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REFLEXÃO

Uma visão elevada dos povos e suas culturas

Da edição de abril de 2011 dO Arauto da Ciência Cristã


Na minha época de estudante universitária, Portugal era um país fechado ao exterior, governado por um regime não democrático e sem muitas oportunidades de trabalho para mulheres que desejassem fazer carreira em relações internacionais. Entretanto, esse quadro mudou enquanto eu cursava o último ano de licenciatura em Economia.

Portugal é hoje um país democrático, membro da União Europeia e do Conselho da Europa. Também é membro de pleno direito das Nações Unidas, tendo recentemente sido eleito para o seu Conselho de Segurança.

Meu desejo de trabalhar na área das relações internacionais cumpriu-se após ter terminado a licenciatura em Economia, pois logo em seguida tive a oportunidade de fazer dois estágios internacionais, um em uma grande multinacional em Paris, França, e outro na Comissão das Comunidade Europeias, em Bruxelas, na Bélgica.

Esse foi o princípio de uma carreira no Ministério do Comércio Externo e, a partir daí, muitas têm sido as deslocações que tenho efetuado na Europa e noutros continentes.

A diferença de culturas causa dificuldades de comunicação, que às vezes podem ser embaraçosas. Por exemplo, mesmo sendo uma viajante experiente, para mim foi uma experiência aterradora chegar a um país cuja língua desconhecia e descobrir que o serviço de táxis era partilhado.

Situações como essa levaramme, naturalmente, a procurar inspiração na Bíblia e em Ciência e Saúde. Com frequência, encontro a resposta que procuro na Lição Bíblica Semanal, como certa vez em que fiquei sem avião em Rabat, Marrocos, para regressar a Lisboa, sem que a companhia aérea assumisse qualquer responsabilidade.

Antes de saber o que fazer, sentei-me a ler a Lição na única sala do aeroporto, a qual parecia mais um hangar que outra coisa. Esta passagem me inspirou: "Quereis dar ordens acerca dos meus filhos e acerca das obras de minhas mãos? Eu fiz a terra e criei nela o homem ... todos os seus caminhos endireitarei..." (Isaías 45:11-13). Essa compreensão de minha unidade com o único Criador, meu e de todos os demais homens e mulheres, deu-me a tranquilidade para telefonar à empresa que nos assegurara o transporte durante a conferência. Então, regressei ao hotel onde permanecera nos dias anteriores e voltei ao aeroporto na madrugada seguinte para iniciar o voo de regresso.

Há muitos anos, tive de viajar por três vezes em um período muito curto a um país do Sul da Europa, próximo ao Oriente Médio. Tudo era diferente do que eu estava habituada; eu não compreendia o idioma e embora estivesse em um hotel de qualidade superior, em termos formais, os padrões de limpeza do hotel não coincidiam com os meus.

A compreensão de minha unidade com o único Criador, meu e de todos os demais homens e mulheres, deu-me tranquilidade.

Minha animosidade para com esse país e seu povo cresceu a tal ponto que percebi a necessidade de orar para curar esse sentimento nocivo. Ao fazê-lo, tive a inspiração de procurar ao menos um motivo que revelasse o Amor infinito, a constante presença do bem. Para isso, orei com os significados de Deus, que se encontram na página 465 de Ciência e Saúde, e apliquei cada um deles a aspectos específicos do país. Apercebi-me, então, que sendo um país historicamente muito pobre, sua população tinha desenvolvido formas extraordinárias de confeccionar pratos culinários maravilhosos, com ingredientes muito simples, reveladores de uma agricultura de subsistência, mas que traduziam o enorme amor pela família e pela convivência, inclusive com estranhos como eu.

A partir daquele momento, pude aperceber-me dos sinais da presença de Deus e posso dizer que genuinamente descobri muitos motivos para apreciar o país e voltar com alegria. Ousei mesmo passear sozinha de autocarro para conhecer suas maravilhas naturais e antigos monumentos, inclusive bíblicos.

Agora, quando viajo para um país onde nunca estive, cuja língua desconheço e cujas tradições são muito diferentes das minhas, oro especificamente para reconhecer a presença de Deus e ver:

• a inteligência divina se manifestando no uso dos recursos naturais;

• o Princípio que governa a forma como as populações organizam o seu dia a dia;

• a Mente que as inspira em seu empreendedorismo, apercebido nos mercados de rua e nos artífices que vendem seus produtos aos turistas;

• a Verdade nas relações que continuamente se estabelecem e que não permite estratagemas ardilosos para enganar os forasteiros;

• a Vida se manifestando na pujança da flora;

• o Amor que as famílias expressam pelas crianças e idosos;

• a Alma que permeia tudo e todos pela forma como a espiritualidade inerente a todos os homens e mulheres se manifesta.

Por isso, quer minha próxima viagem me leve à Geórgia, na Ásia, ou a uma cidade europeia onde já me sinta em casa, estou confiante, porque sei que tal como uma criança expectante de mãos dadas com seu Pai-Mãe-Deus, também encontrarei muitos motivos para descobrir as manifestações do Amor sempre presente.

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