Durante muitos anos uma simpática podóloga cuidou dos meus pés, aparando minhas unhas e geralmente lixando a pele áspera. Nós tínhamos um ótimo relacionamento e muitas conversas construtivas enquanto ela tratava dos meus pés, que ela costumava descrever como “pés de quem faz trabalho árduo”. Isso perpetuava a falsa crença que eu sempre abrigara, de que em nossa família todos tinham pés que funcionavam bem, mas não eram bonitos!
Naquela época, eu tinha uma grande verruga na parte inferior do calcanhar e a podóloga sabia que eu não queria que fosse tratada pela medicina. Quando essa senhora teve, por antecipação, de se aposentar, realmente eu não queria procurar outra pessoa ou conseguir uma pedicure porque, para ser franca, eu tinha vergonha da aparência dos meus pés. Então, eu mesma passei a cuidar deles, se bem que de uma maneira um tanto superficial.
Eu me lembrei de que certa vez ouvi o testemunho de cura de uma pessoa que havia tido verruga no pé, e eu havia lido vários testemunhos de curas semelhantes, que muito me impressionaram. Eu tivera várias curas pela aplicação dos ensinamentos da Ciência Cristã, portanto, sabia que a cura era possível.
A verruga não era dolorida, mas estava ali. Realmente eu não tinha orado sobre essa situação, mas sabia que eu era a perfeita filha espiritual de Deus, e que nem essa verruga nem qualquer tipo de defeito faziam parte do meu existir espiritual ou que algo estranho fizesse parte da minha experiência.
A certa altura, nessa ocasião, notei que havia também duas verrugas menores no meu pé.
Uma vez, enquanto estava pensando nos meus pés, escrevi uma oração usando os sete sinônimos para Deus que Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, dá em seu livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras. Minha oração era assim: “Estou firme no Princípio e caminho com o Amor nos passos da Verdade, guiada pela Mente, com a graça da Alma e o entusiasmo da Vida, no poder do Espírito”. De vez em quando eu me lembrava de orar com essas ideias.
Uma de minhas irmãs me lembrou de uma passagem da Bíblia, no livro de Isaías, que afirma: “Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!” (Isaías 52:7). Ela também me disse que nos artigos que eu escrevia regularmente para as revistas da Ciência Cristã e no meu compartilhar de ideias espirituais com os outros, eu estava “anunciando” a paz e as coisas boas e, portanto, era normal saber que meus pés eram “formosos”.
Em algum ponto do ano passado, quando certa vez estava fazendo minha própria pedicure, comecei a pensar neles de uma maneira nova. Comecei a amar o que simbolizam os pés. Meus pés me levavam para toda parte aonde eu precisava ir e eu reconheci que devia ser grata. Parei de vê-los como feios, cuidei deles mais ainda e comecei a pensar que são bonitos, do jeito que eles são.
Na correria para o Natal, quando meu foco eram os preparativos, feitos com amor, para nossa família se reunir, notei que as duas verrugas menores tinham desaparecido e a maior tinha diminuído consideravelmente de tamanho. Mas, logo ela também foi embora e a pele do meu calcanhar ficou macia. Fiquei cheia de alegria! A cura havia se realizado pela mudança no meu pensamento.
Sou grata pela praticidade da Ciência Cristã e por todos os que contribuem com testemunhos e artigos para as revistas da Ciência Cristã. Isso abençoa a todos nós.
Dilys Bell
Coulsdon, Surrey, Inglaterra
