Podemos dizer com certeza que as pessoas geralmente desejam ser felizes e bem-sucedidas naquilo que fazem. Portanto, quer tenhamos de tomar pequenas decisões em nosso dia a dia ou uma decisão importante que causará grande impacto, por que é bom para a felicidade e o bom êxito buscar a orientação divina e deixar que Deus “assuma a liderança”?
Aceitar a liderança de Deus significa realmente render-se ao bem — ao bem divino que é Deus. Cristo Jesus ensinou que Deus é o bem, e a Ciência Cristã ensina que o bem não é uma palavra para meramente descrever a Deus, mas sim, ensina que a essência, a natureza e o ser de Deus é o próprio bem real e concreto.
Recorrer a Deus para nos guiar, reconhecendo que Ele é o bem infinito e ilimitado, em vez de confiar em um senso humano limitado, sempre nos leva às melhores oportunidades e ideias. Por quê? Porque até mesmo o conceito humano mais bem intencionado tem limitações que lhe são inerentes. Confiar no bem divino, ouvindo e seguindo a orientação de Deus, tem o poder de impedir que o medo, a dúvida, a rigidez ou a vontade de um ego pessoal coloquem em risco uma boa ideia.
A orientação de Deus é algo precioso a ser buscado e tem valor inestimável quando a seguimos.
O bem de Deus está sempre presente, sempre acessível e disponível para todos nós. Mas será que nós o percebemos ou o sentimos sempre? Talvez não. Contudo, ele está presente, já preparado e esperando por nós. Muitas vezes, o que se faz necessário é uma mudança em nosso pensamento, ou seja, mudar do medo para a confiança — deixar um enfoque restrito ou inflexível em um determinado resultado planejado, e aceitar humildemente as infinitas possibilidades ou soluções que estão bem à mão.
Recebemos orientação, quando prestamos atenção aos pensamentos do bem que vêm a nós provenientes de Deus. A Fundadora desta revista, Mary Baker Eddy, explicou que podemos reconhecer esses pensamentos inspirados — que ela chamou de anjos de Deus, “pelo amor que despertam em nosso coração”. Ela continua dizendo: “Almejo que possais sentir esse toque — não é um aperto de mão, não é a presença de uma pessoa querida; é mais do que isso: é uma ideia espiritual que vos ilumina o caminho!” (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos]1883 –1896, p. 306). O Amor acaba peneirando os desejos pessoais ou a mera vontade humana.
Quando me sentia pressionada pelos desejos e anseios de um ego pessoal, eu não me sentia amada nem capaz de amar. Fazer planos humanos e estabelecer metas pessoais raramente teve bons resultados a longo prazo, deixando-me desapontada. Somente quando deixei de lado o ego pessoal em favor do único Ego, Deus, e calmamente prestei atenção à orientação espiritual, foi que encontrei o caminho a ser seguido.
Certa vez, candidatei-me a uma vaga que eu desejava muito, mas não consegui o emprego. Era um bom emprego, que seria uma bênção para muitos, e achava que tinha sido uma boa ideia eu me candidatar. Mas não compreendi, na ocasião, o quanto eu ainda tinha de aprender sobre não tentar ir mais rápido ou mais longe do que Deus estava me levando. Candidatei-me várias outras vezes para o mesmo trabalho, ao longo de muitos anos. E todas as vezes a resposta foi um não. Cada “não” recebido, embora eu ficasse desapontada, obrigava-me a apreciar o bem já presente e a aproveitar outras oportunidades.
Na última vez em que me candidatei, depois de 15 anos, perguntei a Deus se deveria tentar de novo. E a orientação que recebi foi que sim, que eu deveria tentar novamente. Mas com essa orientação, veio junto a percepção de que eu deveria também confiar no fato de que Deus estava orientando as pessoas cujo trabalho era decidir se eu seria contratada ou não. Eu não tinha pensado nisso antes. Meu foco sempre estivera em Deus guiando a mim — e em meu próprio desejo. Senti uma onda de amor por todos os envolvidos no processo decisório. Confiei neles porque confiei em Deus para guiá-los, da mesma maneira como eu estava sendo guiada. Eu me candidatei e, dessa vez, consegui o emprego. Em retrospecto, posso compreender como minhas circunstâncias haviam sido diferentes dessa vez, como eu estava muito mais preparada e também que eu não teria tido a mesma valiosa experiência nesse trabalho, se tivesse sido contratada em qualquer uma das tentativas anteriores.
A orientação de Deus é algo precioso a ser buscado e tem valor inestimável quando a seguimos. O bem divino é realmente a mais alta vocação. Deus é o Amor e o Amor divino exige o melhor para nós e o melhor de nós. Deixar que o Amor assuma a liderança é a chave para vivermos uma vida que abençoa os outros e abençoa a nós.
