A Ciência Cristã nos ensina que podemos resistir às tentações de toda espécie, quando nos tornamos conscientes do que realmente somos como filhos e filhas de Deus. O homem criado por Deus é espiritual, perfeito, honesto, sincero, imortal, inviolável. Essas qualidades, que constituem a verdadeira substância do existir do homem, não podem nos limitar. Ao contrário, elas nos elevam, fortalecem e apoiam quando nos empenhamos em seguir o exemplo de Cristo Jesus em nossa vida diária.
Deus é a Mente única, a fonte de toda a inteligência e dos motivos do homem. Para estarmos conscientes disso é preciso compreender que nós temos uma integridade espiritual inata, que não pode ser corrompida pelo sensualismo, pela desonestidade ou por qualquer outra fraqueza moral. Seja qual for a tentação que estejamos enfrentando, Deus nos fornece a inspiração de que necessitamos para manter nosso autocontrole. Só precisamos estar dispostos a confiar e obedecer a Ele.
Para obter uma clara perspectiva de nossa verdadeira identidade, que é espiritual, é importante pensar nesta pergunta: “Como é que Deus nos vê?” A Bíblia diz que Deus é “tão puro de olhos, que não [pode] ver o mal” (Habacuque 1:13). Ele vê em nós o reflexo de Sua própria pureza, governado somente pelas leis do Princípio divino. Com nosso senso de pureza e integridade firmemente estabelecido em nosso pensamento, nossa consciência se enche do bem espiritual e nada mais pode penetrar no nosso pensar.
As ideias da Mente divina vivem em harmonia com o Amor divino e entre si. Não há separação nem conflitos na casa do nosso Pai, (a consciência divina), onde todos vivem e onde tudo está sob Seu perfeito controle.
Faz alguns anos, tive a oportunidade de provar como essas verdades espirituais podem ser colocadas em prática, quando uma cliente minha, que estava se divorciando, começou a mostrar sinais de intenções sensuais para comigo. Eu sabia que me envolver em um relacionamento com ela seria errado e não abençoaria a nenhum de nós dois. Eu me comprometi a obedecer aos ensinamentos morais e espirituais da Ciência Cristã, inclusive este mandamento: “Não adulterarás” (Êxodo 20:14). Mesmo me permitir a ficar mentalmente desatento ou hipnotizado pelo comportamento dela, seria um passo na direção errada. Eu sabia, como nosso Mestre, Cristo Jesus, objetivamente declarara, que “Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada” (Mateus 15:13).
Diante dessa situação, eu me lembrei dos fatos espirituais mencionados acima e imediatamente comecei a orar por mim, e me volvi a Deus em busca de orientação. A compreensão da verdadeira identidade espiritual e da unidade com Deus me ajudou a ver que minha cliente estava lutando com um falso conceito sobre sua identidade e sobre o amor. Recordei-me desta importante declaração do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy: “Uma ideia espiritual não contém nem um só elemento do erro, e essa verdade remove devidamente tudo o que é nocivo” (p. 463).
Continuei a orar para ver que a verdadeira identidade de cada um de nós, inclusive do marido de minha cliente, é espiritual, ou seja, nem um só elemento é sexual. Como ideias amadas de Deus, não podemos nos desviar de Seu governo, mas temos de expressar fidelidade, afeto e estabilidade. Portanto, a perfeição e a harmonia estão no âmago de todo relacionamento.
Orei continuamente com essas ideias até me sentir em paz. Menos de duas semanas depois, minha cliente me informou que a ordem se restabelecera em seu casamento e que ela ia se reconciliar com o marido. Ao pensar nesta frase da Oração do Senhor: “e não nos deixes cair em tentação” (Mateus 6:13), eu me regozijei e bendisse o nosso Pai-Mãe Deus. Quando nossas orações são sinceras, elas são sempre motivo de louvor.
 
    
