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Original para a Internet

Família e datas festivas

Da edição de dezembro de 2017 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 10 de outubro de 2017.


A época das datas festivas está chegando, ocasião de nos reunirmos com a família... pelo menos é o que se costuma dizer. Mas, e se nos sentimos como se não tivéssemos família? Ou como se tivéssemos família “demais”, o que causa estresse e desarmonia? Ou se não nos damos bem com eles? O que fazer?

Uma abordagem que nos ajuda é refletir mais profundamente sobre o conceito de família que não se limita à definição comum de um grupo de mortais, relacionados uns aos outros pelo sangue ou pelo casamento, mas como a unidade maravilhosamente harmoniosa do nosso divino Pai-Mãe Deus com todos nós, ou seja, Seus filhos e Suas filhas espirituais muito amados. Pense nisto: Nós todos temos um Pai amoroso que está cuidando, provendo e guiando a todos nós. Levando-se em conta que todos temos um único Genitor divino, nós somos todos irmãos e irmãs na única família amorosa, harmoniosa e universal do homem. Mary Baker Eddy escreve no livro-texto da Ciência Cristã: “Homem é o nome de família para todas as ideias ― os filhos e as filhas de Deus” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 515).   

Cristo Jesus certamente possuía um senso espiritual de família muito amplo e inclusivo, que começava com Deus e se estendia ao homem. Jesus muitas vezes se referiu a Deus como seu Pai e nosso Pai. Por exemplo, a Oração do Senhor, que ele nos deixou, começa com “Pai nosso” (Mateus 6:9). Em outra ocasião, Jesus disse: “...Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E, estendendo a mão para os discípulos, disse: Eis minha mãe e meus irmãos. Porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai celeste, esse é meu irmão, irmã e mãe” (Mateus 12:48–50). 

Nós todos temos um Pai amoroso que está cuidando de nós.

Quando Jesus estava na cruz, ele olhou para sua mãe, que estava em pé ao lado de João, e disse: “Mulher, eis aí teu filho”. Em seguida, olhou para o discípulo e disse: “Eis aí tua mãe”. Depois disso, João a levou consigo para morar com ele (ver João 19:25–27). Aí estava uma indicação do que é uma família santificada e abrangente. À medida que espiritualizamos nosso senso de família e abrimos nosso coração para aqueles que nos rodeiam, encontramos esse senso de família onde quer que estejamos, até mesmo entre pessoas que ainda não conhecemos. O amor e a proximidade que a família representa não podem de nenhuma forma ou circunstância ser limitados. A família não pode ser pequena quando amamos com amplidão, quando sentimos e expressamos o amor infinito que Deus tem por nós.

Dou-me conta de que, onde quer que eu tenha vivido, orar com essas ideias trouxe profundidade à minha experiência de “família”. Quando precisei do abraço amoroso de uma mãe, do sábio conselho de um pai, do companheirismo de uma irmã, da solidariedade de um irmão, da proximidade de uma filha, ou da ajuda de um filho, sempre houve alguém ali para mim. Houve muitas mães preciosas, pais queridos, irmãs muito próximas, irmãos confiáveis e filhos e filhas amorosos em minha vida, e a maioria deles não era “parente” no sentido tradicional, mas todos satisfizeram à necessidade de amor e de família quando precisei desse afeto.

Por exemplo, logo que me formei na faculdade, fui trabalhar em um país distante. Os costumes e as tradições eram muito diferentes daqueles a que eu estava acostumada. À medida que o dia de Ação de Graças se aproximava, sentia-me solitária, já que ninguém ali ouvira falar desse feriado. Orei para saber que eu não podia estar separada do amor e da alegria divinamente derivados da família e expressei gratidão a Deus por todas as bênçãos em minha vida. Compreendi que as qualidades de família que eu procurava, tais como amor, ternura e felicidade eram espirituais e, portanto, eu nunca estava distante delas.

Acontece que naquela mesma cidade estavam vivendo alguns missionários americanos. Um deles entrou em contato comigo alguns dias antes e me convidou para a tradicional ceia do Dia de Ação de Graças e para expressar gratidão a Deus com eles. Naturalmente, aceitei com alegria. Foi um dia esplêndido e senti um senso genuíno de família no amor espiritual, no companheirismo, na atenção e generosidade que compartilhamos naquele dia. Foi um dia de Ação de Graças em família, do qual jamais me esquecerei. 

Nenhum de nós é verdadeiramente alguém que não tem família, porque nosso divino Pai-Mãe Deus está sempre nos mostrando a presença do Seu amor todo-abrangente, onde quer que estejamos, a todo momento.

À medida que nos elevamos acima do senso mortal, limitado, de família, e a compreendemos como a unidade inseparável, jubilosa, com nosso Pai-Mãe Deus amoroso e Seus filhos espirituais, constatamos que temos exatamente a família de que necessitamos.

E se tivermos uma família numerosa, cujos membros não se queiram entre si e as reuniões familiares não sejam harmoniosas?

Bem, gosto de pensar no jovem José, cujo pai lhe havia dado uma bela túnica colorida. Poderíamos dizer que José tinha uma família grande demais que, às vezes, parecia disfuncional e destrutiva (ver Gênesis 37–45).

A família de José era enorme, com muitos irmãos, meios-irmãos, família estendida e uma dinâmica familiar difícil. O pai, Jacó, até mesmo demonstrou favoritismo com relação a um filho: José. Naturalmente, os outros não gostaram. Houve brigas, inveja e ciúmes. Os meios-irmãos de José eventualmente acabaram planejando seu desaparecimento. Para José, seguiram-se anos em que esteve completamente separado de sua família.

No entanto, durante esse período José permaneceu próximo a Deus e “o Senhor era com” ele. Ele agia como Deus o orientava, o que o capacitou para interpretar sonhos, e assim protegeu os egípcios durante um período de fome. Ele expressava benevolência, mansidão, paciência, sabedoria e tolerância. O resultado final foi uma reunificação completa e duradoura com sua família.

À medida que nos elevamos acima do senso mortal, limitado, de família, e a compreendemos como uma unidade inseparável, jubilosa, com nosso Pai-Mãe Deus amoroso e Seus filhos espirituais, constatamos que temos exatamente a família de que necessitamos e que ela é cada vez mais feliz, harmoniosa e prestativa. A base espiritual para isso não é apenas pensamento positivo, é um fato científico: “Com um único Pai, isto é, Deus, toda a família humana consistiria de irmãos; e com uma Mente única, sendo esta Deus, o bem, a fraternidade dos homens consistiria do Amor e da Verdade, e teria a unidade do Princípio e o poder espiritual que constituem a Ciência divina” (Ciência e Saúde, pp. 469–470).

Todos nós podemos acalentar esse senso de família durante as datas festivas, onde quer e com quem quer que estejamos, e desfrutar da temporada espiritualmente gloriosa de amar mais a Deus e ao homem. Podemos regozijar-nos na paz e alegria do nosso relacionamento compartilhado e eterno com Deus e com nossos semelhantes. E desfrutar das bênçãos de Deus e da nossa família universal.

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