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UMA IGREJA VIVA

Você sente-se 'satisfeito' na igreja?

Da edição de março de 2012 dO Arauto da Ciência Cristã

The Christian Science Journal


Depois de assistir a alguns comerciais recentes sobre colchões na TV, cheguei à conclusão de que muitas pessoas hoje em dia não somente esperam que um novo colchão cure seus problemas de coluna, mas também culpam o velho colchão por causar problemas físicos. Gastam muito tempo procurando um novo colchão que possa lhes proporcionar uma boa noite de descanso, com um sono tranquilo, ou pesquisam maneiras e métodos para melhorar seu atual colchão, com o uso de travesseiros ou almofadas ergonómicos, na busca por mais conforto. Isso me levou a pensar sobre a forma como olhamos para a nossa experiência na igreja filial.

Parece que quando alguns membros têm uma divergência com relação à igreja ou têm um problema de relacionamento com um ou vários membros da igreja, assim como aqueles que buscam pelo colchão perfeito, esses membros também desejam mudar a igreja. Isso pode tomar forma no desejo de deixar a igreja filial e encontrar outra igreja, mais adequada às suas necessidades, ou de persistir na procura de inúmeras maneiras de mudar a igreja filial, em busca de mais “conforto”. Talvez, até mesmo considerar que outros membros da igreja estão causando o desconforto (não muito diferente da pessoa com um problema na coluna, a qual diz que aqueles que confeccionaram seu colchão, na fábrica, são os responsáveis por esse problema).

Como um amigo recentemente mencionou para mim, nós não precisamos procurar maneiras para nos sentir “satisfeitos” na igreja, mas encontrar mais e melhores formas de glorificar o Consolador! Esse Consolador é a Ciência divina, o cuidado, a ternura do Pai-Mãe, o Amor manifestado. Quando nós, como membros, compreendermos a definição ampla de Igreja como “a estrutura da Verdade e do Amor” (Ciência e Saúde, p. 583), não existirá nada que possa prejudicar nossa experiência e nossa demonstração do verdadeiro conforto e paz em todas as atividades da igreja filial. Dessa forma, Deus, o Amor, estará sendo expresso continuamente. Algumas vezes, só precisamos reconhecer o Amor, vê-lo e ser como ele.

Um exemplo disso aconteceu quando meu marido e eu nos afastamos da Ciência Cristã durante nosso primeiro ano de casamento. Continuamos a frequentar algumas poucas vezes durante o ano, mas o senso de satisfação e inspiração parecia estar faltando. Lembro-me de achar que a Ciência simplesmente parecia difícil demais de ser demonstrada, e que a igreja local, na qual meu marido crescera, parecia fria e distante. Nas poucas vezes que a frequentávamos, lembro-me de ter sido recepcionada pelos membros desta forma: “É tão bom ver vocês! Esperamos que você e sua família voltem a frequentar mais vezes”! Entretanto, esses pensamentos amorosos não eram os que eu ouvia. Em vez disso, achava que esses membros da igreja estavam realmente dizendo: “Por que vocês não são mais ativos na igreja?”, “Vocês deveriam fazer seus filhos frequentarem regularmente a Escola Dominical“, “Que vergonha vocês não se empenharem mais em demonstrar a Ciência Cristã”! Esses pensamentos negativos, que provavelmente não eram os pensamentos daqueles membros amorosos da igreja, afastaram-me ainda mais. Meu marido e eu começamos a procurar outras igrejas filiais da Ciência Cristã e, até mesmo, igrejas de algumas outras denominações. Nenhuma delas parecia “adequada”, nem nos trouxe nenhum conforto adicional.

Não foi senão alguns anos mais tarde, quando nos confrontamos com alguns grandes desafios, que nos volvemos sinceramente à Ciência Cristã em busca de cura. Isso nos trouxe de volta à nossa igreja filial local e, finalmente, a um novo comprometimento para com a Ciência Cristã. À medida que meu marido e eu começamos a praticar o espírito do Amor, e não apenas a letra, simplesmente desapareceu o senso de uma igreja fria e de membros que pareciam nos criticar. Foi então que percebi que fora eu que não havia demonstrado o amor do Amor, e não aqueles queridos membros da igreja.

Comecei a verdadeiramente sentir o afeto e o cuidado sendo manifestados em cada culto e atividade da igreja. Essas maravilhosas qualidades sempre estiveram lá, eu é que havia estado ocupada demais, julgando a mim mesma e aos outros, para reconhecê-las. Conforme continuava com meu estudo diário, tornava-me mais amorosa. Descobri-me mais paciente, e um novo desejo de compartilhar o amor do Cristo se tornou mais evidente. Agora, gosto de recepcionar cumprimentando os membros ou visitantes da igreja, canto os hinos com vigor e dou mais testemunhos de gratidão nas reuniões das quartas-feiras à noite. Meu marido e eu fizemos o Curso Primário de Ciência Cristã, que consta de doze dias de aulas, e nos tornamos muito mais ativos nos cultos da igreja. Posso dizer que realmente nos sentimos “satisfeitos”! Isaías 51:3 diz: “Porque o Senhor tem piedade de Sião; terá piedade de todos os lugares assolados dela, e fará o seu deserto como o Éden, e a sua solidão, como o jardim do Senhor; regozijo e alegria se acharão nela, ações de graças e som de música”. A Sra. Eddy declarou, no capítulo “A Oração”, a sua interpretação espiritual da Oração do Senhor: “E o Amor se reflete em amor” (Ciência e Saúde, p. 17). Para mim, isso significa que o amor e o conforto vêm somente de Deus. Nós, como Seus filhos, como Sua ideia, só precisamos expressar Seu amor, reconhecer e sermos gratos pelo amor já vivenciado. Esse fato, e somente ele, nos torna mais amorosos. Há espaço para todos nós expressarmos mais amor na igreja, no trabalho das comissões, na Sala de Leitura, na comunidade, e uns para com os outros. À medida que “a estrutura da Verdade e do Amor” continuar a ser expressa, vamos perceber e sentir mais conforto e demonstração de cura em nossas igrejas filiais. Então, não haverá nenhum pensamento de mudança ou de “ajustar o nível de conforto” em nossas igrejas filiais locais ou o pensamento de que uma nova igreja talvez possa nos servir melhor e nos fazer “sentir” mais satisfeitos. O Amor nunca muda. A Sra. Eddy escreveu: “...tenho observado que na proporção em que esta igreja faz o bem aos Seus ‘pequeninos’, Ele a tem abençoado” (Miscellaneous Writings 1883-1896, p. 127). Assim, à medida que cada um de nós, individualmente, expressar mais amor pelo nosso trabalho na igreja e pelo próximo, mais amor receberemos e mais satisfeitos nos sentiremos. Simples assim! Afinal, é Deus que faz com que amemos. Estamos apenas refletindo o que Ele é! “Que é que Deus [o Amor] não pode fazer?” (ver Ciência e Saúde, p. 135).

Artigo publicado originalmente em The Christian Science Journal

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