condições negativas talvez digam que Jesus foi especial e excepcional, e ele realmente foi. Entretanto, ele prometeu que nós faríamos as mesmas obras, e maiores até. Essa promessa do Mestre cristão é para cada um de nós e ela pode potencializar nossas esperanças, até mesmo em meio ao desespero. Não importa quem somos ou onde estamos, nós fomos criados para perceber essa esperança, que não morrerá e que sabe que nosso Pai e Mãe, Deus, está exatamente junto a nós. Essa é a esperança que derruba muralhas, remove montanhas e cura o coração. É a esperança na qual podemos confiar.

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