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Original para a Internet

A sós, mas não em solidão

Da edição de dezembro de 2017 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 24 de outubro de 2017.


Chegou de novo a época do ano na qual parece que todos estão planejando com quem passar o Natal. Muitos acham que se sentirão terrivelmente solitários se passarem essa data sozinhos, ou separados da família.

Claro que há muitas razões boas e altruístas para passarmos as festas com familiares e amigos — para cobri-los de atenções e rodeá-los de amor. Mas isso é muito diferente de pensar que o dia será vazio, e que ficaremos privados do bem, se não pudermos estar com pessoas de nossa escolha. É possível, e até natural, sentirmos alegria e satisfação passando essa data em recolhimento, ou a serviço dos outros. Afinal, esse é um dia sagrado — um dia em que os cristãos celebram o humilde nascimento, ou aparecimento, de Cristo Jesus na experiência humana. E esse é um dia em que podemos honrar Jesus como o Messias, o Salvador da humanidade enviado por Deus.   

As Escrituras dizem que Jesus passava longas horas a sós, orando.  A sós, mas não devia se sentir solitário, porque aquelas horas eram preenchidas pelo senso espiritual da presença e do amor do Pai (Deus). “...não estou só”, ele disse mais de uma vez “porque o Pai está comigo” (João 16:32). Foi a espiritualidade pura de Jesus e sua origem divina que deram a ele esse senso tão claro da presença constante e amorosa de Deus.

Para Jesus, o Pai era o Amor divino, uma companhia constante e verdadeira. E não é difícil ver como isso é possível. Pense em como o amor expressado por outras pessoas tem efeito em nós: sentimo-nos pacientes, aceitos, consolados, acompanhados. Isso pode também nos impelir a ser mais bondosos e mais compreensivos. São coisas que nos fazem sentir mais realizados na vida. Temos a tendência  a pensar que são as pessoas com quem estamos que nos fazem sentir amados, mas em realidade são as qualidades espirituais de pensamento, que elas expressam, que nos fazem sentir desse modo. Não importa qual seja o modo ou a pessoa por meio de quem esses pensamentos vêm até nós, a origem deles é de fato Deus, o Amor divino. Então, não é lógico que se formos direto à fonte — direto à sempre amorosa Mente divina — encontraremos e sentiremos esse amor pelo qual ansiamos?

Quando sentimos esse amor que vem de Deus, é natural querer compartilhá-lo com mais pessoas.  Ao longo dos anos, devido à minha profissão, várias vezes eu tive de trabalhar no dia de Natal. Por isso raramente pude viajar para celebrar as festas com os familiares de outras cidades; minha escala de trabalho teve prioridade até mesmo sobre o tempo que eu poderia passar com o marido e os filhos. Para mim e minha família isso algumas vezes pareceu ser um grande sacrifício, mas com o passar dos anos, aprendi a valorizar o modo como meu trabalho de fato me levou a alargar o círculo dos afetos e do amor, durante as festas. Muitas vezes passei essa data com pessoas que definitivamente não iriam ver a própria família; em conjunto, buscamos, em pensamento e oração, um senso mais elevado de Natal, vendo que é o aparecimento do amor e da presença sagrada do Cristo na consciência humana, como Jesus demonstrou tão vividamente.  Com suavidade, mas com clareza, essa gentil presença do Cristo fala a cada coração, e declara a verdade a respeito do homem como a criação espiritual, não material; traz um senso de paz e boa vontade que transcende as expectativas e tradições natalinas, e abre nosso coração para o amor do Cristo, que satisfaz e cura.  

Dedicar nosso tempo a servir os outros,  ou apenas a rodeá-los de afeto e boa vontade, pode ser um modo esplêndido de compartilhar esse amor. Mas outra expressão de amor, prática e poderosa, é a oração. Eu conheço pessoas que optam por passar o Natal a sós com Deus, orando pelos outros. Seja orando em favor de indivíduos ou pela humanidade em geral; existem muitas evidências na Bíblia, e também, em artigos como este, de que a oração humilde, motivada pelo amor isento de ego, traz ajuda, conforto e cura. A Fundadora desta revista, Mary Baker Eddy, certa vez escreveu: “Eu gosto de passar o Natal em quietude, humildade, benevolência, e amor, permitindo que a boa vontade para com os homens, o silêncio eloquente, a oração e o louvor expressem a minha concepção do aparecimento da Verdade” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos], p. 262).

Então, onde e com quem você estiver neste Natal, desejo-lhe que você possa sentir o poder e a paz propiciados pelo conhecimento de que Deus, o Amor divino, está com você e com os seus. E que o espírito da Verdade e do Amor que trouxe à luz Cristo Jesus e deu vida e força ao ministério dele, esteja com você, tornando realmente sagrado o dia de Natal.

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