Há alguns anos, tinha programado com alguns amigos fazer uma viagem de carro para Curitiba, no Paraná, a fim de participar de um encontro com outros Cientistas Cristãos para conhecer um pouco da história da Ciência Cristã no Brasil. Estava bastante animada com a viagem.
Tínhamos planejado ir com meu carro, e eu iria dirigindo. Entretanto, próximo à data marcada, ocorreu um acidente comigo enquanto lavava a louça do almoço. Uma travessa de vidro escorregou das minhas mãos e, ao tocar no chão, um caco caiu em cima do meu pé, provocando um corte bem profundo. Percebi que havia duas formas de tratar o ocorrido. Uma seria me dirigir ao pronto-socorro, que ficava próximo à minha casa; outra seria recorrer a um tratamento pela oração, como aprendera em meus estudos da Ciência Cristã.
Como já obtive muitas provas da eficácia do poder sanador de Deus, optei por me tratar pela oração. Sabia também que, se eu fosse para o hospital, o tratamento talvez exigisse repouso, o que atrapalharia a viagem tão desejada.
Comecei minha oração afirmando que no reino de Deus não acontece nada que possa nos prejudicar. Também reforcei meu entendimento de que nada poderia impedir a realização de um propósito bom, como uma viagem que abençoaria a mim e aqueles que iriam de carona comigo.
Naquele momento, veio-me à mente esta passagem de Ciência e Saúde: "Os acidentes são desconhecidos a Deus, a Mente imortal, e precisamos abandonar a base mortal da crença e unir-nos à Mente única, a fim de substituir a noção de acaso pelo conceito apropriado acerca da direção infalível de Deus, e assim trazer à luz a harmonia. Sob a Providência divina não pode haver acidentes, porquanto na perfeição não há lugar para a imperfeição" (p. 424). Compreendi que, como reflexo de Deus, apenas a harmonia faz parte da minha experiência, e nada pode alterar essa realidade espiritual. Além disso, se os acidentes são desconhecidos para Deus, o bem inalterável, é impossível que existam sequelas, como um ferimento.
Essas ideias me fortaleceram. Aos poucos, acalmei meus pensamentos e consegui domínio da situação. Para evitar olhar para o pé, lavei-o e o cobri com um curativo (sem medicamentos).
Desviar meu pensamento de uma base material e me concentrar na realidade espiritual trouxeram-me muita tranquilidade e a certeza de que estava tudo bem. Algumas horas depois, adormeci.
Na manhã seguinte, apesar de o corte ainda não ter cicatrizado, percebi, ao colocar o pé no chão, que já não sentia mais dores e podia caminhar sem maiores dificuldades. Então, decidi concluir os preparativos para a viagem e seguir de carro até Curitiba. Consegui calçar sandálias e dirigir durante duas horas, de maneira tranquila e sem desconforto, até a cidade em que meus amigos moram. Um deles se prontificou a conduzir o carro até Curitiba.
Após o retorno da viagem, a lesão já não sangrava e eu apenas trocava o curativo após o banho. Durante as três semanas seguintes, continuei a orar e, nesse período, podia usar sandálias sem que o ferimento me incomodasse. Ao término desse período, o corte fechou, ficando apenas uma leve cicatriz.
Essa experiência me marcou muito, pois mostrou que não podem haver limites ou obstáculos para que a harmonia divina se manifeste. Com os ensinamentos da Ciência Cristã, aprendi a recorrer a Deus de maneira confiante em todos os momentos. É sempre uma alegria comprovar a eficácia da oração!
 
    
