As leis da matemática são aplicáveis universalmente. As regras-padrão de adição ou divisão nunca variam com o país, o idioma, a cultura ou a etnia. Assim é também com a Ciência Cristã, que é “a lei de Deus, a lei do bem, que interpreta e demonstra o Princípio divino e o governo da harmonia universal” (Rudimentos da Ciência Divina, p. 1). É assim que Mary Baker Eddy, a Descobridora da Ciência Cristã, a definiu. Essa Ciência é a lei espiritual e universal, que não está sujeita a fatores materiais ou humanos. Portanto, essa lei da Verdade, a Ciência do Cristo, é aplicável em toda parte, por todas as pessoas, independentemente da cultura ou da sociedade em que vivem.
A Ciência Cristã nos leva a uma jornada de descoberta a respeito da natureza de Deus como o Amor divino universal, como a Mente que tudo sabe. Aprendemos a conhecer a Deus como o Amor imutável, como o Princípio divino que sustenta e engloba o universo. Essa Ciência não é um conjunto arbitrário de regras que possam ser aplicadas aleatoriamente. Ao contrário, é a lei divina de um Deus inteiramente bom, supremo, que está presente em toda parte. Ela está expressa no primeiro dos Dez Mandamentos dados a Moisés: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êxodo 20:3). Ou, nas palavras de Cristo Jesus: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento” (Mateus 22:37). Foi a demonstração dessa lei espiritual o que possibilitou toda a obra de cura de Jesus.
Será que todos podem compreender a lei de Deus e demonstrá-la como Jesus o fez? A Ciência Cristã nos ensina que nossa verdadeira identidade é aquela criada por Deus, ou seja, somos Suas ideias espirituais. Ao compreendermos isso, vemos quão normal e natural é para cada um de nós amar a Deus de todo nosso coração e de todo nosso entendimento, isto é, expressar nossa identidade espiritual, colocar a Deus em primeiro lugar e viver em obediência às Suas leis. Deus, sendo o próprio Amor, não exigiria de alguém o que ele fosse incapaz de fazer.
Somos concebidos para obedecer às leis espirituais do existir porque elas são fatos espirituais. Nós, como a expressão de Deus, em realidade não podemos nos desviar dessas leis. Mas, em nossa experiência humana, temos de estudá-las, esforçar-nos por compreendê-las, reconhecer que elas realmente nos governam e devemos colocá-las em prática. No entanto, como podemos saber que estamos realmente amando a Deus de todo nosso coração? Eu me dei conta de que deveria ser verdadeiramente honesta e me perguntar: “Estou realmente colocando a Deus e a oração em primeiro lugar em minha vida, ou estou deixando que outras influências assumam sutilmente a liderança?”
O estudo regular de todos os recursos básicos disponíveis na Ciência Cristã: a Bíblia e os escritos da Sra. Eddy, especialmente o livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, e o Manual da Igreja, é um bom ponto de partida. Em seguida, temos de aprender a aplicar, de forma sincera, as verdades neles contidas. Independentemente de onde você e eu possamos estar vivendo ou do que estejamos fazendo, em casa, com a família e amigos, no trabalho, ou na igreja, ou em qualquer outro lugar, podemos nos esforçar para fazer com que nossos pensamentos, palavras e ações estejam de acordo com as leis da Verdade divina, as quais governam a criação espiritual de Deus.
Se alguém for tentado a escolher somente aquilo que lhe é conveniente obedecer, vale lembrar que assim como a matemática não se ajusta às circunstâncias humanas, a lei de Deus não pode ser alterada para se adequar à conveniência ou preferência humanas. É importante estar alerta para as sugestões muitas vezes sutis de tentar negociar com o Princípio divino para fazer concessões, porque isso torna ineficaz nosso trabalho de aplicar a lei espiritual. É preciso vigiar rigorosamente nosso pensamento e refutar essas sugestões por meio da oração. Por exemplo, perguntar-se a si mesmo: “Estou sendo levado pela crença generalizada de não ter tempo suficiente?” Se assim for, não preciso eu afirmar que é a lei de Deus e não uma crença em tempo, que governa minha vida? Então, tenho de ficar atenta para que nenhuma crença material me impeça de orar e de fazer meu estudo diário da Lição Bíblica da Ciência Cristã, ou enfraqueça minha disposição de servir na igreja.
A Ciência Cristã, a compreensão inspirada sobre Deus e o homem criado à Sua imagem, é como vinho novo que não pode ser colocado nos odres velhos da cultura e da tradição (ver Mateus 9:17). Se qualquer um de nós estiver usando normas culturais ou sociais como desculpa para justificar o temor ou a falta de vontade de abandonar crenças, rituais ou superstições materiais, podemos nos valer da garantia que a Sra. Eddy nos dá: “Quando superas o que é velho, não deverias ter medo de adotar o que é novo. Teu avanço no percurso talvez provoque inveja, mas também atrairá respeito” (Ciência e Saúde, p. 452).
O desejo honesto de fazer o que é certo, de ser obediente à lei de Deus, é sustentado pelo Cristo: “a mensagem divina de Deus aos homens, a qual fala à consciência humana” (Ciência e Saúde, p. 332). O Cristo, sempre nos falando da nossa relação inquebrantável com Deus, nos ajuda a sair do quadrado do pensamento humano limitado para “a liberdade dos filhos de Deus” (Ciência e Saúde, p. 315), para o domínio sobre todas as crenças e restrições terrenas.
Esse enfoque na honestidade, em relação à prática genuína da cura pela Ciência Cristã, tem sido uma espécie de revelação para mim. Ela transformou a maneira como eu encaro meu estudo diário e minha prática, meu trabalho para a igreja e minhas orações pelo mundo. Por exemplo, estou levando mais a sério as instruções da Sra. Eddy para imediatamente discordar com os primeiros sintomas da doença ou de alguma desarmonia. “Não permitas que alegação alguma de pecado ou de doença se desenvolva no pensamento. Rejeita-a com a firme convicção de que é ilegítima, porque sabes que Deus não é o autor da doença, assim como não é o autor do pecado” (Ciência e Saúde, p. 390).
Foi o que fiz recentemente, quando acordei uma manhã com sintomas que pareciam de gripe. Rapidamente afirmei que o “calor” do amor de Deus estava me envolvendo como filha dEle e que não havia nenhuma friagem, desconforto ou desarmonia que pudesse me tocar. Recusei-me a concordar com o pensamento de que eu teria de passar por um longo processo antes de me sentir bem. Sabia que naquele momento mesmo eu já estava bem porque eu sou a ideia espiritual de Deus, a expressão da saúde e da harmonia. Um pouco mais tarde percebi que os sintomas haviam desaparecido totalmente!
À medida que cada um de nós estuda diligentemente e aplica com honestidade essa Ciência, ou seja, as leis de Deus, seus efeitos são vistos cada vez mais ao nosso redor. A prática sincera da Ciência Cristã pura nos transforma de dentro para fora e ajuda a transformar o mundo.
Annu Matthai
Redatora Convidada
