Recuperada a liberdade de movimentos

Há alguns anos, ao buscar meu carro em um estacionamento, ouvi o estrondo de um trovão, e isso me levou a correr para o carro, a fim de escapar da tempestade que ameaçava desabar a qualquer momento. Mas, para minha surpresa, parecia que havia pesos de chumbo atados às minhas pernas — eu mal conseguia andar. Apesar do medo que senti naquele momento, consegui com esforço chegar ao carro, antes de o temporal começar. De dentro do carro, já liguei para meu marido, pedindo apoio em oração. Ele me assegurou que, como filha de Deus, eu estava segura sob os cuidados dEle, a salvo de qualquer perigo.

Meu marido e eu estávamos animados com a perspectiva próxima de uma viagem ao exterior. Depois do que acontecera no estacionamento, porém, fiquei tentada a me questionar se eu estaria em condições de acompanhá-lo, pois sentia a necessidade de manter as pernas em posição elevada e descansar várias horas por dia. Nos meses seguintes, estudei diariamente a Lição Bíblica do Livrete Trimestral da Ciência Cristã, buscando entender a minha relação com Deus de um modo mais profundo e mais claro. Durante esse período, também me apoiei em uma frase que é uma das minhas favoritas no livro Miscellaneous Writings [Escritos Diversos]1883–1886, de Mary Baker Eddy: “Nenhuma evidência apresentada pelos sentidos materiais pode fechar meus olhos à prova científica de que Deus, o bem, é supremo” (p. 277). 

Para complementar minhas orações e estudo da Ciência Cristã, ao enfrentar esse desafio, recebi também tratamento metafísico de um Praticista da Ciência Cristã. No final de uma das nossas conversas ao telefone, ele disse: “Nunca houve um momento em que o Amor tenha sido interrompido”. Agradeci-lhe e desliguei, sentindo uma energia renovada. Aceitei completamente essa verdade de que o Amor divino é todo o poder e está sempre presente e, de repente, jorraram de meus olhos lágrimas de alegria e gratidão. Aliás, essa inspiração teve um efeito tão poderoso e purificador que me libertou do pesar profundo que eu ainda sentia pelo súbito falecimento de uma pessoa da família, ocorrido dez anos antes. Minha imediata aceitação do Amor onipresente de Deus aniquilou a crença no luto e, ao mesmo tempo, me curou completamente da falta de mobilidade.