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Original para a Internet

A regeneração espiritual faz dissolver um caroço

Da edição de dezembro de 2017 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 3 de novembro de 2017.


Vários anos atrás, descobri um caroço, um nódulo, debaixo do braço. Isso instantaneamente me fez pensar em várias possibilidades com quadros mentais que me assustaram muito.

Compreendendo que eu precisava fazer algo mais definido do que só ter alguns bons pensamentos sempre que tocava o caroço durante o banho, passei a dedicar momentos especiais, todos os dias, a orar com mais constância pela cura. Eu já havia tido muitas curas por meio da oração e da confiança em Deus.

Minha oração era, às vezes, uma simples petição, rogando a Deus para que fortalecesse minha compreensão espiritual e minha coragem. Outras vezes, era um reconhecimento de que Deus é o único poder e presença, e de que minha identidade, como imagem e semelhança de Deus, era íntegra, saudável e completa,. Aprendi com meu estudo da Bíblia e de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, que essa semelhança tem a substância do Espírito divino, não da matéria.

No entanto, minha saúde piorou. Comecei a sentir dor e desconforto durante todo o dia. Muitas vezes ficava tão fraca e cansada que eu lutava para encontrar forças ou interesse para cuidar das minhas atividades normais. 

Posso agora compreender que, durante todo o ano que antecedeu ao problema físico, uma mudança gradual estava acontecendo em meu pensamento. Eu antes sempre me sentira naturalmente alegre e muito amada, mas depois comecei a sentir com mais frequência um senso de perda e tristeza.

Embora essa mudança não tivesse me alertado para a necessidade de ajuda, a deterioração da minha saúde física foi um chamado de alerta. Liguei para uma Praticista da Ciência Cristã para pedir tratamento por meio da oração. Ela imediatamente concordou em orar para mim e me assegurou que, independentemente do que os sinais e os sintomas parecessem sugerir, eu era a filha de Deus, criada à Sua semelhança e, portanto, perfeita. Fiquei grata pelo seu apoio firme e pelo tratamento por meio da oração.

Durante quase um ano, eu falei com a praticista muitas vezes, sempre que ficava amedrontada ou desanimada. Seu tratamento em oração me dava ânimo, sustentava minha confiança em Deus e meu crescimento no sentido de chegar a uma compreensão maior acerca do meu relacionamento eterno com Deus.

Como resultado, muitos pensamentos pouco saudáveis vieram à tona para serem curados. Antes do meu desafio físico, uma boa amiga havia sido diagnosticada com uma doença que os médicos rotularam de incurável. Alguns anos antes, minha mãe havia falecido e eu ainda estava lutando com sentimentos de tristeza por sua morte. Senti que não suportaria de novo perder alguém tão próxima de mim. Eu também tinha muitos conflitos pessoais em minha vida, em minha igreja, em minha família e em meu local de trabalho. As muitas hostilidades nacionais e globais ocupavam meu pensamento, incluindo o terrorismo global. Eu não via nenhum jeito de ajudar para que isso diminuísse. E assim aumentava minha sensação de não ter esperança. 

Mesmo assim, eu me sentia fortalecida pela decisão que tomara de confiar inteiramente em Deus para a cura. Todos os dias, ao acordar, eu recorria à Bíblia em busca de inspiração. Esta passagem de Jeremias me trazia muito conforto: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais” (29:11). Isso me fez lembrar que o filho de Deus só pode ter “o fim que [Ele] deseja”, ou seja, uma vida cheia de paz, alegria e saúde, ao invés de tristeza e doença.

Fiquei convencida de que a recuperação da minha saúde estava diretamente ligada à minha necessidade de sentir, de forma mais constante, a paz dada por Deus, uma paz onde não há lugar para o medo, a raiva e a tristeza. Portanto eu podia ser aliviada desse peso e assim recuperar o sentimento de alegria. Aliás, eu precisava amar mais. Comecei a me dar conta de que que eu estivera identificando minha amiga com a doença que lhe fora diagnosticada, e que amá-la verdadeiramente significava vê-la como Deus a vê, ou seja, saudável e completa, não como algo menos do que ela sempre havia sido. Entendi que minha amiga era e sempre seria a expressão da Alma, refletindo eternamente as qualidades de inteligência, bom humor e sinceridade que tornavam todas as conversas com ela tão inspiradoras. Como resultado, passou a haver mais alegria em nossas visitas semanais.

Graças à oração houve uma mudança gradual de pensamento, o que me ajudou também a começar a ver meu local de trabalho de forma diferente. Eu sabia que não podia selecionar algumas pessoas e gostar delas, e não gostar de outras. Eu não podia amar minha amiga porque ela era amorosa, e ao mesmo tempo identificar um colega de trabalho como difícil ou inflexível. Cristo Jesus nos orientou a amar nosso próximo como a nós mesmos (ver Mateus 22:39), e depois ele passou todo o seu tempo na terra mostrando que esse próximo incluía a todos.

Essa mesma mudança de pensamento trouxe cura ao meu senso de pertencer à igreja e participar nas atividades da igreja. Durante muitos anos eu havia sido membro ativo da minha filial da Igreja de Cristo, Cientista, e havia vivenciado em primeira mão os benefícios desse envolvimento. A igreja e minha família da igreja haviam me apoiado e me elevado de forma constante em tempos de necessidade.

Mas, ao cumprir os meus deveres como membro, comecei a desenvolver um senso de responsabilidade pessoal pela igreja. Também comecei a achar que não estava preparada para o trabalho, que estava decepcionando os outros e que, de alguma maneira, minha igreja estava me decepcionando. No entanto, por meio da oração, a sensibilidade e a presunção de retidão pessoal cederam a um senso de calma e de que tudo estava “bem” na igreja. Foi como se meus olhos estivessem fechados e quando eu os abri, vi muitas expressões de amor e de afeto cristão nas atividades da nossa congregação. Para mim foi como uma volta ao lar, o que me sustentou em meu progresso rumo à cura física completa.

Reconheci que, como discípula de Cristo, meu único propósito, “o todo do homem”, como a Sra. Eddy escreve, é: “ama a Deus e guarda os Seus mandamentos” (Ciência e Saúde, p. 340). Amar a Deus de todo o meu coração, alma e mente. Amar meu próximo como a mim mesma. Amar a Deus e não temer. Isso nos traz para mais perto de Deus e do Seu reino do céu. Quando eu tinha a tentação de ver o mesmo velho comportamento conturbado no escritório, eu invertia o pensamento de que o reflexo de Deus, Seu filho, pudesse expressar algo além de cooperação e consideração. E assim, comecei a notar que havia mais atos de gentileza e solicitude. Comecei a expressar apreço pelo trabalho bem feito e elogiar os problemas resolvidos no escritório. Logo notei que estava indo para o trabalho com um senso de propósito. Fazia tempo que eu não sentia isso.

Ao ouvir notícias de violência, ao invés de reagir rapidamente com expressões verbais de horror e tristeza, comecei a responder com afirmações silenciosas sobre a totalidade de Deus. Ao invés de apoiar os clamores por severos castigos e retaliações para as pessoas responsáveis pelos atos de terrorismo, comecei a orar para que meu pensamento fosse elevado espiritualmente de forma a poder prestar ajuda.

Embora ainda haja muitas notícias com imagens perturbadoras de conflito global, já não sinto uma sensação profunda de desespero e desesperança. Meu coração ficou livre de um grande peso.

Quanto ao problema físico, depois de mais de um ano percebi que eu já não estava verificando se o caroço desaparecera. A fraqueza e outros sintomas físicos diminuíram e eu comecei a voltar às minhas atividades normais. Pela primeira vez em mais de um ano, consegui dar longas caminhadas e desfrutar de outras atividades das quais estava sentindo falta. Eu sabia que estava curada, não precisava de exame médico para me dar conta disso.

Um dia eu estava tomando banho e percebi que já não havia nenhum sinal do caroço ou de qualquer outra anormalidade.

Cada um de nós pode desempenhar um papel ativo na consolidação da paz e da cura, para nós mesmos e para o mundo. Encontrei inspiração e um desejo de expressar mais compaixão e graça, mais ativismo espiritual, em uma declaração de Phillips Brooks citada na epígrafe do livro Mary Baker Eddy:Uma Vida Dedicada à Cura, de autoria de Yvonne Caché von Fettweis e Robert Townsend Warneck: “Deus não nos deu um vasto conhecimento para resolver todos os problemas, nem sabedoria infalível para dar orientação a todos os descaminhos da vida de nossos irmãos; contudo, Ele deu a cada um de nós o poder de sermos espirituais e, através de nossa espiritualidade, elevar, enriquecer e iluminar a vida daqueles com quem temos contato”. Esse é o tipo de ativismo que faz a diferença.

Sou muito grata pela cura física que vivenciei como resultado do crescimento espiritual mencionado aqui e pela inspiração espiritual que ele me trouxe.

Connie Byrd
Jacksonville, Flórida, EUA

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