No Hino 278 do Hinário da Ciência Cristã lemos “Deus te protege, te guarda, te ama” (adaptação de Peter Maurice). Gostaria de reconhecer com amor e gratidão a honra de ter meu anúncio como enfermeira da Ciência Cristã publicado no The Christian Science Journal há mais de 40 anos. Durante esse tempo, cuidei de muitas pessoas, esforçando-me para expressar o cuidado do Amor divino e nele confiar; e gostaria de contar de minha gratidão pela clara evidência da proteção e do cuidado de Deus em minha própria vida.
Uma quarta-feira à noite, voltando para casa depois da reunião de testemunhos na filial da Igreja de Cristo, Cientista, da qual sou membro, um carro bateu no meu, por trás, e o motorista na mesma hora fugiu do local.
Assustada, voltei-me imediatamente a Deus e reivindiquei Sua presença e Sua ajuda. Com dificuldade, consegui levar meu carro ao meio-fio e parei. O motorista do outro veículo tinha saído em disparada na escuridão, e eu não pude anotar o número de sua placa.
Apoiei a cabeça nas mãos e orei. Eu acabara de ouvir na igreja trechos sobre proteção divina, lidos na Bíblia e em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy.
Estava grata porque meu carro ainda podia rodar e eu não estava ferida; dirigi a curta distância até minha casa, sem perceber que não tinha luz traseira. Enquanto seguia, perguntei a Deus o que deveria fazer quando chegasse em casa. Ficou claro que eu deveria ligar para a polícia. Felizmente, meu marido estava em casa para me receber quando cheguei.
A porta traseira esquerda e toda a parte de trás do carro eram uma grande cavidade de metal retorcido. Enquanto esperava pela polícia, meu marido e eu nos regozijamos por estar bem. Reconhecemos o quanto eu estivera protegida e afirmei que o fato de eu estar totalmente ilesa era fruto significativo do espírito sanador daquele culto na igreja.
O policial que foi à nossa casa perguntou se eu queria que o outro motorista, caso encontrado, fosse preso. Meu senso espiritual se manifestou e eu disse: “Não. O que eu realmente quero é que Deus prenda a atenção dele para que ele nunca mais faça isso.” Eu disse ao policial que Deus me protegera e que o futuro daquele motorista estava nas mãos de Deus, não nas minhas. Ele disse que estava impressionado com minha serenidade e misericórdia.
Vários dias depois, ainda inundada pela gratidão, percebi que não ficara com raiva nem ressentida. Senti que essa era a evidência contínua da graça de Deus.
Ciência e Saúdedeclara: “Os acidentes são desconhecidos para Deus, a Mente imortal, e temos de deixar a base mortal da crença e unir-nos à Mente única, a fim de substituir a noção de acaso pelo senso apropriado da infalível direção de Deus, e assim trazer à luz a harmonia.
“Sob a Providência divina não pode haver acidentes, pois na perfeição não há lugar para a imperfeição” (p. 424). Percebi que não foi “por acaso” que não fiquei ferida.
Nos dias que se seguiram, fiquei imensamente grata pelo meu bem-estar inato, minha identidade espiritual como filha de Deus. Sei que, depois do acidente, fiquei mais forte fisicamente e tenho maior clareza espiritual.
Camille Lindsay
Grants Pass, Oregon, EUA
