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Original para a Internet

A fé que leva à plenitude

Da edição de julho de 2018 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 28 de maio de 2018.


A Bíblia nos mostra que a fé traz a cura. O trecho em Hebreus 11:3–11 refere-se, especificamente, à fé que tinham os indivíduos cujas experiências são relatadas no Antigo Testamento. Como a história dos irmãos Caim e Abel, em que Abel, inspirado pela fé, ofereceu um sacrifício “mais excelente” para Deus do que a oferta de Caim.

E como Noé, obediente à orientação de Deus, expressou sua fé ao construir a arca, apesar de toda a descrença a seu redor, salvando assim sua família e os animais.

Avançando mais um pouco, Abraão, sentindo-se inspirado por Deus a mudar-se para outra região, mesmo sem saber para onde iria, teve fé para prosseguir e, tanto ele como seus herdeiros, Isaque e Jacó, foram guiados a uma “terra prometida”.

Moisés, escondido e depois entregue, graças à fé que tinham seus pais, cuidado e adotado por outros com fé, teve plena confiança e convicção na orientação de Deus para liderar um êxodo da terra do Egito, mesmo sem ter ideia de como atravessar o Mar Vermelho. Mas o povo atravessou com êxito.

Esses são apenas alguns exemplos de fé em ação, no Antigo Testamento. Há muitos outros por toda a Bíblia. No Novo Testamento, há cinco referências a Cristo Jesus dizendo: “a tua fé te salvou”. Por exemplo, o que Jesus disse à mulher curada de uma hemorragia? “Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz e fica livre do teu mal” (Marcos 5:34). O fato de Jesus ter reconhecido que uma profunda fé tenha sido capaz de restaurar essa mulher à sua plenitude indica que ele tinha a expectativa da cura e suas palavras a ela também mostram que ele sabia que a cura seria permanente.

A fé exige que tenhamos plena confiança no senso espiritual e na verdade espiritual a respeito de Deus e de Sua criação, antes mesmo de termos alguma evidência tangível disso. Como podemos distinguir entre o senso espiritual e os sentidos materiais que às vezes se manifestam de forma agressiva? Geralmente, uma indicação de que se trata de senso espiritual é o fato de que uma ideia inspirada, contendo apenas motivos bons e puros, ocupa nosso pensamento com grande persistência. Pode propor a realização de algo aparentemente muito distante daquilo que consideramos humanamente possível.

Pode ser que estejamos sendo inspirados pelo Pai celestial a fazer algo grandioso, como um desses personagens bíblicos, ou talvez se trate de algo bem mais modesto, mas que também vai precisar da fé no mesmo Pai-Mãe Deus para que seja realizado.

Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, a Descobridora da Ciência Cristã, nos traz incentivo e detalhes sobre a fé. Nele lemos: “Cada experiência que prova nossa fé em Deus nos torna mais fortes. Quanto mais difícil parece a situação material a ser vencida pelo Espírito, tanto mais forte deve ser a nossa fé e tanto mais puro o nosso amor” (p. 410). Ciência e Saúde também esclarece que a fé vai além da crença. Nele encontramos a afirmação: “A fé é mais elevada e mais espiritual do que a crença. É o pensamento humano em estado de crisálida, no qual a evidência espiritual, que contradiz o testemunho do senso material, começa a aparecer, e a Verdade, sempre presente, vai sendo compreendida… Até que a crença se torne fé, e a fé se torne compreensão espiritual, o pensamento humano tem pouca relação com o real ou divino” (p. 297).

A seguir, dou um exemplo de fé em expansão.

Alguns anos atrás, nossa família morava em uma cidade onde nos sentíamos bem. Tínhamos bons amigos e estávamos bem engajados nas atividades e nos deveres da igreja. Nossa casa ficava em um bairro mais afastado e calmo. Contudo, em determinado momento, começamos a sentir que estávamos por demais acomodados.

O emprego do meu marido era uma posição aceitável, mas não fazia uso de todos os talentos de sua área de especialização. Ao pensar nos próximos passos, concentramo-nos em orar para demonstrar uma expressão mais plena dos talentos que Deus nos dera, sem determinar como ou onde isso se realizaria.

Eu tinha o desejo ardente de compartilhar mais a Ciência Cristã — tanto em apoio aos colegas Cientistas Cristãos, quanto com as pessoas em geral. Durante muitos anos, eu estivera mentalmente refletindo sobre a instrução que a Sra. Eddy nos dá, em sua autobiografia Retrospecção e Introspecção:“Nesta época, meus alunos devem se estabelecer em cidades grandes para fazer o maior bem ao maior número de pessoas.” (p. 82). A Sra. Eddy estava orientando a respeito de onde os praticistas da Ciência Cristã deveriam realizar sua atividade; isso fortaleceu meu compromisso em compartilhar mais amplamente a Ciência Cristã e acabou por trazer inspiração para nossos passos seguintes.

Meu marido achou que não demoraria em encontrar outro emprego, devido a uma melhora na economia, por isso colocamos nossa casa à venda, e ela foi vendida muito rapidamente. Enquanto ele continuava a buscar um emprego mais adequado em outro estado, nós nos mudamos temporariamente para outra casa. Ele recebeu muitas chamadas para entrevistas mas, depois de um ano, não tinha ocorrido nenhum progresso. É claro que continuamos orando diligentemente todo esse tempo.

A fé e a profunda confiança muitas vezes exigem coragem. Em determinado momento, senti-me impelida, por inspiração, a procurar casas em duas cidades que não conhecíamos muito bem. Ao refletir se deveria ou não fazer isso, lembrei-me, em oração, daquele compromisso inicial de compartilhar mais essa maravilhosa Ciência do Cristo que traz cura.

Compartilhar a Ciência Cristã mais amplamente havia assumido a frente em nossos pensamentos.

Lembro-me de que pensei: “E se não der certo?” Eu precisei recordar a importância de obedecer àquilo que se apresenta como um estímulo divino e de seguir em frente.

Criei coragem e visitei a primeira cidade para ver casas. Nessa mesma viagem, meu marido se juntou a mim na segunda cidade. Mesmo sem nenhum emprego ali, sentimo-nos guiados a comprar uma casa nessa segunda cidade. Quando sentiu a necessidade, meu marido ligou para um Praticista da Ciência Cristã e pediu ajuda em oração para identificar seu verdadeiro emprego como filho de Deus, ou seja, o de sempre expressar as qualidades divinas.

Sabíamos que, nessa segunda cidade, havia poucas empresas no ramo do meu marido, em que poderia haver vagas adequadas às habilidades dele. Mas eu sabia que, como nosso motivo era abençoar outras pessoas em uma escala maior, nós dois estávamos partindo da premissa correta. Nessa altura, compartilhar a Ciência Cristã mais amplamente havia assumido a frente em nossos pensamentos, havia se tornado mais importante do que a busca de um emprego para meu marido. Foi necessária uma grande fé.

O dia em que concluímos a compra da casa, na nova cidade, era uma quarta-feira. Nesse mesmo dia, voltamos para nossa cidade e, justamente no momento em que estávamos entrando em uma filial da Igreja de Cristo, Cientista, para participarmos da reunião de testemunhos, meu marido recebeu uma ligação de uma agência da Costa Oeste a respeito de um emprego na cidade onde havíamos comprado a casa naquele mesmo dia, cidade essa que estava na Costa Leste. Já faz quase três anos que meu marido está trabalhando nessa empresa. Durante toda sua carreira, ele sempre procurou empregos tendo como motivo discernir espiritualmente onde ele pode contribuir mais e fazer um melhor uso de seus talentos. O cargo em nossa nova cidade permite-lhe alcançar mais completamente seu potencial, conseguindo usar especificamente seus talentos e experiência.

A mudança tem sido perfeita para nós. Ainda me lembro do primeiro culto de domingo, depois de receber a oferta de emprego. Ao ouvir o poslúdio no órgão, fiquei tão comovida, devido à oferta de emprego para ele, que lágrimas desceram de meus olhos, juntamente com um grande sorriso. Veio-me ao pensamento: “Existe alguma coisa que Deus não possa fazer?” de Ciência e Saúde (p. 135).

E nós dois estamos tendo a oportunidade de servir ainda mais à igreja. Continuo a encontrar diversas maneiras de apoiar os Cientistas Cristãos e de compartilhar a Ciência Cristã com o público, sempre que as oportunidades se apresentam, como tem acontecido. Amar a Deus acima de tudo e estar disposto a confiar nEle fizeram com que nossa vida fosse, de muitas maneiras, uma expressão mais plena da vida divina.

Quando nossos filhos eram pequenos, um praticista citou várias vezes para mim esta passagem de Ciência e Saúde: “Vi diante de mim o terrível conflito, o Mar Vermelho e o deserto; mas continuei a avançar, com fé em Deus, confiante de que a Verdade, a forte libertadora, me guiaria para a terra da Ciência Cristã, onde os grilhões caem e os direitos do homem são plenamente conhecidos e reconhecidos” (pp. 226 –227).

Nesse caso que relatei, a busca não representou um conflito mas, mesmo assim, fomos guiados através do que pareceu ser um longo período no deserto.

 “O amor é paciente” (1 Coríntios 13:7).

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